quinta-feira, 14 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 15 de Abril de 2011
Sexta-feira da 5ª semana da Quaresma

Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +60,  S. Máximo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás Moro : Cristo deu a vida pelos Seus inimigos

Leituras

Jer. 20,10-13.

Ouvia invectivas da multidão: «Cerco de terror! Denunciai-o! Vamos denunciá-lo!» Os que eram meus amigos espiam agora os meus passos: «Se o enganarmos, triunfaremos dele, e dele nos vingaremos.»
O Senhor, porém, está comigo, como poderoso guerreiro. Por isso, os meus perseguidores serão esmagados e cobertos de confusão, porque não hão-de prevalecer. A sua ignomínia nunca se apagará da memória.
Mas Tu, Senhor do universo, examinas o justo, sondas os rins e os corações. Que eu possa contemplar a tua vingança contra eles, pois a ti confiei a minha causa!
Cantai ao Senhor, glorificai o Senhor, porque salvou a vida do pobre da mão dos malvados.


Salmos 18(17),2-3.4.5-6.7.

Eu te amo, ó SENHOR, minha força.
O SENHOR é a minha rocha, fortaleza e protecção; o meu Deus é o abrigo em que me refugio, o meu escudo, o meu baluarte de defesa.
Invoquei o SENHOR, que é digno de louvor, e fui salvo dos meus inimigos.
Cercaram me as ondas da morte e as vagas destruidoras encheram me de terror;

envolveram me os laços do Abismo e lançaram me as suas redes fatais.
Na minha angústia invoquei o SENHOR e gritei pelo meu Deus. Do seu santuário, Ele ouviu a minha voz; o meu clamor chegou aos seus ouvidos.


João 10,31-42.

Então, os judeus voltaram a pegar em pedras para o apedrejarem.
Jesus replicou-lhes: «Mostrei-vos muitas obras boas da parte do Pai; por qual dessas obras me quereis apedrejar?»
Responderam-lhe os judeus: «Não te queremos apedrejar por qualquer obra boa, mas por uma blasfémia: é que Tu, sendo um homem, a ti próprio te fazes Deus.»
Jesus respondeu-lhes: «Não está escrito na vossa Lei: 'Eu disse: vós sois deuses'?
Se ela chamou deuses àqueles a quem se dirigiu a palavra de Deus e a Escritura não se pode pôr em dúvida
a mim, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, como é que dizeis: 'Tu blasfemas', por Eu ter dito: 'Sou Filho de Deus'?
Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim;
mas se as faço, embora não queirais acreditar em mim, acreditai nas obras, e assim vireis a saber e ficareis a compreender que o Pai está em mim e Eu no Pai.»
Por isso procuravam de novo prendê-lo, mas Ele escapou-se-lhes das mãos.
Depois, Jesus voltou a retirar-se para a margem de além-Jordão, para o lugar onde ao princípio João tinha estado a baptizar, e ali se demorou.
Muitos vieram ter com Ele e comentavam: «Realmente João não realizou nenhum sinal milagroso, mas tudo quanto disse deste homem era verdade.»
E muitos ali creram nele.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir
Tratado sobre a Paixão, Cristo amou-os até ao fim, 1ª homilia (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 218)

Cristo deu a vida pelos Seus inimigos

Meditemos profundamente sobre o amor de Cristo, nosso Salvador, que «amou
os Seus até ao fim» (Jo 13, 1), a ponto de, para seu bem, ter
voluntariamente sofrido uma morte dolorosa, manifestando assim o maior amor
possível. Porque Ele próprio tinha dito: «Não há maior amor do que dar a
vida pelos amigos» (Jo 15, 13). Sim, é sem dúvida esse o maior amor que
alguém jamais manifestou; e contudo, o nosso Salvador deu prova de um amor
ainda maior, porque o fez tanto pelos amigos como pelos inimigos.Que
diferença entre este amor fiel e as outras formas de amor, falso e
inconstante, que encontramos no nosso pobre mundo! [...] Quem terá a
certeza de, na adversidade, continuar a ter muitos amigos, quando o próprio
Salvador, quando foi preso, ficou só, abandonado pelos Seus? Quando vos
fordes embora, quem quererá ir convosco? Se fôsseis rei, o vosso reino não
vos deixaria partir só, esquecendo-vos sem demora? A vossa própria família
não vos deixaria partir, qual pobre alma abandonada que não sabe para onde
vai?Aprendamos, pois, a amar em todo o tempo como temos o dever de amar: a
Deus acima de todas as coisas, e a todas as coisas por causa Dele. Porque
todo o amor que não se orienta para este fim – ou seja, para a vontade de
Deus – é um amor completamente vão e estéril. Qualquer amor que devotemos a
um ser criado que enfraqueça o nosso amor a Deus é um amor detestável e um
obstáculo ao nosso caminho para o céu. [...] Assim pois, uma vez que Nosso
Senhor nos amou tanto pela nossa salvação, imploremos-Lhe assiduamente a
Sua graça, não vá acontecer que, em comparação com o Seu grande amor, nos
encontremos cheios de ingratidão.




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