sexta-feira, 22 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 23 de Abril de 2011
Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL

Sábado Santo - Vigília PascalNossa Senhora da Penha
S. Jorge, mártir, +303,  Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cromácio de Aquileia : Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto (Ex 12, 42)

Leituras

Ex. 14,15-31.15,1.

O Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel e manda-os partir.
E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca.
E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros,
e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»
O anjo de Deus, que caminhava à frente do acampamento de Israel, levantou-se, partiu e passou a caminhar atrás deles. E a coluna de nuvem levantou-se de diante deles e colocou-se atrás deles.
Veio colocar-se entre o acampamento do Egipto e o acampamento de Israel. E houve nuvens e trevas, e iluminou-se a noite, e não se aproximaram um do outro toda a noite.
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se,
e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar.
E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios.
Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egipto.»
O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros.»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal, ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor desfez-se dos egípcios no meio do mar.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum.
Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar.
Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.


Ex. 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.

Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.
Minha força e meu canto é o Senhor: Ele foi para mim a salvação. É este o meu Deus: glorificá-lo-ei; o Deus de meu pai: exaltá-lo-ei.
O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome.
Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar; e os seus combatentes escolhidos foram afundados no Mar dos Juncos.
Cobrem-nos os abismos: desceram às profundezas como uma pedra.
A tua direita, Senhor, resplandeceu de força; a tua direita, Senhor, apanhou o inimigo.
Fá- -lo-ás entrar e plantá-lo-ás na montanha que é a tua herança, lugar que fizeste para Tu habitares, Senhor, santuário que as tuas mãos, Senhor, estabeleceram.
O Senhor reinará eternamente e para sempre.»


Romanos 6,3-11.

Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte?
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele.
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na vida que tem, vive para Deus.
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Mateus 28,1-10.

Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela.
O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve.
Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado;
não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia
e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.' Eis o que tinha para vos dizer.»
Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
1º Sermão para a Grande Noite Pascal (a partir da trad. SC 154, pp. 260ss. rev.)

Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto (Ex 12, 42)

Todas as vigílias que celebramos em honra do Senhor são agradáveis a Deus e
aprovadas por Ele, mas esta vigília está acima de todas as outras. É por
isso que esta noite tem, muito especialmente, o título de «Vigília do
Senhor». Lemos com efeito: «Esta noite do Senhor será de vigília para todos
os filhos de Israel» (Ex 12, 42). Esta noite merece bem o seu nome porque o
Senhor acordou vivo para que nós não ficássemos adormecidos na morte. Com
efeito, Ele sofreu por nós o sono da morte, pelo mistério da Sua Paixão;
mas esse sono do Senhor tornou-se a vigília do mundo inteiro, porque a
morte de Cristo afastou para longe de nós o sono da morte eterna. Ele
próprio o declara pelo profeta: «Então, despertei e reparei quão doce tinha
sido o meu sono!» (Sl 3, 6; Jr 31, 26). Esse sono de Cristo, que nos chamou
da amargura da morte para nos levar à doçura da vida, não pode ser senão
doce.


Salomão escreveu: «Eu dormia, mas de coração desperto» (Ct 5, 2). Estas
palavras manifestam com toda a evidência o mistério da divindade e da carne
do Senhor. Ele dormiu segundo a carne mas a Sua divindade estava desperta,
pois a divindade não podia dormir [...]: «Pois não há-de dormir nem
dormitar Aquele que guarda Israel» (Sl 120, 4) [...] Dormia, segundo a
carne, mas a Sua divindade visitava os infernos para tirar de lá o homem
que ali se encontrava cativo; o nosso Senhor e Salvador quis visitar todos
os lugares para ter misericórdia para com todos. Desceu do céu à terra para
visitar o mundo; desceu ainda da terra aos infernos para levar a luz
àqueles que lá estavam cativos, segundo a palavra do profeta: «habitavam
numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9, 1).


É por isso que os anjos do céu, os homens, na terra, e as almas dos fiéis,
na morada dos mortos, celebram essa vigília do Senhor. [...] Se o
arrependimento de um só pecador, como lemos no Evangelho, é causa de
alegria para os anjos do céu (Lc 15, 7.10), quanto mais a redenção do mundo
inteiro? [...] Esta vigília não é, portanto, uma festa apenas para os
homens e para os anjos, mas também para o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
porque a salvação do mundo é a alegria da Trindade.




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