quinta-feira, 28 de abril de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 29 de Abril de 2011
6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

6ª feira na oitava de PáscoaJesus Cristo, Bom Pastor6ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Jesus apresentou-Se na margem»

Leituras

Actos 4,1-12.

Estando eles a falar ao povo, surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus,
irritados por vê-los a ensinar o povo e a anunciar, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos.
Deitaram-lhes as mãos e prenderam-nos até ao dia seguinte, pois já era tarde.
No entanto, muitos dos que tinham ouvido a Palavra abraçaram a fé, e o número dos crentes elevou-se a cerca de cinco mil.
No dia seguinte, os chefes dos judeus, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém
com o Sumo Sacerdote Anás, e ainda Caifás, João, Alexandre e todos os membros das famílias dos sumos sacerdotes.
Mandaram comparecer os Apóstolos diante deles e perguntaram-lhes: «Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?»
Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e sobre o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós.
Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular.
E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar.»


Salmos 118(117),1-2.4.22-24.25-27a.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.
Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.»
Digam os que crêem no SENHOR: «O seu amor é eterno.»
pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.

Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos.
Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele!
SENHOR, salva-nos! SENHOR, dá-nos a vitória!
Bendito o que vem em nome do SENHOR! Da casa do SENHOR nós vos abençoamos.

SENHOR é Deus; Ele tem-nos iluminado! Entrançai as ramagens de festa até às hastes do altar.


João 21,1-14.

Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo:
estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água.
Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão.
Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (406?-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 78, PL 52, 420

«Jesus apresentou-Se na margem»

Depois da Sua Paixão, cujo tumulto surpreendeu a terra, assustou o céu,
assombrou os séculos e desolou os infernos, o Senhor veio até à beira-mar e
reparou que os discípulos erravam nas águas em plena noite, sujeitos a uma
obscura ondulação. O sol ainda vinha longe e nem a luz da lua, nem o céu
estrelado conseguiam acalmar a angústia duma noite assim. Diz o Evangelho
que «ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não
sabiam que era Ele». A Criação inteira fugira ao ultraje infligido ao seu
Criador, a terra assistira ao tremor das suas fundações e à sua falência, o
sol desaparecera para não ter de olhar, o dia retirara-se para não ter de
assistir e, apesar da sua dureza, as rochas fenderam-se. O inferno vê o seu
próprio Juiz chegar às suas entranhas e, vencido, solta os seus cativos com
um grito de dor (Mt 27,45-52).


O mundo inteiro fora lançado na confusão e nem sequer duvidara que, com a
morte do Criador, fora mergulhado de novo nas trevas primordiais e no
antigo caos (Gn 1,2). Mas de repente, na luz da Sua Ressurreição, o Senhor
resgata o dia e devolve ao mundo o seu aspecto de sempre. Vem para fazer
ressurgir com Ele, na Sua glória, todos os que andavam abatidos de
tristeza: «Ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem». Em primeiro
lugar, vem reconduzir a Sua Igreja à segurança da fé, já que encontrou os
Seus discípulos privados dela e despojados das suas forças. Estavam lá
Pedro, que O negou, Tomé, que não acreditou, João, que fugiu, e por isso
não lhes fala como a valentes soldados, mas como a crianças assustadas:
«Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Deste modo os discípulos serão
chamados à graça pela Sua humanidade, à confiança pelo pão, e à fé pelo
sustento. Com efeito, só acreditariam na Ressurreição do Seu corpo se O
vissem ceder às vicissitudes da existência e comer. Por isso pede comida
Aquele que é a abundância de todos os bens, e come Ele próprio do pão
porque tem fome não de alimento, mas do amor dos Seus: ««Rapazes, tendes
alguma coisa para comer?» Eles responderam-Lhe: «Não»». E o que podiam eles
ter, uma vez que já não tinham consigo a Cristo – embora Ele estivesse ali,
no meio deles – e não viam o Senhor, se bem que O tivessem diante dos
olhos? «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar».




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