sábado, 14 de maio de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 15 de Maio de 2011
4º Domingo da Páscoa - Ano A

4º Domingo de Páscoa, ano A (semana IV do saltério)
Santos Dionísia, André e Paulo, mártires, +249,  S. Manços, bispo lendário de Évora, mártir (séc. I),  S. Frei Gil de Santarém, presbítero, +1265,  S. Silvano



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Guilherme de Saint-Thierry : «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas»

Leituras

Actos 2,14.36-41.

De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: «Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras.
Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.»
Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?»
Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo.
Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.»
Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.»
Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.


Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.

O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz me às águas refrescantes.
e reconforta a minha alma.
Ele me guia por sendas direitas,
por amor do seu nome.

Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo.
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça  hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.



1 Pedro 2,20-25.

Aliás, que mérito tem suportar que vos batam, se vos portais mal? Mas se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus.
Ora, foi para isto que fostes chamados; visto que Cristo também padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos.
Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se encontrou engano;
ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga com justiça;
subindo ao madeiro, Ele levou os nossos pecados no seu corpo, para que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fostes curados.
Na verdade, éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes ao Pastor e Guarda das vossas almas.


João 10,1-10.

«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador.
Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair.
Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz.
Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.»
Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia.
Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção.
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Guilherme de Saint-Thierry (c.1085-1148), monge beneditino, posteriormente cisterciense
Orações meditativas, VI, 6-10

«Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas»

Não foi somente a João, Teu discípulo bem-amado, que foi mostrada a porta
aberta no Céu (Ap 4,1). Declaraste-a a todos, publicamente [...]: «Eu sou
a porta: se alguém entrar por Mim, estará salvo».


Tu, portanto, és a porta [...]. Vemos a grande porta aberta no Céu, nós que
estamos na terra; mas a que se nos aproveita, a nós, que não podemos subir
às alturas? Paulo responde: «Aquele que desceu é precisamente O mesmo que
subiu» (Ef 4,10). Aquele é quem? Aquele é o Amor. De facto, Senhor, o amor
que está em nós sobe até Ti, nas alturas, porque o amor que está em Ti
desceu até nós aqui na Terra. Porque nos amaste, desceste até aqui, junto
de nós; amando-Te, elevar-nos-emos às alturas, até Ti.


Pois que Tu mesmo disseste: «Eu sou a porta», por Ti Te peço, abre-Te a
nós, para nos mostrares, com mais evidência, de que morada és a porta.
[...] A morada de que és a porta, já o dissemos, é o Céu; é onde o Pai
mora, de quem nós lemos: «O Senhor tem nos céus o Seu trono» (Sl 10,4). Eis
pois por que ninguém pode ir ao Pai senão por Ti (Jo 14,6), que és a porta
[...]. Para Ti tendemos, pois, a Ti aspiramos. Responde, peço-Te: «Mestre,
onde moras?» (Jo 1,38). E logo tu respondes: «Eu estou no Pai e o Pai está
em Mim» (Jo 14,11). E noutro passo «Nesse dia, compreendereis que Eu estou
no Meu Pai, e vós em Mim, e Eu em vós» (Jo 14,20). [...] A Tua morada,
portanto, é o Pai, e Tu és a do Pai. Mas não será apenas assim: porque nós
somos também a Tua morada, e Tu, a nossa.




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