terça-feira, 31 de maio de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 01 de Junho de 2011
Quarta-feira da 6ª semana da Páscoa

Nossa Senhora da Luz
S. Justino, mártir, +167



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório de Nazianzo : «Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa»

Leituras

Actos 17,15.22-34.18,1.

Os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e regressaram, incumbidos de transmitir a Silas e a Timóteo a ordem de irem reunir-se a Paulo o mais rapidamente possível.
De pé, no meio do Areópago, Paulo disse, então: «Atenienses, vejo que sois, em tudo, os mais religiosos dos homens.
Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: 'Ao Deus desconhecido.' Pois bem! Aquele que venerais sem o conhecer é esse que eu vos anuncio.
O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do homem,
nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele, que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais.
Fez, a partir de um só homem, todo o género humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a sequência dos tempos e os limites para a sua habitação,
a fim de que os homens procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tacteando, embora não se encontre longe de cada um de nós.
É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: 'Pois nós somos também da sua estirpe.'
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a Divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem.
Sem ter em conta estes tempos de ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que todos têm de se arrepender,
pois fixou um dia em que julgará o universo com justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo de crédito, com o facto de o ter ressuscitado de entre os mortos.»
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez.»
Foi assim que Paulo saiu do meio deles.
Alguns dos homens, no entanto, concordaram com ele e abraçaram a fé, entre os quais Dionísio, o areopagita, e também uma mulher de nome Dâmaris e outros com eles.
Depois disso, Paulo afastou-se de Atenas e foi para Corinto.


Salmos 148(147),1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd.

Louvai ao SENHOR do alto dos céus; louvai-o nas alturas!
Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestes!
Louvai-o, reis do mundo e todos os povos; todos os chefes e governantes do mundo;
os jovens e as donzelas, os velhos e as crianças!

Louvem todos o nome do SENHOR, pois só o seu nome é sublime e a sua glória está acima do céu e da terra!
Ele engrandeceu a força do seu povo, Ele é a honra de todos os seus fiéis, dos filhos de Israel, seu povo amigo.


João 16,12-15.

«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora.
Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.
Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Discursó 31, 5A teológica, 25-27; PG 36, 159

«Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa»

Ao longo dos tempos, duas grandes revoluções abalaram a terra; são elas os
dois Testamentos, designamo-las assim. Com uma, os homens passaram da
idolatria à Lei; com a outra, passaram os homens da Lei ao Evangelho. Um
terceiro acontecimento estava predito: aquele que, aqui em baixo, nos há-de
fazer subir às alturas, onde já não haverá movimento nem agitação. Ora
aqueles dois Testamentos apresentaram o mesmo carácter [...]: não
transformaram tudo de forma repentina, desde o primeiro impulso do seu
movimento [...]. Tal assim foi para não nos violentar, mas para nos
persuadir. Porque o que é imposto pela força não perdura no tempo [...].


O Antigo Testamento manifestou o Pai de forma clara, de forma obscura o
Filho. O Novo Testamento revelou o Filho e insinuou a divindade do
Espírito. Hoje o Espírito vive entre nós, e dá-Se a conhecer mais
claramente. Teria sido arriscado, num tempo em que a divindade do Pai não
estava ainda reconhecida, pregar abertamente o Filho, e enquanto a
divindade do Filho não estivesse admitida, impor [...] o Santo Espírito.
Temer-se-ia que, tal como quem traz o estômago demasiado cheio ou como
quem, com olhos ainda fracos, fixa de frente o sol, os crentes se
arriscassem a perder aquilo que conseguiriam aguentar, aquilo para que
teriam forças. O esplendor da Trindade devia portanto resplandecer por
sucessivos desenvolvimentos ou, como diz David, por graduais peregrinações
(Sl 83,6) e por uma progressão de glória em glória [...].


Acrescentarei ainda esta consideração: o Salvador sabia certas coisas que
estimava não poderem estar ao alcance dos discípulos, apesar de todos os
ensinamentos que estes já tinham recebido. Pelas razões acima ditas, Ele
mantinha essas coisas guardadas. E repetia-lhes que o Espírito, quando
viesse, tudo haveria de lhes ensinar.




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