quarta-feira, 8 de junho de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 09 de Junho de 2011
Quinta-feira da 7ª semana da Páscoa

Beato José de Anchieta, presbítero, +1597,  Santo Efrém, diácono, Doutor da Igreja, +373



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Cassiano : «A fim de que o amor que Me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também»

Leituras

Actos 22,30.23,6-11.


No dia seguinte, querendo averiguar com imparcialidade do que era acusado pelos judeus, fê-lo desalgemar, convocou os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio e mandou buscar Paulo, fazendo-o comparecer diante deles.
Sabendo que havia dois partidos no Sinédrio, o dos saduceus e o dos fariseus, Paulo bradou diante deles: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança, a ressurreição dos mortos, que estou a ser julgado.»
Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se,
porque os saduceus negam a ressurreição, assim como a existência dos anjos e dos espíritos, enquanto os fariseus ensinam publicamente o contrário.
Estabeleceu-se enorme gritaria, e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nada de mau neste homem. E se um espírito lhe tivesse falado ou mesmo um anjo?»
A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a tropa para o arrancar das mãos deles e reconduzi-lo à fortaleza.
Na noite seguinte, o Senhor apresentou-se diante dele e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim é necessário que o dês também em Roma.»


Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.


Defende me, ó Deus, porque em ti me refugio.
Digo ao SENHOR: "Tu és o meu Deus, és o meu bem e nada existe acima de ti."
SENHOR, minha herança e meu cálice, a minha sorte está nas tuas mãos.
Bendirei o SENHOR porque Ele me aconselha; até durante a noite a minha consciência me adverte.

Tenho sempre o SENHOR diante dos meus olhos; com Ele a meu lado, jamais vacilarei.
Por isso, o meu coração se alegra e a minha alma exulta e o meu corpo repousará em segurança.
Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos, nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.
Hás-de ensinar me o caminho da vida, saciar me de alegria na tua presença, e de delícias eternas, à tua direita.



João 17,20-26.


Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra,
para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um.
Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim.
Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha
Conferências, n.° 10, 6-7; PL 49, 827

«A fim de que o amor que Me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também»

O Salvador dirigiu a Seu Pai esta prece por intenção dos Seus discípulos:
«que o amor que Me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também»; e ainda:
«que todos sejam um só; como Tu, Pai estás em Mim e Eu em Ti, que também
eles sejam um em nós.» Esta prece há-de realizar-se plenamente em nós
quando aquele perfeitíssimo amor com que Ele nos amou (1Jo 4,10) passar a
ser o próprio movimento do nosso coração, em cumprimento desta prece do
Senhor [...].


Isto acontecerá quando todo o nosso amor, todo o nosso desejo, esforço,
procura, pensamento, tudo aquilo que vivemos e de que falamos, tudo o que
respiramos, outra coisa não for a não ser Deus, unicamente: quando
assimilarmos, na alma e no coração, a unidade presente do Pai com o Filho e
do Filho com o Pai – isto é, quando, imitando finalmente a verdadeira
caridade, pura e indestrutível, com que Ele nos ama, a Ele nos unirmos
também por uma caridade contínua e inalterável, e a Ele estivermos tão
ligados que a nossa própria respiração, pensamento, linguagem mais não
sejam que Ele e só Ele. Alcançaremos assim, por fim, [...] o que o Senhor
na Sua prece desejava ver cumprir-se em nós: «que sejam um, como Nós somos
Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade» e
«Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me
confiaste».


A isto está destinado aquele que na solidão ora, a isto deve levar todo o
seu esforço: à graça de possuir, já desde esta vida, a imagem da futura
bem-aventurança, como uma antecipação, no seu corpo mortal, da vida e da
glória do céu.




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