sábado, 18 de junho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 19 de Junho de 2011
SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade

Domingo da Santíssima Trindade - Ano A (semana III do saltério)
Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341,  São Romualdo, abade, +1027



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Atanásio : «Todo o que n'Ele crê [...] tenha a vida eterna»

Leituras

Ex. 34,4b-6.8-9.


Moisés talhou, pois, duas tábuas de pedra iguais às primeiras. No dia seguinte de manhã subiu o monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado, e levava na mão as duas tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do Senhor.
O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade,
Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração,
dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como propriedade tua.»


Dan. 3,52.53.54.55.56.


«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:– digno de louvor e glória eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso:– digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no templo da tua santa glória: – digno de supremo louvor e glória eternamente!
Bendito sejas por penetrares os abismos,sentado sobre os querubins: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no teu trono real: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no firmamento dos céus:– digno de supremo louvor e glória eternamente!


2 Cor. 13,11-13.


De resto, irmãos, sede alegres, tendei para a perfeição, confortai-vos uns aos outros, tende um mesmo sentir, vivei em paz e o Deus do amor e da paz estará convosco.
Saudai-vos mutuamente com o ósculo santo. Saúdam-vos todos os santos.
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!


João 3,16-18.


Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja
Carta I a Serapião, 19; PG 26, 573

«Todo o que n'Ele crê [...] tenha a vida eterna»

Insensatos, que não cessais de revelar-vos indiscretos na procura da
Trindade, sem vos contentardes em acreditar tão-só que Ela existe, tal como
vos orienta o Apóstolo, que diz: «quem se aproxima de Deus tem de acreditar
que Ele existe e recompensa aqueles que O procuram» (Heb 11,6). Que ninguém
se ocupe de questões supérfluas, mas se contente em apreender o conteúdo
das Escrituras, [...] que dizem que o Pai é fonte — «o Meu povo
abandonou-Me, a Mim, nascente de águas vivas» (Jr 2,13); «Abandonaste a
fonte da sabedoria!» (Br 3,12) — e luz, segundo João: «Deus é luz» (1Jo
1,5). O Filho, com efeito, em relação a essa fonte, é rio, de acordo com o
salmo: «Enches, a transbordar, o rio caudaloso» (Sl 65 /64,10), e em
relação à luz é resplendor, quando Paulo diz que «é resplendor da Sua
glória e imagem fiel da Sua substância» (Heb 1,3). Assim sendo, o Pai é
luz, e o Filho o Seu resplendor. [...] E é no Filho que somos iluminados
pelo Espírito, como diz também Paulo: «que o Pai vos dê o Espírito de
sabedoria e vo-Lo revele, para o conhecerdes, e sejam iluminados os olhos
do vosso coração» (Ef 1,17-18). É, porém, Cristo quem nos ilumina n'Ele
quando somos iluminados pelo Espírito, pois a Escritura diz: «O Verbo era a
Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). Para
além disso, sendo o Pai fonte e Cristo rio, é dito igualmente que bebemos
do Espírito: «e todos bebemos de um só Espírito» (1Cor 12,13).
Dessedentados, pois, pelo Espírito, é de Cristo que bebemos, porquanto
bebemos «de um rochedo espiritual que os seguia, e esse rochedo era
Cristo» (1Cor 10,4).


Ora, sendo o Pai o «único Deus sábio» (Rm 16,27), o Filho é a Sua
sabedoria, porque «Cristo é poder e sabedoria de Deus» (1 Cor 1,24). Por
conseguinte, ao recebermos o Espírito de sabedoria, recebemos o Filho e
adquirimos assim a Sua sabedoria. [...] O Filho é a vida, pois Ele disse:
«Eu sou a Vida» (Jo 14,6). Mas também se diz na Escritura que somos
vivificados pelo Espírito quando Paulo nos diz que «o Pai, que ressuscitou
Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por
meio do Seu Espírito que habita em vós» (Rm 8,11). Mas ao sermos
vivificados pelo Espírito, é Cristo que Se faz vida em nós: «Já não sou eu
que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20).


Existindo, assim, no seio da Trindade uma tal correspondência e uma tal
unidade, quem poderá separar o Filho do Pai, e o Espírito do Filho, ou do
Pai? [...] O Mistério de Deus não é concedido ao nosso ser com discursos
eloquentes, mas pela fé e por preces respeitosas.




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