terça-feira, 21 de junho de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 22 de Junho de 2011
Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

S. Paulino de Nola (bispo, +431),  S. João Fisher (bispo mártir, +1535),  S. Thomas More (leigo mártir, +1535)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Vicente de Paulo : «Dar bons frutos»

Leituras

Gén. 15,1-12.17-18.


Após estes acontecimentos, o Senhor disse a Abrão numa visão: «Nada temas, Abrão! Eu sou o teu escudo, a tua recompensa será muito grande.»
Abrão respondeu: «Que me dareis, Senhor Deus? Vou-me sem filhos e o herdeiro da minha casa é Eliézer, de Damasco.»
Acrescentou: «Não me concedeste descendência, e é um escravo, nascido na minha casa, que será o meu herdeiro.»
Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida, nos seguintes termos: «Não é ele que será o teu herdeiro, mas aquele que sairá das tuas entranhas.»
E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: «Levanta os olhos para o céu e conta as estrelas, se fores capaz de as contar.» E acrescentou: «Pois bem, será assim a tua descendência.»
Abrão confiou no Senhor, e Ele considerou-lhe isso como mérito.
O Senhor disse-lhe depois: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur, na Caldeia, para te dar esta terra.»
Perguntou-lhe Abrão: «Senhor Deus, como saberei que tomarei posse dela?»
Disse-lhe o Senhor: «Toma uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombo ainda novo.»
Abrão foi procurar todos estes animais, cortou-os ao meio e dispôs cada metade em frente uma da outra; não cortou, porém, as aves.
As aves de rapina desciam sobre as carnes mortas, mas Abrão afugentava-as.
Ao pôr-do-sol, apoderou-se dele um sono profundo; ao mesmo tempo, sentiu-se apavorado e foi envolvido por densa treva.
Quando o Sol desapareceu, e sendo completa a escuridão, surgiu um braseiro fumegante e uma chama ardente, que passou entre as metades dos animais.
Naquele dia, o Senhor concluiu uma aliança com Abrão, dizendo-lhe: «Dou esta terra à tua descendência, desde o rio do Egipto até ao grande rio, o Eufrates,


Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.


Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas.
Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o SENHOR.
Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face.

vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido.
Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra!
Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações,
pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac.



Mateus 7,15-20.


«Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Exercícios Espirituais aos Missionários, fragmento 171

«Dar bons frutos»

Amemos a Deus, irmãos, sim, mas à custa dos nossos braços e do suor do
nosso rosto. Com efeito, os actos de amor a Deus, de bondade, de
benevolência, e de outros afectos parecidos, e as práticas interiores do
coração sensível são, embora bons e desejáveis, inúmeras vezes assaz
suspeitos por não chegarem a ser prova dum amor real. «Nisto, diz Nosso
Senhor, se manifesta a glória de Meu Pai: em que deis muito fruto» (Jo
15,8).


É em relação a isso que devemos redobrar a nossa atenção, porque muitos há
que, tendo o seu exterior bem cuidado e o seu interior cheio de nobres
sentimentos de Deus, ficam por aí; frente aos factos ou chamados a agir
perante as ocasiões, perdem o fôlego. Orgulham-se da sua imaginação
fecunda, contentam-se com os doces diálogos que mantêm com Deus na oração e
falam até deles como se fossem anjos; mas, saindo daí, quando se trata de
trabalhar por Deus, de sofrer, de mortificar-se, de ensinar os indigentes,
de ir à procura da ovelha perdida (Lc 15,4), de gostar que lhes falte
alguma coisa, de aceitar a doença ou outra desgraça qualquer, pronto! não
fica ninguém, foge-lhes a coragem. Não, irmãos, não tenhamos ilusões: toda
a nossa missão consiste em passar aos actos.




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