sábado, 23 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 24 de Julho de 2011
17º Domingo do Tempo Comum - Ano A

S. Charbel (Sarbélio) Makhluf, presbítero, +1898,  Beato João Soreth, religioso, presbítero, +1471,  Santa Cristina, a Admirável, religiosa, +1224



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : «O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

Leituras

1 Reis 3,5.7-12.


Em Gabaon, durante a noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão e disse-lhe: «Pede-Me o que quiseres». Salomão responde:
Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder.
Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular.
Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?».
Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão
e disse-lhe:«Porque foi este o teu pedido e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça,
vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti.


Salmos 119(118),57.72.76-77.127-128.129-130.


SENHOR, eu disse: «A herança que me toca
é pôr em prática as tuas ordens.»  
Prezo mais a lei da tua boca
do que milhões em ouro e prata.

Que a tua bondade me sirva de conforto,
conforme o que prometeste ao teu servo.  
Mostra-me a tua misericórdia e viverei,
porque a tua lei faz as minhas delícias.  

Por isso amo os teus mandamentos,
muito mais que o ouro fino.  
Por isso sigo os teus preceitos
e tenho horror aos caminhos da mentira.  

Os teus preceitos são admiráveis;
por isso a minha alma os observa.  
a manifestação das vossas palavras ilumina
e dá inteligência aos simples.  



Romanos 8,28-30.


Irmãos: Nós sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio.
Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou; e àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou. Hino ao amor de Deus


Mateus 13,44-52.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»
«O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»
«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Homilia sobre o Credo

«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro»

É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja
indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas
palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do
homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos
nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que
esperava e pensava. Nesta vida ninguém pode saciar os seus desejos; nunca
nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo
infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse santo
Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto
até que repouse em Ti».


Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é
evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará
de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt
25,21). E Santo Agostinho diz, a esse respeito: «Não é que toda a alegria
entrará naqueles que se alegram, mas que aqueles que se alegram entrarão
inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário,
para ver o Teu poder e a Tua glória» [63 (62),3], e outro: «Ele satisfará
os desejos do teu coração» [Sl 37 (36),4]. [...] Porque, se desejamos as
delícias, é aí que encontraremos a satisfação suprema e perfeita, pois ela
consistirá no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas, à Tua
direita» [Sl 17 (16),11].




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