sábado, 30 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 31 de Julho de 2011
18º Domingo do Tempo Comum - Ano A

XVIII Domingo Comum (semana II do saltério)
Santo Inácio de Loyola, presbítero, fundador, +1556,  Santo Afonso Rodrigues, religioso leigo, +1617



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Dai-lhes vós mesmos de comer»

Leituras

Is. 55,1-3.


Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde beber desta água. Mesmo os que não tendes dinheiro, vinde, comprai trigo para comer sem pagar nada. Levai vinho e leite, que é de graça.
Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta? E o vosso salário naquilo que não pode saciar-vos? Se me escutardes, havereis de comer do melhor, e saborear pratos deliciosos.
Prestai-me atenção e vinde a mim. Escutai-me e vivereis. Farei convosco uma aliança eterna, e a promessa a David será mantida.


Salmos 145(144),8-9.15-16.17-18.


O Senhor é clemente e compassivo,  
é paciente e cheio de bondade.  
o Senhor é bom para com todos  
a suamesiricórdia se estende a todas as suas obras.   

Todos têm os olhos postos em ti,
e, a seu tempo, Tu lhes dás o alimento.
Abres com largueza a tua mão
e sacias os desejos de todos os viventes.  

SENHOR é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.  
O SENHOR está perto de todos os que o invocam,
dos que o invocam sinceramente.  



Romanos 8,35.37-39.


Irmãos. Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?
Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades,
nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Mateus 14,13-21.


Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.»
Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.»
Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.»
«Trazei-mos cá» disse Ele.
E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramento da Caridade», 88 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Dai-lhes vós mesmos de comer»

«O pão que Eu hei-de dar é a Minha carne que Eu darei pela vida do mundo»
(Jo 6,51). Com estas palavras, o Senhor revela o verdadeiro significado do
dom da Sua vida por todos os homens; as mesmas mostram-nos também a
compaixão íntima que Ele sente por cada pessoa. Na realidade, os Evangelhos
transmitem-nos muitas vezes os sentimentos de Jesus para com as pessoas,
especialmente doentes e pecadores (Mt 20,34; Mc 6,34; Lc 19,41). Ele
exprime, através dum sentimento profundamente humano, a intenção salvífica
de Deus, que deseja que todo o homem alcance a verdadeira vida.


Cada celebração eucarística actualiza sacramentalmente a doação que Jesus
fez da Sua própria vida na cruz, por nós e pelo mundo inteiro. Ao mesmo
tempo, na Eucaristia, Jesus faz de nós testemunhas da compaixão de Deus por
cada irmão e irmã; nasce assim, à volta do mistério eucarístico, o serviço
da caridade para com o próximo, que «consiste precisamente no facto de eu
amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço
sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com
Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar
o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus
olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo» [Bento XVI,
Encíclica «Deus Caritas est», 18] Desta forma, nas pessoas que contacto,
reconheço irmãs e irmãos, pelos quais o Senhor deu a Sua vida amando-os
«até ao fim» (Jo 13,1).


Por conseguinte, as nossas comunidades, quando celebram a Eucaristia, devem
consciencializar-se cada vez mais de que o sacrifício de Jesus é por todos;
e, assim, a Eucaristia impele todo o que acredita n'Ele a fazer-se «pão
repartido» para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo
mais justo e fraterno. Como sucedeu na multiplicação dos pães e dos peixes,
temos de reconhecer que Cristo continua, ainda hoje, exortando os Seus
discípulos a empenharem-se pessoalmente: «Dai-lhes vós de comer» (Mt
14,16). Na verdade, a vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a
Jesus, pão repartido para a vida do mundo.




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