domingo, 31 de julho de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 01 de Agosto de 2011
Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : «Salva-me, Senhor!»

Leituras

Núm. 11,4b-15.


A população que estava no meio deles, deixou-se arrastar pela concupiscência e também os filhos de Israel se puseram a chorar, dizendo: «Quem nos dará carne para comer?
Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos.
Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.»
O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio.
O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite.
Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía.
Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do Senhor inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si.
Então Moisés falou ao Senhor: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim?
Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: 'Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?'
Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: 'Dá-nos carne para comer!'
Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim!
Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!»


Salmos 81(80),12-13.14-15.16-17.


Mas o meu povo não quis ouvir me;  
Israel não quis obedecer.
Por isso, entreguei os à sua obstinação;
deixei os seguir os seus caprichos.

Se o meu povo me tivesse escutado!
Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Num instante, Eu humilharia os seus inimigos
e castigaria os seus adversários.

Os inimigos do SENHOR arrastar-se-iam diante dele;
mas a sua sorte está traçada para sempre.
Alimentaria o meu povo com a flor do trigo
e saciá-lo-ia com o mel silvestre."



Mateus 14,22-36.


Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Após a travessia, pisaram terra em Genesaré.
Ao reconhecerem-no, os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda a região. Trouxeram-lhe todos os doentes,
suplicando-lhe que, ao menos, os deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a tocaram, ficaram curados.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers e doutor da Igreja
Comentário do Evangelho de São Mateus, 14, 15; SC 258

«Salva-me, Senhor!»

O facto de Pedro, de entre todos os passageiros da embarcação, ousar
responder e pedir ao Senhor que lhe dê ordem para ir por sobre as águas até
Si, indica já a disposição do seu coração no momento da Paixão. Momento em
que, sozinho, seguindo os passos do Senhor e desprezando as agitações do
mundo, comparáveis às do mar, O acompanhou com igual coragem para desprezar
a morte. Mas a falta de segurança de Pedro revela a sua fragilidade na
tentação que o esperava: pois, embora tivesse ousado avançar, afundou-se. A
fraqueza da carne e o medo da morte obrigaram-no à fatalidade da negação.
No entanto, solta um grito e pede a salvação ao Senhor. Tal grito é a voz
gemebunda do seu arrependimento. [...]


Há, em Pedro, uma coisa que devemos considerar: ele excedeu todos os outros
na fé, porque, enquanto estavam na ignorância, foi ele o primeiro a
responder: «Tu és [...] o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Foi o primeiro a
rejeitar a Paixão, pensando que era uma infelicidade (Mt 16,22); foi o
primeiro a prometer que havia de morrer e que não renegaria (Mt 26,35); foi
o primeiro a recusar que lhe lavassem os pés (Jo 13,8); e também
desembainhou a espada contra os que se acercavam do Senhor para O prender
(Jo 18,10). A calma do vento e do mar, amainados depois de o Senhor ter
subido à embarcação, é apresentada como a paz e a tranquilidade da Igreja
eterna na sequência do Seu glorioso regresso. Porque então Ele há-de vir,
manifestando-Se, como naquele momento em que um justo espanto fez que todos
dissessem: «Tu és, verdadeiramente, o Filho de Deus». Todos os homens darão
então o testemunho claro e público de que o Filho de Deus deu a paz à
Igreja, já não na humildade da carne, mas na glória do céu.




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