quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 11 de Agosto de 2011
Quinta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

Santa Clara de Assis, virgem, fundadora, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «Não devias também ter piedade do teu companheiro?»

Leituras

Josué 3,7-10a.11.13-17.


Naqueles dias, o Senhor disse a Josué: «Hoje começarei a exaltar-te na presença de todo o Israel, para que se saiba que, assim como estive com Moisés, assim estarei também contigo.
Hás-de mandar aos sacerdotes que levam a Arca da aliança: 'Quando chegardes ao Jordão, deter-vos-eis junto das suas águas.'»
Então, Josué disse aos israelitas: «Aproximai-vos para ouvir as palavras do SENHOR, vosso Deus.»
E prosseguiu: «Com isto, sabereis que o Deus vivo está no meio de vós e não deixará de expulsar diante de vós os cananeus, os hititas, os heveus, os perizeus, os guirgaseus, os amorreus e os jebuseus.
Eis que a Arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar o Jordão diante de vós.
Mal os sacerdotes que transportam a Arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, tenham tocado com os pés as águas do Jordão, estas hão-de dividir-se, e as que correm de cima amontoar-se-ão, parando.»
Então, o povo, dobrando as suas tendas, preparou-se para passar o Jordão com os sacerdotes que caminhavam diante dele, transportando a Arca.
Quando chegaram ao Jordão, e os pés dos sacerdotes que transportavam a Arca entraram na água da margem do rio – de facto, o Jordão transborda e alaga as suas margens durante todo o tempo da ceifa –
então, as águas que vinham de cima pararam e amontoaram-se numa grande extensão, até perto de Adam, localidade situada nas proximidades de Sartan; as águas que desciam para o mar da Arabá, o Mar Salgado, essas ficaram completamente separadas. E o povo atravessou o rio em frente de Jericó.
Os sacerdotes que transportavam a Arca da aliança do SENHOR conservaram-se de pé, sobre o leito seco do Jordão, e todo o Israel o atravessou sem se molhar. Permaneceram ali até todo o povo ter acabado de atravessar o Jordão.


Salmos 114(113A),1-2.3-4.5-6.


Quando Israel saiu do Egipto,
e a casa de Jacob, do meio de um povo estranho,  
Judá tornou-se o santuário do Senhor
e Israel o seu domínio.  

Em vista disso, o mar afastou-se
e o Jordão voltou atrás.  
Os montes saltaram como carneiros,
e as colinas, como cordeiros.  

Que tens, ó mar, para assim fugires,
e tu, Jordão, para retrocederes?  
Montes, porque saltais como carneiros,
e vós, colinas, como cordeiros?



Mateus 18,21-35.19,1.


Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.'
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!'
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.'
Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?'
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
Quando acabou de dizer estas palavras, Jesus partiu da Galileia e veio para a região da Judeia, na outra margem do Jordão.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II
Encíclica «Dives in misericordia» cap. 17, §14

«Não devias também ter piedade do teu companheiro?»

Se Paulo VI por mais de uma vez indicou que a «civilização do amor» é o fim
para o qual devem tender todos os esforços, tanto no campo social e
cultural, como no campo económico e político, é preciso acrescentar que
este fim nunca será alcançado se, nas nossas concepções e nas nossas
actuações, relativas às amplas e complexas esferas da convivência humana,
nos detivermos no critério do «olho por olho e dente por dente» (Ex 21,24;
Mt 5,38) e, ao contrário, não tendermos para transformá-lo essencialmente,
completando-o com outro espírito. É nesta direcção que nos conduz também o
Concílio Vaticano II quando, ao falar repetidamente da necessidade de
«tornar o mundo mais humano» (GS 40), centraliza a missão da Igreja no
mundo contemporâneo precisamente na realização desta tarefa. O mundo dos
homens só se tornará mais humano se introduzirmos, no quadro multiforme das
relações interpessoais e sociais, juntamente com a justiça, o «amor
misericordioso» que constitui a mensagem messiânica do Evangelho.


O mundo dos homens só poderá tornar-se «cada vez mais humano» quando
introduzirmos, em todas as relações recíprocas que formam a sua fisionomia
moral, o momento do perdão, tão essencial no Evangelho. O perdão atesta
que, no mundo, está presente o amor que é mais forte que o pecado. O
perdão, além disso, é a condição fundamental para a reconciliação, não só
nas relações de Deus com o homem, mas também nas relações dos homens entre
si. Um mundo do qual se eliminasse o perdão seria apenas um mundo de
justiça fria e pouco respeitosa, em nome da qual cada um reivindicaria os
direitos próprios em relação aos demais. Deste modo, as várias espécies de
egoísmo, latentes no homem, poderiam transformar a vida e a convivência
humana num sistema de opressão dos mais fracos pelos mais fortes, ou até
numa arena de luta permanente de uns contra os outros.


Com razão a Igreja considera seu dever e objectivo da sua missão assegurar
a autenticidade do perdão, tanto na vida e no comportamento concreto, como
na educação e na pastoral. Não o protege doutro modo senão guardando a sua
fonte, isto é, o mistério da misericórdia de Deus, revelado em Jesus
Cristo.




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