terça-feira, 16 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 17 de Agosto de 2011
Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257,  Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : Os trabalhadores da vinha do Senhor

Leituras

Juízes 9,6-15.


Naqueles dias, juntaram-se, então, todos os senhores de Siquém e toda a casa de Milo, e foram proclamar rei Abimélec, junto do terebinto do monumento que está em Siquém.
Isto foi comunicado a Jotam. E ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim; ergueu a voz e gritou; depois, disse-lhes: «Ouvi-me, senhores de Siquém, e que Deus vos oiça!
As árvores puseram-se a caminho para ungirem um rei para si próprias. Disseram, então, à oliveira: 'Reina sobre nós.'
Disse-lhes a oliveira: 'Irei eu renunciar ao meu óleo, com que se honram os deuses e os homens, para me agitar por cima das árvores?'
As árvores disseram, depois, à figueira: 'Vem tu, então, reinar sobre nós.'
Disse-lhes a figueira: 'Irei eu renunciar à minha doçura e aos meus bons frutos, para me agitar sobre as árvores?'
Disseram, então, as árvores à videira: 'Vem tu reinar sobre nós.'
Disse-lhes a videira: 'Irei eu renunciar ao meu mosto, que alegra os deuses e os homens, para me agitar sobre as árvores?'
Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: 'Vem tu, reina tu sobre nós.'
Disse o espinheiro às árvores: 'Se é de boa mente que me ungis rei sobre vós, vinde, abrigai-vos à minha sombra; mas, se não é assim, sairá do espinheiro um fogo que há-de devorar os cedros do Líbano!'


Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.


SENHOR, o rei alegra-se com o teu poder
e regozija-se com o teu auxílio.
Satisfizeste os desejos do seu coração;
não recusaste os pedidos da sua boca.

Foste ao seu encontro com bênçãos preciosas;
puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino.
Pediu-te a vida e Tu lha concedeste,
vida longa, pelos séculos além.

Devido à tua ajuda, é grande a sua glória;
cumulaste-o de esplendor e majestade,
abençoaste-o para sempre
e encheste-o de alegria na tua presença.



Mateus 20,1-16a.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha.
Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho,
e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.'
E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo.
Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?'
Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.' Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.'
Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.'
Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um.
Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.'
O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos?
Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti.
Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?'
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, nº 19

Os trabalhadores da vinha do Senhor

O Reino dos céus é comparado a um pai de família que contrata trabalhadores
para cultivar a vinha. Ora, quem, a não ser o nosso Criador, merecerá com
justiça ser comparado a tal pai de família, Ele que governa aqueles que
criou, e que exerce neste mundo o direito de propriedade sobre os Seus
eleitos como um amo o faz com os servos de sua casa? Possui uma vinha, a
Igreja universal, que produziu, por assim dizer, tantos sarmentos quanto
santos, desde Abel, o justo, até ao último eleito que nascerá no fim do
mundo.


Este Pai de família contrata trabalhadores para cultivar a Sua vinha ao
nascer do dia, à terceira hora, à sexta, à nona e à décima primeira, dado
que não terminou, do princípio do mundo até ao fim, de reunir pregadores
para instruir a multidão dos fiéis. O nascer do dia, para o mundo, era de
Adão a Noé; a terceira hora, de Noé a Abraão; a sexta, de Abraão a Moisés;
a nona, de Moisés até à vinda do Senhor; e a décima primeira, da vinda do
Senhor até ao fim do mundo. Os santos apóstolos foram enviados para pregar
nesta última hora e, apesar da sua vinda tardia, receberam o salário por
completo.


O Senhor não pára, portanto, em tempo algum, de enviar trabalhadores para
cultivar a Sua vinha, isto é, para ensinar o Seu povo. Porque, enquanto
fazia frutificar os bons costumes do Seu povo através dos patriarcas, dos
doutores da Lei e dos profetas, e finalmente dos apóstolos, Ele procurava,
por assim dizer, que a Sua vinha fosse cultivada por intermédio dos Seus
trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé justa, acrescentaram boas obras,
foram os trabalhadores dessa vinha.




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