terça-feira, 23 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 24 de Agosto de 2011
S. Bartolomeu, Apóstolo – festa

S. Bartolomeu, apóstolo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus

Leituras

Apoc. 21,9b-14.


O anjo falou-me, dizendo: «Vem cá. Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro.»
E transportou-me, em espírito, a uma grande e alta montanha e mostrou-me a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus.
Tinha o resplendor da glória de Deus: brilhava como pedra preciosa, como pedra de jaspe cristalino;
tinha uma grande e alta muralha com doze portas; nas portas havia doze anjos e em cada uma estava gravado o nome de uma das doze tribos de Israel:
ao oriente havia três portas, ao norte três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.
A muralha da cidade tinha doze alicerces, nos quais estavam gravados doze nomes, os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.


Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.


Graças Vos dêem Senhor, todas as criaturas
e  bendigam-Vos os vossos fiéis.  
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.  

Para mostrar aos homens as tuas proezas
e o esplendor glorioso do teu reino.  
O teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações.  


O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.  
O Senhor está perto de todos os que O invocam,
dos que O invocam sinceramente.  



João 1,45-51.


Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.»
Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»
Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!»
Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»
Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!»
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)

Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus

O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se,
exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,
47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem
a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano»
(Sl 32, 2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com
admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1, 48a). A resposta de Jesus não é
imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te
quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1, 48b). Não sabemos o que
aconteceu debaixo desta figueira. É evidente que se trata de um momento
decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de
Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele
sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me.
E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu
és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1, 49).


Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus.
As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da
identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na Sua relação especial com
Deus Pai, do qual é Filho unigénito, quer na relação com o povo de Israel,
do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca
devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes, porque se
proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O
transformar num ser sublime e evanescente, e se ao contrário reconhecermos
apenas a Sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a
dimensão divina que propriamente O qualifica.




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