quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 01 de Setembro de 2011
Quinta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Santo Egídio, abade, séc. VII,  Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus : «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»

Leituras

Coloss. 1,9-14.


Irmãos: Por isso, também nós, desde o dia em que ouvimos falar disso, não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua vontade, com toda a sabedoria e inteligência espiritual,
a fim de caminhardes de modo digno do Senhor, para seu total agrado: dai frutos em toda a espécie de boas obras e progredi no conhecimento de Deus;
deixai-vos fortalecer plenamente pelo poder da sua glória, para chegardes a uma constância e paciência total com alegria;
dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança dos santos na luz.
Foi Ele que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho,
no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.


Salmos 98(97),2-3ab.3cd-4.5-6.


O SENHOR anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade  
em favor da casa de Israel.  

Todos os confins da terra presenciaram  
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira,  
exultai de alegria e cantai.

Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa,  
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,  
aclamai o nosso rei e SENHOR.



Lucas 5,1-11.


Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes.
Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.»
Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se,
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando.
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera
a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico

«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»

Nessa noite de luz [no Natal, aos catorze anos] começou o terceiro período
da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. [...]
Tal como os Seus apóstolos eu podia dizer: «Mestre, trabalhámos durante
toda a noite e nada apanhámos». Sendo ainda mais misericordioso para comigo
do que tinha sido para com os Seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na
rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de
almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores.
[...] O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu
coração: «Tenho sede!» (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor
desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me
eu própria devorada pela sede das almas. [...]


A fim de aumentar o meu zelo, o Bom Deus mostrou-me que Lhe agradavam os
meus desejos. Ouvi falar de um grande criminoso que tinha acabado de ser
condenado à morte por crimes horríveis e que tudo levava a crer que
morreria em pecado. Quis, a todo custo, impedi-lo de cair no inferno. [...]
Sentia, no fundo do meu coração, a certeza de que [esses] desejos seriam
satisfeitos, mas para me encher de coragem para continuar a rezar pelos
pecadores disse ao Bom Deus que tinha a certeza de que Ele perdoaria ao
pobre infeliz Pranzini, e que eu acreditaria nisso mesmo que ele não se
confessasse nem desse nenhum sinal de arrependimento ─ tal era a
confiança que eu tinha na misericórdia infinita de Jesus ─, mas que
Lhe pedia apenas um «sinal» de arrependimento, só para minha consolação. A
minha prece foi respondida à letra! [...]


Ah! Desde que recebi essa graça única, o meu desejo de salvar as almas
aumentou dia a dia; parecia-me ouvir Jesus dizer-me, como à samaritana:
«Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o
sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas
pelo Seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais
Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa
sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do Seu amor.




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