terça-feira, 13 de setembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 14 de Setembro de 2011
Exaltação da Santa Cruz – Festa

Exaltação da Santa Cruz
Exaltação da Santa Cruz



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homília grega do século IV : «Ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu»

Leituras

Núm. 21,4b-9.


Naqueles dias, o povo de Israel partiu Do monte Hor pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansou-se na caminhada.
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.


Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.


Escuta, meu povo, os meus ensinamentos;
presta atenção às minhas palavras.
Vou abrir a minha boca em parábolas
e revelar os enigmas de outros tempos.

Quando os castigava, eles procuravam-no,
convertiam-se e voltavam se para Deus.
Recordavam-se então que Deus era o seu protector,
que o Altíssimo era o seu libertador.

Mas logo o enganavam com a boca e lhe mentiam com a língua.
Os seus corações não eram leais com Ele,
nem fiéis à sua aliança.
Mas Deus, que é misericordioso, perdoava lhes os pecados
e não os destruía.
Muitas vezes conteve a sua cólera
e não executava toda a sua ira.



João 3,13-17.


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto,
a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homília grega do século IV
Sobre a santa Páscoa (inspirada numa homília perdida de Hipólito)

«Ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu»

Para mim, a árvore da cruz é a da salvação eterna. Alimenta-me e faço dela
o meu banquete. Agarro-me através das suas raízes e, através dos seus
ramos, expando-me; o seu orvalho purifica-me e o seu sopro, como um vento
delicioso, torna-me fecundo. Ergui a minha tenda à sua sombra e, fugindo
aos grandes calores, aí encontro um refúgio de frescura. É através das suas
flores que floresço e os seus frutos são as minhas delícias; esses frutos
que me estavam reservados desde as origens e com os quais me consolo sem
limite. [...] Quando tremo face a Deus, esta árvore protege-me; quando
vacilo, ela é o meu apoio; é o preço dos meus combates e o troféu das
minhas vitórias. É, para mim, o caminho estreito, o sendeiro escarpado, a
escada de Jacob percorrida pelos anjos, no cimo da qual o Senhor está
verdadeiramente apoiado (cf. Mt 7,14; Gn 28,12).


Esta árvore de dimensões celestes eleva-se da terra até aos céus, como
planta imortal, fixada a meio caminho entre o céu e a terra. Sustentáculo
de todas as coisas, apoio do universo, suporte do mundo habitado, abraça o
cosmos e reúne os vários elementos da natureza humana. Ela própria é
edificada com as cavilhas invisíveis do Espírito, para não vacilar ao
ajustar-se ao divino. Tocando no seu topo o alto dos céus, firmando a terra
com os seus pés e envolvendo por todos os lados, com os seus imensos
braços, os espaços inumeráveis da atmosfera, ela é em si mesma completa em
tudo e em todo o lado. [...]


Pouco faltaria para que o universo fosse aniquilado, dissolvido pelo terror
perante a Paixão, se o grande Jesus não lhe tivesse infundido o Espírito
divino, dizendo: «Pai, nas Tuas mãos entrego o meu Espírito» (Lc 23,46).
[...] Tudo estava vacilante mas, quando o Espírito divino Se elevou, o
universo foi de certa forma reanimado, vivificado, e reencontrou uma
estabilidade firme. Deus preenchia tudo em todo o lado e a crucifixão
estendia-se através de todas as coisas.




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