quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 07 de Outubro de 2011
Sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora do Rosário



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura : «Se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demónios, então chegou até vós o Reino de Deus» (Mt 12,28)

Leituras

Joel 1,13-15.2,1-2.


Cingi-vos, sacerdotes, e chorai. Lamentai-vos, ministros do altar. Vinde, passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus. Porque, da casa do vosso Deus, desapareceram as ofertas e libações.
Ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada. Reuni, anciãos, todos os habitantes do país na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.
Ai que Dia! Pois o Dia do Senhor está próximo. E virá como a devastação da parte do devastador.
Tocai a trombeta em Sião, elevai um clamor sobre o meu monte santo! Estremeçam todos os habitantes da terra porque se aproxima o Dia do Senhor! Ele está próximo!
Dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e sombras. Como a luz da aurora sobre os montes, assim se difunde um povo numeroso e forte, como nunca houve semelhante desde o princípio nem depois haverá outro, no decorrer dos séculos!


Salmos 9(9A),2-3.6.16.8-9.


Quero louvar-te, Senhor, com todo o coração,
e narrar todas as tuas maravilhas.
Em Ti exultarei de alegria
e cantarei salmos ao teu nome, ó Altíssimo.

Ameaçaste os pagãos, exterminaste os ímpios,
apagaste o seu nome para sempre.
Os pagãos caíram no fosso que fizeram;  
os seus pés ficaram presos na rede que esconderam.

Mas o Senhor é rei pelos séculos,
Ele preparou o seu trono para o julgamento.
E assim julgará o mundo com justiça,
governará as nações com equidade.



Lucas 11,15-26.


Naquele tempo, Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes  disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»
«Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso; e, não o encontrando, diz: 'Vou voltar para minha casa, de onde saí.'
Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada.
Vai, então, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, legenda maior, cap. 12

«Se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demónios, então chegou até vós o Reino de Deus» (Mt 12,28)

Em todas as suas acções, Francisco foi auxiliado pelo «Espírito do Senhor»,
de Quem recebeu «a unção e a missão» (Is 61,1) e por «Cristo,  virtude e
sabedoria de Deus» (1Co 1,24). [...] A sua palavra era um fogo ardente que
penetrava até ao fundo dos corações e enchia de admiração todos quantos o
ouviam, pois não exibia ornamentos inventados por uma inteligência humana,
mas apenas espalhava o perfume das verdades reveladas por Deus.


Tal tornou-se bem perceptível um dia em que, tendo de pregar na presença do
Papa e dos seus cardeais [...], tinha memorizado um sermão cuidadosamente
composto. [...] Mas, uma vez diante da assembleia, esqueceu-se
completamente dele, sem conseguir recordar-se de uma única palavra.
Confessou-o com humildade, recolheu-se para invocar a graça do Espírito
Santo e de imediato encontrou uma eloquência tão persuasiva, tão poderosa
sobre a alma dos seus ilustres ouvintes, que se tornou bem claro que já não
era ele quem falava, mas o Espírito do Senhor [...].


Não tinha por hábito afagar os vícios dos grandes, mas tratá-los com vigor;
nem condescender com a vida dos pecadores, mas admoestá-los severamente.
Com a mesma firmeza de espírito censurava pequenos e grandes e tinha a
mesma alegria em falar a pequenos grupos ou a multidões. Homens e mulheres,
jovens e velhos, acorriam para ver e ouvir este homem novo enviado do Céu;
ele percorria as várias regiões, anunciando com fervor o Evangelho; e «o
Senhor cooperava, confirmando a palavra com os sinais que a acompanhavam»
(Mc 16,20). De facto, em nome do Senhor, este arauto da verdade expulsava
os demónios, curava os enfermos (Mc 1, 34).




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