quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 14 de Outubro de 2011
Sexta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

São Calisto I, papa, mártir, +222,  S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Catarina de Siena : «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados»

Leituras

Romanos 4,1-8.


Irmãos: Que havemos de dizer de Abraão, nosso antepassado segundo a carne? Que obteve ele afinal?
É que, se Abraão foi justificado por causa das obras, tem um motivo para se poder gloriar, mas não diante de Deus.
Que diz, de facto, a Escritura? Que Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe atribuído à conta de justiça.
Ora bem, àquele que realiza obras, o salário não lhe é atribuído como oferta, mas como dívida.
Aquele, porém, que não realiza qualquer obra, mas acredita naquele que justifica o ímpio, a esse a sua fé é-lhe atribuída como justiça.
Aliás é assim que David celebra a felicidade do homem a quem Deus atribui a justiça independentemente das obras:
Felizes aqueles a quem foram perdoados os delitos e a quem foram cobertos os pecados!
Feliz o homem a quem o Senhor não tem em conta o pecado!


Salmos 32(31),1-2.5.11.


Feliz aquele a quem é perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor
não acusa de iniquidade
e em cujo espírito não há engano.

Confessei-te o meu pecado
e não escondi a minha culpa.
Disse: "Confessarei ao Senhor a minha falta";
e Tu me perdoaste a culpa do pecado.

Alegrai-vos, justos,
e regozijai vos no Senhor;
exultai todos vós,
que sois rectos de coração.



Lucas 12,1-7.


Naquele tempo, a multidão tinha-se reunido; eram milhares, a ponto de se pisarem uns aos outros. Jesus começou a dizer primeiramente aos seus discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se.
Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços.
Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e, depois, nada mais podem fazer.
Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem o poder de lançar na Geena. Sim, Eu vo-lo digo, a esse é que deveis temer.
Não se vendem cinco pássaros por duas pequeninas moedas? Contudo, nenhum deles passa despercebido diante de Deus.
Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não temais: valeis mais do que muitos pássaros.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Catarina de Siena (1347-1380), leiga da Ordem Terceira de São Domingos, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogo, 18

«Até os cabelos da vossa cabeça estão contados»

[Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe]: «Ninguém pode escapar das Minhas
mãos. Porque Eu sou aquele que é (Ex 3,14), e vós não sois por vós
próprios; vós sois enquanto fordes feitos por Mim. Eu sou o criador de
todas as coisas que participam do ser, mas não do pecado, que não é, e
portanto não foi feito por Mim. E, porque não está em Mim, não é digno de
ser amado. A criatura apenas Me ofende na medida em que ama o que não deve
amar, o pecado. [...] É impossível aos homens saírem de Mim; ou permanecem
em Mim constrangidos pela justiça que lhes sanciona os erros, ou permanecem
em Mim guardados pela Minha misercórdia. Abre pois os olhos da tua
inteligência e olha para a Minha mão; verás que é verdade o que te digo».


Então, abrindo os olhos do espírito para obedecer ao Pai que é tão grande,
eu vi o universo inteiro fechado naquela mão divina. E Deus disse-me:
«Minha filha, vê agora e que saibas que ninguém Me pode escapar. Todos aqui
estão, seguros pela justiça ou pela misericórdia, porque são Meus, criados
por Mim, e Eu amo-os infinitamente. Seja qual for a maldade de que padeçam,
terei misericórdia para com eles, por causa dos Meus servos; e atenderei o
pedido que me fizeste com tanto amor e tanta dor». [...]


Então a minha alma, como se estivesse embriagada e fora de si, no ardor
cada vez maior do seu desejo, sentiu-se simultaneamente feliz e cheia de
dor. Feliz pela união que tivera com Deus, gozando a Sua alegria e bondade,
completamente imersa na Sua misericórdia. Cheia de dor ao ver ofendida tão
grande bondade.




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