terça-feira, 18 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 19 de Outubro de 2011
Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

S. João de Brébeuf, Santo Isaac Jogues e companheiros, mártires, séc. XVII,  S. Paulo da Cruz,presbítero, penitente, +1775,  S. Pedro de Alcântara, religioso, +1562



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado John Henry Newman : «Estai preparados»

Leituras

Romanos 6,12-18.


Irmãos: Que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal, de tal modo que obedeçais às suas paixões.
Não entregueis os vossos membros, como armas da injustiça, ao serviço do pecado. Pelo contrário, entregai-vos a Deus, como vivos de entre os mortos, e entregai os vossos membros, como armas da justiça, ao serviço de Deus.
Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, uma vez que não estais sob a Lei, mas sob a graça. Libertos do pecado
Então? Vamos pecar, porque não estamos sob a Lei, mas sob a graça? De modo nenhum!
Não sabeis que, se vos entregais a alguém, obedecendo-lhe como escravos, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado que leva à morte, quer da obediência que leva à justiça?
Demos graças a Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida.
E libertos do pecado, tornastes-vos escravos da justiça.


Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.


Se o Senhor não estivesse do nosso lado,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse do nosso lado,
quando os homens se levantaram contra nós

ter-nos-iam engolido vivos
quando a sua fúria ardia contra nós.  
As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.  

teriam passado sobre nós as águas turbulentas.
Bendito seja o Senhor,
que não nos entregou
como presa nos seus dentes.

A nossa vida escapou como um pássaro
do laço de caçadores:
rompeu-se o laço
e nós libertámo-nos.  

O nosso auxílio está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.  


Lucas 12,39-48.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa.
Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.»
Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?»
O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Watching»; PPS, t. 4, n° 22

«Estai preparados»

O nosso Salvador fez esta advertência quando estava prestes a deixar este
mundo, ou seja, a deixá-lo visivelmente. Ele previa que poderiam decorrer
séculos até ao Seu regresso. Conhecia o Seu próprio desígnio, o de Seu Pai:
deixar gradualmente o mundo a si mesmo, ir retirando gradualmente as
garantias da Sua presença misericordiosa. Previa o esquecimento em que
cairia entre os Seus próprios discípulos [...], o estado do mundo e da
Igreja tal como o vemos actualmente, em que a Sua ausência prolongada faz
crer que nunca mais regressará.


Hoje em dia, Ele murmura misericordiosamente aos nossos ouvidos que não nos
fiemos naquilo que vemos, que não partilhemos a incredulidade geral, que
não nos deixemos levar pelo mundo, mas que «velemos, pois, orando
continuamente» (cf Lc 21,34.36), e esperemos a Sua vinda. Esta advertência
misericordiosa devia estar sempre presente ao nosso espírito, de tal forma
é precisa, solene e urgente.


Nosso Senhor tinha anunciado a Sua primeira vinda e, no entanto,
surpreendeu-nos quando veio. Virá de uma forma muito mais súbita pela
segunda vez e surpreenderá os homens, agora que, sem dizer quanto tempo
decorrerá antes da Sua vinda, deixou a nossa vigilância à guarda da fé e do
amor. [...] Com efeito, devemos não só acreditar mas velar; não só amar mas
velar, não só obedecer mas velar. Velar para quê? Na expectativa desse
grande acontecimento que é a vinda de Cristo. [...] Parece ter-nos sido
dado um dever especial [...]: quase todos temos uma ideia geral do que
significa crer, temer, amar e obedecer, mas talvez compreendamos menos bem
o significado de «velar».




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