domingo, 23 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 24 de Outubro de 2011
Segunda-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Mulher, estás livre da tua enfermidade»

Leituras

Romanos 8,12-17.


Portanto, irmãos, somos devedores, mas não à carne, para vivermos de acordo com a carne.
É que, se viverdes de acordo com a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis.
De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus.
Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai!
Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus.
Ora, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pressupondo que com Ele sofremos, para também com Ele sermos glorificados. A glória que nos espera


Salmos 68(67),2.4.6-7ab.20-21.


Levanta-se Deus, os seus inimigos dispersam-se
e fogem diante d'Ele os que O odeiam.
Mas os justos alegram-se
e rejubilam diante de Deus
exultam de alegria.

Ele é pai dos órfãos e defensor das viúvas,
o Deus que habita no seu santo templo.
Deus prepara uma casa para os desamparados
e liberta aqueles que estão prisioneiros.

Bendito seja o Senhor, dia após dia;
Ele cuida de nós; Ele é o Deus da nossa salvação.
Ele é o nosso Deus, é um Deus que salva.
Na verdade, o Senhor Deus é aquele que nos livra da morte.



Lucas 13,10-17.


Naquele tempo, estava Jesus  a ensinar ao sábado numa sinagoga.
Estava lá certa mulher doente por causa de um espírito, há dezoito anos: andava curvada e não podia endireitar-se completamente.
Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade.»
E impôs-lhe as mãos. No mesmo instante, ela endireitou-se e começou a dar glória a Deus.
Mas o chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus fazia uma cura ao sábado, disse à multidão: «Seis dias há, durante os quais se deve trabalhar. Vinde, pois, nesses dias, para serdes curados e não em dia de sábado.»
Replicou-lhe o Senhor: «Hipócritas, não solta cada um de vós, ao sábado, o seu boi ou o seu jumento da manjedoura e o leva a beber?
E esta mulher, que é filha de Abraão, presa por Satanás há dezoito anos, não devia libertar-se desse laço, a um sábado?»
Dizendo isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho, n°31

«Mulher, estás livre da tua enfermidade»

«Um dia de sábado, ensinava Jesus numa sinagoga. Estava lá certa mulher
doente por causa de um espírito, há dezoito anos: andava curvada e não
podia endireitar-se completamente.» [...] O pecador, preocupado com as
coisas da terra e não procurando as do Céu, torna-se incapaz de olhar para
o alto: ao seguir os desejos que o conduzem para baixo, a sua alma,
perdendo a rectidão, curva-se, e apenas vê aquilo em que pensa
incessantemente. Voltai para dentro do vosso coração, irmãos muito
estimados, e examinai continuamente os pensamentos que não cessam de agitar
o vosso espírito. Um pensa nas honras, outro no dinheiro, outra ainda em
aumentar as suas propriedades. Todas essas coisas são inferiores e, quando
o espírito investe nisso, altera-se, perdendo a sua rectidão. E, porque não
se engrandece para desejar os bens do alto, está como esta mulher curvada,
que não consegue absolutamente olhar para cima. [...]


Efectivamente, o salmista descreveu bem a nossa curvatura quando disse de
si próprio, como símbolo de todo o género humano: «Ando cabisbaixo e
profundamente abatido» (Sl 37,7). Considerava que o homem, tendo sido
criado para contemplar a luz do alto, fora expulso do paraíso devido aos
seus pecados, e que, consequentemente, as trevas reinavam na sua alma,
fazendo-o perder o apetite das coisas do alto e arrastando toda a sua
atenção para as inferiores. [...] Se o homem que perdeu de vista as coisas
do Céu, pensasse apenas nas necessidades deste mundo, seria sem dúvida
curvado e humilhado, mas não «em excesso». Ora, como não é só a necessidade
que faz descer os seus pensamentos [...], mas também o prazer proibido que
o esmaga, não fica somente curvado, mas «curvado em excesso».




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