quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 27 de Outubro de 2011
Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

S. Vicente, Santa Sabina e Santa Cristeta, irmãos, mártires, +303,  São Gonçalo de Lagos, presbítero, +1422



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Juliana de Norwich : «Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos»

Leituras

Romanos 8,31b-39.


Irmãos: Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?
Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?
Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica!
Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós.
Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?
De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro.
Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades,
nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Salmos 109(108),21-22.26-27.30-31.


Senhor, por amor do teu nome, ajuda-me.
Salva-me, pela tua bondade e misericórdia!
Porque estou pobre e aflito,
e tenho o coração angustiado dentro de mim.  

Socorre-me, Senhor, meu Deus,
salva-me, pela tua bondade
e para que saibam que és Tu o meu salvador,
que foste Tu, Senhor, que assim fizeste.

Agradecerei bem alto ao Senhor
e louvá-l'Oo-ei no meio da multidão.
Porque Ele é o defensor do pobre,
salva-o dos que o querem condenar.  



Lucas 13,31-35.


Naquele dia, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus, que Lhe disseram: «Vai-te embora, sai daqui, porque Herodes quer matar-te.»
Respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Agora estou a expulsar demónios e a realizar curas, hoje e amanhã; ao terceiro dia, atinjo o meu termo.
Mas hoje, amanhã e depois devo seguir o meu caminho, porque não se admite que um profeta morra fora de Jerusalém.»
«Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!
Agora, ficará deserta a vossa casa. Eu vo-lo digo: Não me vereis até chegar o dia em que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do amor divino, cap. 31

«Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos»

A sede espiritual de Cristo acabará. A Sua sede é o Seu desejo intenso de
amor por nós, que durará até sermos testemunhas no Juízo Final. Pois os
eleitos, que serão a alegria e a felicidade de Jesus durante toda a
eternidade, estão em parte ainda aqui em baixo e, depois de nós, haverá
outros, até ao último dia. A Sua sede ardente é a de nos ter todos n'Ele,
para Sua grande felicidade – é, pelo menos, o que me parece. [...]


Enquanto Deus, Ele é a beatitude perfeita, felicidade infinita que não pode
aumentar nem diminuir. [...] Mas a fé ensina-nos que, pela Sua humanidade,
Ele quis sofrer a Sua Paixão, sofrer todo o tipo de dores, e morrer por
amor a nós e pela nossa felicidade eterna. [...] Enquanto nossa Cabeça,
Cristo foi glorificado e não sofrerá mais; mas, como é também o Corpo que
une todos os Seus membros (Ef 1,23), ainda não é completamente glorioso e
impassível. É por isso que continua a sentir este desejo e esta sede que
sentia na cruz (Jo 19,28) e que, parece-me, estavam n'Ele desde toda a
eternidade. E isto é assim agora e assim será até que a última alma salva
tenha entrado nesta beatitude.


Sim, é tão verdadeiro que existe em Deus a misericórdia e a piedade, como
que n'Ele existe esta sede e este desejo. Em virtude deste desejo que
existe em Cristo, também nós o desejamos: sem isso, nenhuma alma chega ao
Céu. Este desejo e esta sede procedem, parece-me, da bondade infinita de
Deus, bem como da Sua misericórdia [...]; e esta sede persistirá n'Ele
enquanto nós precisarmos dela, atraindo-nos para a Sua beatitude.




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