terça-feira, 1 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 02 de Novembro de 2011
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Comemoração de todos os Fiéis Defuntos



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : A nossa verdadeira morada

Leituras

Sab. 3,1-9.


As almas dos justos estão nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá.
Aos olhos dos insensatos pareceram morrer, a sua saída deste mundo foi tida como uma desgraça,
a sua morte, como uma derrota. Mas eles estão em paz.
Se aos olhos dos homens foram castigados, a sua esperança estava cheia de imortalidade.
Depois de terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, pois Deus os provou e achou dignos de si.
Ele os provou como ouro no crisol e aceitou-os como um holocausto.
No tempo da intervenção de Deus, os justos resplandecerão e propagar-se-ão como centelhas através da palha.
Julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.
Aqueles que nele confiam compreenderão a verdade, e os que são fiéis no amor habitarão com Ele, pois a graça e a misericórdia são para os seus eleitos.


Salmos 27(26),1.4.7.8.9.13-14.


O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?  

Uma só coisa peço ao Senhor e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.

Ouve, Senhor, a voz da minha súplica,
tem compaixão de mim e responde-me.
O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que eu procuro, SENHOR.
Não desvies de mim o teu rosto,

Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do Senhor,
na terra dos vivos.
Confia no Senhor! Sê forte e corajoso,
e confia no Senhor!



Romanos 6,3-9.


Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte?
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele.


Mateus 25,31-46.


«Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.'
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?'
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.'
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.'
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?'
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.'
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c.200-258), bispo de Cartago e mártir
Sobre a morte; PL 4, 583ss.

A nossa verdadeira morada

É conveniente nunca perdermos de vista, caros irmãos, que renunciámos ao
mundo e que vivemos aqui em baixo como hóspedes de passagem, como
estrangeiros (Heb 11,13). Bendigamos o dia que atribui a cada um a sua
verdadeira morada, e que, depois de nos ter arrancado a este mundo e
libertado das suas amarras, nos conduz ao paraíso e ao Reino dos Céus. Quem
não se apressaria em regressar à pátria depois ter passado algum tempo o
estrangeiro? Quem [...] não desejaria um vento favorável para navegar, para
mais rapidamente abraçar os seus? A nossa pátria é o paraíso; desde sempre,
tivemos os patriarcas por pais.

Porque não nos apressamos então para ver a nossa pátria, porque não
corremos para saudar os nossos pais? Temos uma multidão de entes queridos à
nossa espera, pais, irmãos, filhos, já seguros da sua própria salvação mas
preocupados ainda com a nossa; eles desejam ver-nos entre eles. [...] É lá
que se encontra o coro glorioso dos apóstolos, a multidão entusiasmada dos
profetas, o exército inumerável de mártires, coroados com o seu sucesso
contra o inimigo e o sofrimento [...]; é lá que reinam as virgens [...]; é
lá que, por último, são recompensados os homens que experimentaram
compaixão, que multiplicaram os seus actos de caridade provendo às
necessidades dos pobres e que, fiéis aos preceitos do Senhor, chegaram a
elevar-se dos bens terrenos aos tesouros do céu. Apressemo-nos por
conseguinte em satisfazer a nossa impaciência de nos juntarmos a eles, e de
comparecermos o mais rapidamente possível perante Cristo. Que Deus descubra
em nós esta aspiração [...], Ele que concede a recompensa suprema da Sua
glória aos que a desejaram com o maior ardor.




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