segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 15 de Novembro de 2011
Terça-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santo Alberto Magno, bispo, Doutor da Igreja, +1280



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás Moro : «Hoje veio a salvação a esta casa»

Leituras

2 Mac. 6,18-31.


Naquleles dias, Eleázar, varão de idade avançada e de bela aparência, um dos primeiros doutores da lei, abrindo-lhe a boca à força, tentavam obrigá-lo a comer carne de porco.
Mas ele, preferindo morrer com honra a viver na infâmia, voluntariamente caminhava para o suplício,
depois de cuspir a carne, como devem fazer os que têm a coragem de rejeitar o que não é permitido comer, mesmo à custa da própria vida.
Ora, os encarregados deste ímpio banquete proibido pela lei, que, desde há muito tempo, mantinham relações de amizade com ele, tomaram-no à parte e rogaram-lhe que mandasse trazer as carnes permitidas, por ele mesmo preparadas, e as comesse como se fossem carnes do sacrifício, conforme ordenara o rei.
Fazendo assim, seria preservado da morte. Usavam com ele desta espécie de humanidade, em virtude da antiga amizade que lhe tinham.
Mas Eleázar, tomando uma bela resolução, digna da sua idade, da autoridade que lhe conferia a sua velhice, do prestígio que lhe outorgavam os seus cabelos brancos, da vida íntegra que levava desde a infância, digna, sobretudo, das sagradas leis estabelecidas por Deus, preferiu ser conduzido à morte.
«Não é próprio da minha idade – respondeu ele – usar de tal fingimento, não suceda que muitos jovens, julgando que Eleázar, aos noventa anos, se tenha passado à vida dos gentios,
pelo meu gesto de hipocrisia e por amor a um pouco de vida, se deixem arrastar pelo meu exemplo; isto seria a desonra e a vergonha da minha velhice.
Mesmo que eu me livrasse agora dos castigos dos homens, não poderia escapar, vivo ou morto, das mãos do Omnipotente.
Por isso, morrendo valorosamente, mostrar-me-ei digno da minha velhice
e deixarei aos jovens um nobre exemplo, se morrer corajosamente pelas nossas santas e veneráveis leis.» Ditas estas palavras, dirigiu-se para o suplício.
Aqueles que o levavam transformaram em violência a humanidade que pouco antes lhe tinham mostrado, julgando insensatas as suas palavras.
E quando estava prestes a morrer sob os golpes que sobre ele descarregavam, ele exclamou entre suspiros: «O Senhor, que tem a ciência santíssima, vê bem que, podendo eu livrar-me da morte, sofro no meu corpo os tormentos cruéis dos açoites, mas suporto-os com alegria, porque é a Ele que eu temo.»
Desta maneira passou à outra vida, deixando com a sua morte, não só aos jovens mas também a toda a gente, um exemplo de fortaleza e de coragem.


Salmos 3,2-3.4-5.6-7.


Senhor, são tantos os meus adversários!
São tantos os que se levantam contra mim!
Muitos dizem a meu respeito:
"Nem Deus o poderá salvar!"

Mas Tu, Senhor, és o meu escudo protector,
és a minha glória e quem me faz levantar a cabeça.
Em alta voz invoco o Senhor
e Ele responde-me da sua montanha santa.

Deito-me, adormeço e acordo,
porque o Senhor é o meu sustentáculo.
Não temo as grandes multidões
que de todos os lados me cercam.



Lucas 19,1-10.


Naquele tempo, Jesus entrou Jericó e começou a atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos.
Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali.
Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria.
Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador.
Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.»
Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão;
pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir
Tratado «Receber o corpo de Nosso Senhor»

«Hoje veio a salvação a esta casa»

Recebamos Cristo na Eucaristia como o fez Zaqueu, o bom publicano [...],
que se apressou a descer da árvore e, cheio de alegria, acolheu Jesus em
sua casa. Mas não se contentou em acolhê-lO com uma alegria efémera, fruto
de uma ligação superficial [...]: deu provas disso através de obras
virtuosas. Comprometeu-se a indemnizar de imediato todos aqueles que
defraudara, e não apenas no valor roubado, mas no quádruplo; além disso,
comprometeu-se também a dar aos pobres metade de todos os seus bens – e
imediatamente, note-se, sem esperar pelo dia seguinte. [...]

Que nosso Senhor nos conceda a graça de receber o Seu santíssimo corpo e
sangue, a Sua alma bendita e a Sua divindade todo-poderosa, tanto na nossa
alma como no nosso corpo, com o mesmo ardor, a mesma espontaneidade, a
mesma felicidade, a mesma alegria espiritual que teve aquele homem ao
recebê-lO em sua casa. E que o fruto das nossas boas obras possa dar
testemunho de que O recebemos condignamente, com aquela fé total e o firme
propósito de bem viver que se impõem aos que comungam. Então Deus [...]
dirá sobre a nossa alma o que disse outrora sobre a de Zaqueu: «Hoje veio a
salvação a esta casa».




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