quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 17 de Novembro de 2011
Quinta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Santa Isabel, rainha da Hungria, +1231



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»

Leituras

1 Mac. 2,15-29.


Naqueles dias, os delegados do rei  Antíoco chegaram à cidade de Modin, para obrigar à apostasia e exigir que oferecessem sacrifícios.
Muitos israelitas obedeceram-lhes, mas Matatias e os filhos permaneceram firmes.
Os enviados do rei, dirigindo-se a Matatias, disseram-lhe: «Possuis nesta cidade notável poder, influência e consideração, os teus irmãos e os teus filhos reconhecem-te autoridade.
Vem, pois, e sê o primeiro a executar a ordem do rei como o fizeram todas as nações, os habitantes de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Serás contado, tu e os teus filhos, entre os amigos do rei; tu e os teus filhos sereis honrados pelo rei, o qual vos enriquecerá de prata, ouro e numerosos presentes.»
Matatias respondeu-lhes com voz forte: «Ainda que todas as nações que formam o império do rei renegassem a fé dos seus pais e obedecessem às suas ordens,
eu, os meus filhos e os meus irmãos, obedeceremos à aliança dos nossos antepassados.
Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os seus preceitos!
Não escutaremos as ordens do rei e não nos desviaremos da nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda.»
Mal acabara de falar, eis que um judeu, à vista de todos, se aproximou para imolar no altar de Modin, conforme as ordens do rei.
Matatias, ao vê-lo, e no ardor do seu zelo, sentiu estremecer as suas entranhas. Num ímpeto de indignação pela lei, atirou-se sobre ele e matou-o mesmo no altar.
Ao mesmo tempo, matou o delegado do rei, que obrigava a sacrificar, e destruiu o altar.
Com semelhante gesto mostrou o seu amor pela lei, como fizera Fineias, a respeito de Zimeri, filho de Salú.
Então, em altos brados, Matatias levantou a voz através da cidade e disse: «Aquele que sentir zelo pela lei e permanecer fiel à aliança, venha e siga-me.»
E fugiu com os filhos, em direcção às montanhas, abandonando todos os seus bens na cidade.
Então, muitos dos que procuravam a rectidão e a justiça, encaminharam-se para o deserto, para ali se refugiarem,


Salmos 50(49),1-2.5-6.14-15.


O Senhor, Deus dos deuses, falou
e convocou a terra, desde o nascente até ao poente.
De Sião, cheia de beleza, Deus refulgiu,
O nosso Deus vem e não Se calará.

"Reuni junto a mim os que me são fiéis,
os que selaram a minha aliança com um sacrifício."
Até os céus proclamarão a sua justiça,
porque Deus é quem julga.

Oferece a Deus um sacrifício de louvor
e cumpre as promessas feitas ao Altíssimo.
Invoca-me no dia da tribulação;
Eu te livrarei e tu me glorificarás."



Lucas 19,41-44.


Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse:
«Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos.
Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
A Cidade de Deus

«Ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela»

Dois amores construíram duas cidades: o amor de si próprio até ao desprezo
de Deus fez a cidade terrestre; o amor de Deus até ao desprezo de si
próprio, a cidade celeste. Uma gloria-se a si própria; a outra ao Senhor.
Uma procura a glória que vem dos homens (cf Jo 5,44); a outra coloca toda a
sua glória em Deus, testemunha da sua consciência. Uma, inflada de
vanglória, levanta a cabeça; a outra diz ao seu Deus: «És a minha glória e
Quem me faz levantar a cabeça» (Sl 3,4). Numa, os príncipes são dominados
pela paixão de dominar os seus súbditos ou as nações conquistadas; na
outra, todos se fazem servidores do próximo na caridade, os chefes velando
pelo bem dos subordinados e estes obedecendo àqueles. A primeira cidade, na
pessoa dos poderosos, admira a sua força; a outra diz ao seu Deus:
«Amar-Te-ei Senhor, Tu que és a minha força».


É por isso que, na primeira cidade, os sábios levam uma vida totalmente
humana, não procurando senão o bem dos corpos ou do espírito ou dos dois ao
mesmo tempo: «Pois, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram nem Lhe
deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos
seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato; [...] veneraram
as criaturas e prestaram-lhes culto, em vez de o fazerem ao Criador» (Rm
1,21-25). Na cidade de Deus, pelo contrário, toda a sabedoria do homem se
encontra na piedade, pois somente ela presta ao Deus verdadeiro um culto
legítimo e, na sociedade dos santos, tanto os anjos como os homens esperam
como recompensa que «Deus seja tudo em todos» (1Co 15,28).




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