terça-feira, 22 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 23 de Novembro de 2011
Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S.Clemente I, papa, mártir, +102,  S. Columbano, abade, +615



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Concílio Vaticano II : «Tereis ocasião de dar testemunho»

Leituras

Dan. 5,1-6.13-14.16-17.23-28.


Naqueles dias, o rei Baltasar deu um banquete a mil dos seus conselheiros; e, na presença de todos eles, foi bebendo vinho.
Excitado pela bebida, mandou trazer os vasos de ouro e prata que o pai Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, a fim de que o rei, os seus grandes, as concubinas e as bailarinas, se servissem deles para beber.
Trouxeram, pois, os vasos de ouro que tinham sido roubados ao templo de Deus em Jerusalém. O rei, os seus conselheiros, as concubinas e as bailarinas beberam por eles.
Depois de terem bebido o vinho, iniciaram o louvor aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
Neste momento, apareceram dedos de mão humana que escreviam defronte do candelabro, sobre o reboco da parede do palácio real. O rei, à vista da mão que escrevia,
mudou de cor, pensamentos terríveis o assaltaram, os músculos dos rins perderam o vigor e os joelhos entrechocavam-se.
Daniel foi, então, levado à presença do rei, que lhe disse: «És tu, de facto, Daniel, deportado de Judá, a quem meu pai trouxe da Judeia para aqui?
Ouvi dizer a teu respeito que o espírito de Deus está em ti e que em ti se encontram uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores.
Ora, asseguraram-me que tu és mestre na arte das interpretações e das resoluções de enigmas. Se tu, pois, conseguires ler o que está escrito e me deres a conhecer a sua interpretação, serás revestido de púrpura, trarás ao pescoço um colar de ouro e tomarás o terceiro lugar no governo do reino.»
Daniel respondeu deste modo ao rei: «Guardai as vossas dádivas; as vossas honrarias, dai-as a outro! Contudo, eu lerei ao rei o texto e dar-lhe-ei o significado dele.
Mas levantaste-te contra o Senhor do Céu; trouxeram-te os vasos do seu templo, pelos quais bebeste vinho, tu, os teus grandes, as tuas mulheres e concubinas. Tributaste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que são cegos, surdos e nada conhecem, em vez de glorificares o Deus que tem na mão o teu sopro de vida e que conhece todos os teus passos.
Por isso, foi enviada de sua parte esta mão, que traçou na parede estas palavras.
Eis o texto aqui escrito: 'Mené, Tequel e Parsin.'
Eis o sentido destas palavras: Mené: Deus mediu o teu reino e pôs-lhe um termo;
Tequel: foste pesado na balança e encontrado muito leve;
Parsin: o teu reino foi dividido e entregue aos Medos e aos Persas.»


Dan. 3,62.63.64.65.66.67.


Sol e Lua, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Estrelas dos céus, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Chuva e orvalho, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Todos os ventos, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Fogo e chama, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Frio e calor, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  


Lucas 21,12-19.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim, tereis ocasião de dar testemunho.
Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa,
porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós
e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
Pela vossa constância é que sereis salvos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja, «Lumen gentium», §§ 41-42

«Tereis ocasião de dar testemunho»

Todos quantos se vêem oprimidos pela pobreza, pela fraqueza, pela doença ou
tribulações várias, e os que sofrem perseguição por amor da justiça, saibam
que estão unidos de modo especial a Cristo, nos Seus sofrimentos pela
salvação do mundo; o Senhor, no Evangelho, proclamou-os bem-aventurados e
«o Deus [...] de toda a graça, que nos chamou à Sua eterna glória em Cristo
Jesus, depois de sofrerem um pouco, os há-de restabelecer, confirmar e
consolidar» (1 Ped 5,10). [...]Como Jesus, Filho de Deus, manifestou o Seu
amor dando a vida por nós, assim ninguém dá maior prova de amor do que
aquele que oferece a própria vida por Ele e pelos seus irmãos (cf 1 Jo
3,16; Jo 15,13). Desde os primeiros tempos, e sempre assim continuará a
suceder, alguns cristãos foram chamados a dar este máximo testemunho de
amor diante de todos, e especialmente perante os perseguidores. Por esta
razão, o martírio, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que
livremente aceitou a morte para salvação do mundo, e a Ele se conforma no
derramamento do sangue, é considerado pela Igreja como um dom insigne e
prova suprema de amor. E, embora seja concedido a poucos, todos porém devem
estar dispostos a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-l'O no
caminho da cruz, no meio das perseguições, que nunca faltarão à Igreja.




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Advento

Dentro de alguns dias começará o Advento, o período que prepara o Natal. Veremos passar por nós quatro domingos e seremos chamados a aguardar a vinda de Jesus na esperança e numa alegria crescente mas, ao mesmo tempo, numa atitude de vigilância e de meditação. Na verdade, desde o primeiro domingo, a Igreja recorda-nos a vinda gloriosa de Cristo, no fim dos tempos – comemoramos a espera do povo de Deus, de que João Baptista, José e Maria serão os representantes eleitos, mas vivemos também o nosso próprio Advento, esperando o Senhor que virá visitar cada um de nós.

Ao longo dos três domingos que se seguem, Isaías convida-nos à fidelidade, João Baptista à conversão, Maria ensina-nos a disponibilidade e José a confiança – podemos estar certos, o Senhor virá ou, segundo o espírito da liturgia, o Senhor vem!

O Advento era já celebrado no séc. IV, antes mesmo que a festa do Natal fosse separada da da Epifania. Os celebrantes revestem-se de roxo, a cor da penitência, mas também da sobriedade, da pobreza daqueles que se preparam para uma festa que cumulará todos os seus desejos.

O símbolo mais conhecido do Advento é a coroa, feita com verduras e decorada com bolas e fitas. Ela rodeia as quatro velas que serão acesas, uma após outra, ao longo deste período. Contudo, parece que a coroa não é herança de uma longa tradição – aparentemente, ela foi “inventada” por um pastor luterano no séc. XIX. De qualquer forma ela baliza o nosso caminho e conduz-nos, luz após luz, para a claridade irradiante da noite de Natal.

 

A equipa portuguesa de Evangelizo deseja a todos os seus leitores uma caminhada de Advento vivida na paz e na esperança.