quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Novembro de 2011
Quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Santo André Dung Lac e companheiros, presbíteros, mártires vietnamitas, séc. XVIII e XIX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Uma homilia grega do séc. IV : A vitória do Filho do Homem, que veio e que vem

Leituras

Dan. 6,12-28.


Naqueles dias, aqueles homens acorreram, alvoroçados, e encontraram Daniel em oração, invocando o seu Deus.
Dirigiram-se imediatamente a casa do rei e disseram-lhe, a propósito do decreto real de proibição: «Não promulgaste tu, ó rei, uma proibição, declarando que quem, no período de trinta dias, invocasse algum deus ou homem que não fosses tu, seria lançado na cova dos leões?» Respondeu o rei: «Com certeza, conforme a lei dos Medos e dos Persas, que não pode ser modificada.»
«Pois bem – prosseguiram eles – Daniel, o exilado de Judá, não teve consideração nem pela tua pessoa, nem pelo decreto que promulgaste. Três vezes ao dia, faz a sua oração.»
Ao ouvir estas palavras, o rei, muito pesaroso, tomou a peito, apesar de tudo, a salvação de Daniel e nisso se aplicou até ao pôr-do-sol.
Porém, os mesmos homens, em tropel, vieram novamente procurar o rei. «Sabei, ó rei – lhe disseram – que a lei dos Medos e dos Persas não permite qualquer revogação de uma proibição ou de um decreto publicado pelo rei.»
O rei, então, mandou levar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. Disse-lhe o rei: «O Deus que tu adoras com tamanha fidelidade, Ele próprio te libertará!»
Trouxeram uma pedra, que rolaram sobre a abertura da cova: o rei selou-a com o seu sinete e com o sinete dos grandes, para que nada fosse modificado em atenção a Daniel.
Entrando no palácio, o rei passou a noite sem comer nada e sem mandar ir para junto dele concubina alguma; não conseguiu fechar os olhos.
De madrugada, levantou-se e partiu a toda a pressa para a cova dos leões.
Quando estava próximo, com uma voz muito magoada, chamou Daniel: «Daniel, servo do Deus vivo, o teu Deus, que adoras com tanta fidelidade, teria podido libertar-te dos leões?»
Daniel dirigiu-se ao rei nestes termos: «Ó rei, viva o rei para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me fizeram qualquer mal, porque, aos olhos dele, estava inocente. Para contigo, ó rei, tão pouco cometi qualquer falta.»
O rei, então, cheio de alegria, ordenou que tirassem Daniel da cova. Daniel foi, pois, tirado sem qualquer vestígio de ferimento, porque tinha fé no seu Deus.
Por ordem do rei, trouxeram os acusadores de Daniel e atiraram-nos à cova dos leões, a eles, às mulheres e aos filhos. Ainda não tinham tocado o fundo da cova e já os leões os tinham agarrado e lhes tinham triturado os ossos.
Então, o rei Dario escreveu: «A todos os povos, a todas as nações e à gente de todas as línguas que habitam a face da terra, paz e prosperidade!
Promulgo este decreto: 'Que em toda a extensão do meu reino se tema e trema diante do Deus de Daniel, porque Ele é o Deus vivo, que subsiste eternamente; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio é perpétuo.
Ele salva e Ele liberta, faz milagres e prodígios no céu e na terra: foi Ele quem livrou Daniel das garras dos leões.'»


Dan. 3,68.69.70.71.72.73.74.


Orvalho e geada, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  
Frio e gelo, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Gelos e neves, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Noites e dias, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Luz e trevas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Que a terra bendiga o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!  


Lucas 21,20-28.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima.
Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Uma homilia grega do séc. IV
Sobre a Santa Páscoa 44-48; PG 59, 743 (inspirada numa homilia perdida de Santo Hipólito)

A vitória do Filho do Homem, que veio e que vem

O que será a vinda de Cristo? A libertação da escravatura e a rejeição das
antigas cadeias, o começo da liberdade e a honra da adopção, a fonte da
remissão dos pecados e a vida verdadeiramente imortal para todos. Sendo o
Verbo, Palavra de Deus, viu-nos do alto tiranizados pela morte, enganados,
atados pelos laços da decadência, levados por um caminho sem retorno, e
veio tomar a natureza de Adão, o primeiro homem, segundo o desígnio do Pai.
Ele não confiou aos anjos nem aos arcanjos a responsabilidade da nossa
salvação, mas tomou a Seu cargo todo o combate por nós, obedecendo às
ordens do Pai. [...] Reunindo e condensando em Si toda a grandeza da Sua
divindade veio com a medida que quis [...]; pelo poder do Pai não perdeu o
que tinha mas, tomando o que não tinha, veio com as devidas limitações.
[...]


Repara que Ele é o Senhor: «Disse o Senhor ao meu Senhor, senta-te à Minha
direita» (Sl 109,1). [...] Vê que Ele é Filho: «Ele Me invocará, dizendo:
'Tu és Meu Pai', [...] e Eu farei d'Ele o Primogénito» (Sl 88,27-28) [...]
Observa também que Ele é Deus: «Os poderosos virão e prostrar-se-ão diante
de Ti e Te suplicarão porque Deus está contigo» (cf Is 45,14) [...] Observa
que Ele é o Rei eterno: «Um ceptro de justiça é o Teu ceptro real. [...]
Deus, o Teu Deus, Te ungiu com o óleo da alegria» (Sl 44,7-8) [...] Vê que
Ele é Senhor das dominações: «Quem é Ele, esse rei glorioso? É o Senhor do
universo! É Ele o rei glorioso» (Sl 23,10) [...] Repara também que Ele é
sumo-sacerdote eterno: «Tu és sacerdote para sempre» (Sl 109,4). Mas se Ele
é Senhor e Deus, Filho e rei, Senhor e sumo-sacerdote eterno, quando assim
entendeu «tornou-Se homem também: quem poderá compreendê-lo?» (Jr 17,9 LXX)
[...].


Foi mesmo como homem e Deus que este grande Jesus veio morar entre nós.
[...] Revestiu-Se do nosso corpo miserável e morto; [...] curou-os das suas
enfermidades, sarou cada uma das nossas doenças com o Seu poder para que se
cumprisse a palavra: «Eu sou o Senhor. [...] Tomei-Te pela mão e
fortaleci-Te. [...] Senhor é o Meu nome. [...] E o último inimigo a ser
destruído será a morte. [...] Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (cf Is
42,6; 1Co 15,26.55)




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