sábado, 26 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 27 de Novembro de 2011
1º Domingo do Advento - Ano B

1º Domingo do Advento - Ano B (semana I do saltério)
Nossa Senhora das Graças,  Dia Nacional de Acção de Graças (Brasil)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Aelredo de Rievaulx : A vinda do Senhor

Leituras

Is. 63,16b-17.19b.64,2b-7.


Só Tu, Senhor, és o nosso pai, e o teu nome, desde sempre, é «Redentor-nosso.»
Porquê, SENHOR, nos deixas extraviar dos teus caminhos? Porque permites que o nosso coração se endureça para não te respeitar? Volta-te para nós, por amor dos teus servos, e das tribos da tua herança!
Somos, desde há muito, um povo que Tu não governas, que não é designado pelo teu nome. Quem dera que rasgasses os céus e descesses, derretendo os montes com a tua presença,
vendo os prodígios impressionantes que operavas.
Nunca nenhum ouvido ouviu, nem nenhum olho viu que algum deus, excepto Tu, fizesse tanto por quem nele confia.
Vais ao encontro daquele que pratica o bem com alegria, e se recorda de ti seguindo os teus caminhos. Mas eis que te irritaste por causa dos nossos pecados. Afasta as nossas faltas e seremos salvos.
Todos nós éramos pessoas impuras; as nossas melhores acções eram como panos ensanguentados. Murchávamos como folhas secas, e as nossas maldades arrastavam-nos como o vento.
Ninguém invocava o teu nome, nem se esforçava por se apoiar em ti; porque escondias de nós a tua face, e nos entregavas às nossas iniquidades.
Mas Tu, SENHOR, é que és o nosso pai. Nós somos a argila e Tu és o oleiro. Todos nós fomos modelados pelas tuas mãos.


Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.


Ó pastor de Israel, escuta,
Tu que tens o teu trono sobre os querubins aparecei.
Desperta o teu poder
e vem salvar-nos!

Ó Deus do universo, volta, por favor,
olha lá do céu e vê: cuida desta vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou,
dos rebentos que fizeste crescer para Vós.

Mas estende a tua mão sobre o teu escolhido,
sobre o homem que para ti fortaleceste.
E nunca mais nos afastaremos de Ti;
conserva-nos a vida e invocaremos o teu nome.



1 Cor. 1,3-9.


Irmãos: A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus.
Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento.
Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo,
de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor.


Marcos 13,33-37.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento.
É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha;
não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Sermão para o Advento

A vinda do Senhor

Eis que chegou para nós, irmãos muito caros, o tempo em que devemos «cantar
o amor e a justiça; para ti, Senhor» (Sl 100,1). É o advento do Senhor, a
vinda do Mestre todo-poderoso, d'Aquele que é, que era e que há-de vir (Ap
1,8). Mas como e onde há-de vir; como e onde vem? Não disse Ele:
«Porventura não sou Eu que encho o céu e a terra?» (Jr 23,24) Como virá
então ao céu e à terra Aquele que enche o céu e a terra? Escuta o
Evangelho: «Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o
mundo não O reconheceu». (Jo 1,10). Ele estava, pois, simultaneamente
presente e ausente; presente pois estava no mundo; ausente porque o mundo
não O conheceu. [...] Como não estaria distante Aquele que não era
reconhecido, em Quem não se acreditava, que não era venerado, que não era
amado? [...]


Ele vem, pois, para conhecermos Aquele que não foi reconhecido; para
acreditarmos n'Aquele em Quem não se acreditava; para venerarmos Aquele que
não foi venerado; para amarmos Aquele que não era amado. Aquele que estava
presente pela Sua natureza vem na Sua misericórdia. [...] Pensai um pouco
em Deus e vede o que representa para Ele abdicar de tão grande poderio,
como Se humilha tão grande poder, como Se fragiliza tão grande força, como
Se torna insensata tão grande sabedoria. Será por dever de justiça para com
o homem? Certamente que não! [...]


Na verdade, Senhor, não foi minha justiça, mas a Tua misericórdia, que Te
guiou; não foi a Tua indigência, mas a minha necessidade. Efectivamente, Tu
disseste: «a Sua fidelidade é eterna como o céu» (Sl 88,3). E assim é,
porque a miséria abundava sobre a terra. Eis porque «cantarei, Senhor, a
misericórdia» que manifestaste aquando da Tua vinda. [...] Quando Te
mostraste humilde na Tua humanidade, poderoso nos Teus milagres, forte
contra a tirania dos demónios, indulgente no acolhimento dos pecadores,
tudo isso proveio da Tua profunda bondade. Eis porque «cantarei, Senhor, a
misericórdia» que manifestaste aquando da Tua primeira vinda. E
merecidamente, pois «Senhor, a terra está cheia da Tua bondade» (Sl
118,64).




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