domingo, 25 de dezembro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 26 de Dezembro de 2011
Sto. ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)

Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Senhor, não lhes atribuas este pecado»

Leituras

Actos 6,8-10.7,54-59.


Cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»


Salmos 31(30),3cd-4.6.8ab.16bc.17.


Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza;
por amor do teu nome, guia-me e conduz-me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito;
Senhor, Deus fiel, salva-me.

Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha miséria e conheceste a angústia da minha alma.
O meu destino está nas tuas mãos;
livra-me dos meus inimigos e perseguidores.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua misericórdia."



Mateus 10,17-22.


Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas;
sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.
Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer.
Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós.
O irmão entregará o seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte.
E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois bispo em Constantinopla, doutor da Igreja
Homília para a Sexta-feira Santa «A Cruz e o ladrão»

«Senhor, não lhes atribuas este pecado»

Imitemos Nosso Senhor e rezemos pelos nossos inimigos. [...] Ele estava
crucificado e, ao mesmo tempo, rezava a Seu Pai em favor daqueles que O
crucificavam. Mas como poderei eu imitar o Senhor, podemos perguntar-nos.
Se quiseres, podes. Se não fosses capaz de o fazer, como poderia Ele ter
dito: «Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração»? (Mt 11,29)
[...]


Se tens dificuldade em imitar o Senhor, imita pelo menos aquele que é
também Seu servo, Seu diácono. Falo de Estêvão. Ele, com efeito, imitou o
Senhor. Do mesmo modo que Cristo, no meio daqueles que O crucificavam, sem
ter em conta a cruz, sem ter em conta a Sua própria situação, intercedia ao
Pai em favor dos Seus carrascos (Lc 23,34), assim o Seu servo, rodeado por
aqueles que o lapidavam, assediado por todos, submetido a uma chuva de
pedras, sem ter em conta os sofrimentos que lhe causavam, dizia: «Senhor,
não lhes atribuas este pecado» (Ac 7,60). Estás a ver como falava o Filho e
como rezava o Seu servo? O primeiro diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não
sabem o que fazem»; o segundo diz: «Senhor, não lhes atribuas este pecado».
De resto, para compreendermos melhor o ardor com que rezava, ele não rezava
simplesmente de pé, sob os golpes das pedras: era de joelhos que falava,
com convicção e compaixão. [...]


Cristo diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem». Estêvão
grita: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Paulo, por sua vez, diz:
ofereço este sacrifício «pelo bem dos meus irmãos, os da minha raça,
segundo a carne» (cf Rm 9,3). Moisés diz: «Perdoa-lhes este pecado, ou
então apaga-me do livro que escreveste» (Ex 32,32). David disse: «Peço que
descarregues a Tua mão sobre mim e sobre a minha família!» (2Sm 24,17).
[...] Que perdão pensamos nós poder obter se fizermos o contrário daquilo
que nos é pedido e rezarmos contra os nossos inimigos, quando o próprio
Senhor e os Seus servos do Antigo e do Novo Testamento nos exortam a rezar
em seu favor?




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