terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 28 de Dezembro de 2011
SANTOS INOCENTES, mártires (Festa)

Santos Inocentes, mártires, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Senhor nosso Deus, que neste dia fostes glorificado, não pelas palavras, mas pelo sangue dos Mártires Inocentes» (Oração da Colecta)

Leituras

1 João 1,5-10.2,1-2.


Caríssimos: Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado.
Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade.
Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.


Salmos 124(123),2-3.4-5.7b-8.


Se o Senhor não estivesse do nosso lado,
quando os homens se levantaram contra nós
ter-nos-iam engolido vivos
quando a sua fúria ardia contra nós.  

As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.  
teriam passado sobre nós as águas turbulentas.
Rompeu-se o laço e nós libertámo-nos.  

O nosso auxílio está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.  


Mateus 2,13-18.


Depois de os magos partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.»
E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto,
permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho.
Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos.
Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera:
Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 152; PL 52, 604

«Senhor nosso Deus, que neste dia fostes glorificado, não pelas palavras, mas pelo sangue dos Mártires Inocentes» (Oração da Colecta)

Aonde leva a inveja? [...] O crime hoje cometido no-lo mostra: o medo de
que exista um rival para o seu reino enche de angústia a Herodes; maquina
então suprimir o «Rei que acaba de nascer» (Mt 2,2), o Rei eterno; luta
contra o seu Criador e decide matar inocentes [...]. Que erros tinham
aquelas crianças cometido? Nada haviam dito suas línguas mudas, nada seus
olhos haviam visto, seus ouvidos escutado, suas mãos feito. Foi-lhes dada a
morte, não tendo elas conhecido a vida. [...] Cristo lê o futuro e conhece
os segredos dos corações, julga os pensamentos e escrutina as intenções (Sl
138): porque as abandonou? [...] Porque negligenciou o Rei do céu
recém-nascido estes companheiros de inocência, porque esqueceu as
sentinelas de serviço em redor do Seu berço, levando a que o inimigo, com a
intenção de atingir o Rei, devastasse por completo o exército?


Irmãos, Cristo não abandonou os Seus soldados, antes os encheu de glória ao
permitir-lhes triunfar antes de viver, e ganhar a vitória sem que tivessem
de combater. [...] Ele quis que possuíssem o céu, de preferência à terra
[...], enviou-os à Sua frente como arautos. Não os abandonou: salvou a Sua
guarda avançada, não a esqueceu [...].


Bem-aventurados os que trocaram os trabalhos pelo repouso, as dores pelo
alívio, o sofrimento pela alegria. Estão vivos, vivos, vivem realmente, os
que sofreram a morte por Cristo. [...] Felizes as lágrimas que as mães
verteram por seus filhos: valeram-lhes a graça do baptismo. [...] Que
Aquele que Se dignou repousar no nosso estábulo queira também conduzir-nos
aos prados do céu.




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