sábado, 30 de junho de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 01 de Julho de 2012
13º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Décimo terceiro domingo do tempo comum (semana I do saltério)Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus CristoS. Pedro e S. Paulo, Apóstolos (no Brasil)
S. Júlio, mártir, séc. IV,  S. Pedro e S. Paulo (no Brasil)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João Paulo II : «Imediatamente a menina levantou-se»

Leituras

Sab. 1,13-15.2,23-24.


Deus não é o autor da morte nem se compraz com a destruição dos vivos.
Pois Ele tudo criou para a existência, e todas as criaturas têm em si a salvação. Não há nelas veneno de morte, nem o poder do Hades domina sobre a terra,
porque a justiça é imortal.
Com efeito, Deus criou o homem para a incorruptibilidade e fê-lo à imagem do seu próprio ser.
Por inveja do diabo é que a morte entrou no mundo, e hão-de prová-la os que pertencem ao diabo.


Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.


Senhor, eu te enalteço, porque me salvaste
e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos,
poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao Senhor, vós que o amais,
e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.
A sua indignação dura apenas um instante,
mas a sua benevolência é para toda a vida.
Ao cair da noite, vem o pranto;
e, ao amanhecer, volta a alegria.

Ouve-me, Senhor, tem compaixão de mim;
Senhor, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa,
Por isso o meu coração te cantará sem cessar.







2 Cor. 8,7.9.13-15.


Irmãos: Mas, dado que tendes tudo em abundância fé, dom da palavra, ciência, toda a espécie de zelo e amor que em vós despertámos cuidai também de sobressair nesta obra de caridade.
Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza.
Não se trata de, ao aliviar os outros, vos fazer entrar em apuros, mas sim de que haja igualdade.
No momento presente, o que vos sobra a vós supera a indigência dos outros, para que um dia o supérfluo deles compense a vossa indigência. Assim haverá igualdade,
como está escrito: Quem muito recolheu, não teve de mais e a quem recolheu pouco, nada faltou.


Marcos 5,21-43.


Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar.
Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés
e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.»
Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava.
Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes,
pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.»
De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal.
Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?»
Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: 'Quem me tocou?'»
Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso.
Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade.
Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.»
Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?»
Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.»
E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar.
Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.»
Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia.
Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!»
E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados.
Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João Paulo II
Discurso aos jovens no Chile 1987/04/02

«Imediatamente a menina levantou-se»

Cristo entrou na casa onde a menina se encontrava, pegou-lhe na mão e
disse: «Menina, Eu te digo, levanta-te!» [...] Queridos jovens, o mundo
precisa da vossa resposta pessoal às palavras de vida do Mestre: «Eu te
digo, levanta-te!» Vemos como Jesus vem ao encontro da humanidade nas
situações mais difíceis e mais dolorosas. O milagre na casa de Jairo
mostra-nos o Seu poder sobre o mal. Ele é o Senhor da vida, o vencedor da
morte. [...]


Mas não podemos esquecer que, de acordo com o que nos ensina a fé, a raiz
do mal, da doença, da própria morte, é o pecado nas suas diversas formas.
No coração de todos e de cada um de nós esconde-se uma doença que nos
afecta a todos: o pecado pessoal, que se enraíza mais e mais nas
consciências à medida que se perde o sentido de Deus. Sim, queridos jovens,
vigiai para não deixar enfraquecer em vós o sentido de Deus. Não podemos
vencer o mal com o bem se não tivermos esse sentido de Deus, da Sua acção,
da Sua presença, que nos convida a apostar sempre na graça, na vida, contra
o pecado, contra morte. É o destino da humanidade que está em jogo. [...]


Daqui se conclui que temos de conhecer as implicações sociais do pecado
para construirmos um mundo digno do homem. Há males sociais que criam uma
verdadeira «comunhão do pecado» porque, juntamente com a alma, afundam a
Igreja e, de certo modo, o mundo inteiro. [...] Queridos jovens, combatei o
bom combate da fé (1Tm 6,12), pela dignidade humana, pela dignidade do
amor, por uma vida nobre, uma vida como filhos de Deus. Vencer o pecado
através do perdão de Deus é uma cura, é uma ressurreição. Não tenhais medo
das exigências do amor de Cristo. Pelo contrário, temei o medo, a timidez,
a ligeireza, a procura dos vossos próprios interesses, o egoísmo, tudo o
que quer calar a voz de Cristo que, dirigindo-se a cada um de nós, repete:
«Eu te digo, levanta-te.»




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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 30 de Junho de 2012
Sábado da 12ª semana do Tempo Comum

Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67,  S. Marçal, bispo, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica : «Muitos virão do Oriente e do Ocidente sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu»

Leituras

Lament. 2,2.10-14.18-19.


O Senhor arrasou, sem piedade, todas as moradas de Jacob. E, em seu furor, arruinou as fortificações da capital de Judá. Lançou por terra e amaldiçoou o reino e os seus príncipes.
Os anciãos da cidade de Sião sentam-se por terra, emudecidos. Lançam cinza sobre as suas cabeças, vestem-se de saco. As virgens de Jerusalém inclinam a cabeça para a terra.
Os meus olhos derretem-se em lágrimas; fremem as minhas entranhas. Por terra derrama-se o meu fígado, por causa da ruína do meu povo, enquanto vão desfalecendo os meninos e as crianças de peito nas ruas da cidade.
Onde haverá pão e vinho? – perguntam eles às mães, enquanto, como feridos de morte, iam desfalecendo nas praças da cidade, exalando o seu último suspiro no regaço materno.
A que coisa te hei-de assemelhar? A que te comparar ó Jerusalém? A que te igualarei, para te consolar, ó jovem capital de Sião? É imensa como o mar a tua ruína; quem poderá curar-te?
Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades, a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores.
Clama com o coração ao Senhor, ó muralha da cidade de Sião! Faz correr em torrente as tuas lágrimas noite e dia! Não te dês descanso, não cessem os teus olhos de chorar!
Levanta-te, grita durante a noite, no começo das vigílias; derrama o teu coração como a água perante a face do Senhor. Ergue para Ele as mãos, pela vida dos teus filhos que desfalecem de fome por todos os recantos das ruas.


Salmos 74(73),1-2.3-5a.5b-7.20-21.


Ó Deus, porque nos rejeitas para sempre?
Porque se inflama a tua ira
contra o rebanho do qual és pastor?
Lembra-te do teu povo, que adquiriste noutros tempos,
como tribo que te pertence  
e resgataste do monte Sião onde habitais.

Dirige os teus passos para estas ruínas sem fim;
o inimigo tudo destruiu no santuário!
Os teus adversários rugiram
no lugar das tuas assembleias,
hastearam nelas, como troféus, as suas bandeira

Pareciam lenhadores a brandir o machado
numa floresta espessa.
Destruíram os seus madeiramentos a golpes de malhos e martelos.
Deitaram fogo ao teu santuário,
profanaram e arrasaram a morada
do teu nome.

Olha para a tua aliança,
pois os recantos do país estão cheios de violência.
Que os humildes não voltem confundidos;
que o pobre e o indigente
possam louvar o teu nome.


















Mateus 8,5-17.


Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.»
Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.
Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.»
Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!
Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,
ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.»
Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre.
Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo.
Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes,
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica
§§ 830-835

«Muitos virão do Oriente e do Ocidente sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu»

A Igreja é católica: a palavra «católica» significa «universal» no sentido
de «segundo a totalidade» ou «segundo a integralidade» «A Igreja é católica
em duplo sentido: é católica porque nela Cristo está presente. 'Onde está
Cristo Jesus, está a Igreja católica'.» (Santo Inácio de Antioquia); nela
subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23).
[...] Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de
Pentecostes e sê-lo-á sempre, até o dia da Parusia.


Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do
género humano (Mt 28,19). «Todos os homens são chamados a pertencer ao novo
Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve
estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, para que se cumpra o
desígnio da vontade de Deus, que no início formou uma natureza humana e
finalmente decretou congregar os Seus filhos que estavam dispersos».
(Vaticano II, LG 13). [...]


Cada igreja particular é católica. [...] Essas Igrejas particulares «são
formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe
a Igreja católica una e única» (LG 23). As Igrejas particulares são
plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, «que
preside à caridade» (Santo Inácio de Antioquia). «Pois com esta Igreja, em
razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada
Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (Santo Ireneu). [...] A rica
variedade de disciplinas eclesiásticas, de ritos litúrgicos, de patrimónios
teológicos e espirituais próprios das Igrejas locais «mostra mais
luminosamente a catolicidade da Igreja indivisa, devido à sua convergência
na unidade» (LG 23).




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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 29 de Junho de 2012
São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade

S. Pedro, apóstolo,  S. Paulo, apóstolo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile : «Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. Não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos.» (1Co 9,22; 10,33)

Leituras

Actos 12,1-11.


Por esse tempo, o rei Herodes maltratou alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,
e, vendo que tal procedimento agradara aos judeus, mandou também prender Pedro. Decorriam os dias dos Ázimos.
Depois de o mandar prender, meteu-o na prisão, entregando-o à guarda de quatro piquetes, de quatro soldados cada um, na intenção de o fazer comparecer perante o povo, a seguir à Páscoa.
Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes contava fazê-lo comparecer, Pedro estava a dormir entre dois soldados, bem preso por duas correntes, e diante da porta estavam sentinelas de guarda à prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: «Ergue-te depressa!» E as correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo prosseguiu: «Põe o cinto e calça as sandálias.» Pedro assim fez. Depois, disse-lhe: «Cobre-te com a capa e segue-me.»
Pedro saiu e seguiu-o. Não se dava conta da realidade da intervenção do anjo, pois julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se abriu por si mesma. Saíram, avançando por uma rua, e logo o anjo se retirou de junto dele.
Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava.»


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.


Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele respondeu-me,
livrou-me de todos os meus temores.

Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o Senhor,
Ele atende o e liberta-o das suas angústias.

O anjo do Senhor protege os que o temem
e livra-os do perigo.  
Saboreai e vede como o Senhor é bom;
feliz o homem que n'Ele confia!




A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.



2 Tim. 4,6-8.17-18.


Caríssimo: Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
O Senhor, porém, esteve comigo e deu-me forças, a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Ámen!


Mateus 16,13-19.


Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 49, 1º para a festa dos santos Pedro e Paulo; SC 339

«Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. Não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos.» (1Co 9,22; 10,33)

«Os actos dos homens misericordiosos não caem no esquecimento; os bens que
deixaram para a sua posteridade permanecerão para sempre» (liturgia latina;
Si 44,10-11). Celebramos, bem-amados, o dia do nascimento dos apóstolos
Pedro e Paulo; e é conveniente [...] que semelhante morte seja chamada
nascimento, uma vez que gera a vida. [...] Eis onde chegam os santos: por
essa morte que dá a vida, deixam esta vida que conduz à morte, para
chegarem à vida vivificante que está na mão d'Aquele que «tem a vida em Si
mesmo», o Pai, como disse Cristo (Jo 5,26). [...]


Há três tipos de homens misericordiosos. Os primeiros dão os seus bens
[...] para complementar, com o que lhes é supérfluo, a penúria dos outros.
[...] Os segundos distribuem todos os seus bens e, para eles, daí por
diante, [...] tudo fica em comum com os outros. [...] Quanto aos terceiros,
não somente dão tudo, como também «se dão a si mesmos totalmente» (cf. 2Co
12,15) e entregam-se pessoalmente aos perigos da prisão, do exílio e da
morte, para tirar os outros do perigo em que estão a suas almas. São
pródigos de si mesmos, porque são ávidos dos outros. Receberão a recompensa
desse amor: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos»
(Jo 15,13). [...] Tais são esses príncipes gloriosos da terra e servidores
do céu de quem hoje ─ depois de longas privações «da fome, da sede,
do frio e da nudez», de muito duras penas e perigos pelos «seus
compatriotas, pagãos e falsos irmãos» (cf 2Co 11,26-27) ─ celebramos
a morte magnificamente vitoriosa. A tais homens aplica-se bem esta frase:
«Os seus feitos não serão esquecidos», porque eles não se esqueceram da
misericórdia. [...] Sim, aos misericordiosos «na partilha foram destinados
lugares aprazíveis e é preciosa a herança que lhes coube» (cf Sl 15,6).




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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 28 de Junho de 2012
Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Santo Irineu, bispo, mártir, +200



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Vida de São Francisco de Assis : O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha

Leituras

2 Reis 24,8-17.


Jeconias tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém.
Fez o mal aos olhos do Senhor, tal como o seu pai.
Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vieram sobre Jerusalém e a sitiaram.
Nabucodonosor chegou à cidade, quando as suas tropas a sitiavam.
Joiaquin, rei de Judá, saiu ao encontro do rei da Babilónia, com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos; e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconteceu no oitavo ano do reinado de Nabucodonosor.
E como o Senhor tinha anunciado, Nabucodonosor levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera para o santuário do Senhor.
Levou cativa toda a corte de Jerusalém, todos os chefes e todos os notáveis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; deixou apenas os pobres do país.
Deportou Joiaquin de Jerusalém para a Babilónia, com a sua mãe, as suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes do país.
Todos os homens de valor, aptos para a guerra, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, o rei da Babilónia levou-os cativos para a Babilónia.
Em lugar de Joiaquin, o rei da Babilónia nomeou rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.


Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.


Ó Deus, os pagãos invadiram a tua herança,
profanaram o teu santo templo
e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
Deram os cadáveres dos teus servos
em alimento às aves do céu
e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens.

Derramaram o seu sangue em torno de Jerusalém,
e ninguém lhes deu sepultura.
Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos,
de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, estarás ainda irritado?
Será a tua indignação como um fogo abrasador?

Não recordes contra nós
as faltas dos nossos antepassados;
venha depressa ao nosso encontro a tua misericódia
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos
pelo amor do teu nome.








Mateus 7,21-29.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?'
E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.'»
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»
Quando Jesus acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos,
porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Vida de São Francisco de Assis, conhecida como «Colectânea de Perúgia» (c. 1311), § 102


O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha

Desde o momento da sua conversão que o bem-aventurado Francisco, sábio como
era, quis, com a ajuda do Senhor, estabelecer solidamente a sua casa, isto
é, a sua Ordem dos Frades Menores, sobre rocha sólida, ou seja, sobre a
altíssima humildade e a suprema pobreza do Filho de Deus.


Sobre uma profunda humildade porque, desde o princípio, mal os irmãos
começaram a crescer em número, recomendou-lhes que permanecessem nos
hospícios para tratarem dos leprosos. Então, quando os postulantes se
apresentavam, quer fossem nobres, quer plebeus, eram avisados de que deviam
ficar a cuidar dos leprosos e a viver nas suas enfermarias.


Sobre uma imensa pobreza porque na sua Regra se diz, com efeito, que os
irmãos devem habitar nas suas casas «como estrangeiros ou peregrinos, a
nada aspirando neste mundo» a não ser à santa pobreza, graças à qual o
Senhor os alimentará nesta vida com a virtude e o alimento corporal, o que
lhes valerá o céu como herança na outra.


Também para si próprio Francisco escolheu o alicerce duma perfeita
humildade e duma completa pobreza, e embora tenha sido uma grande figura da
Igreja de Deus, por escolha própria quis ser dos últimos, não só na Igreja,
como também entre os seus irmãos.




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terça-feira, 26 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 27 de Junho de 2012
Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,  S. Cirilo de Alexandria, bispo, Doutor da Igreja, +444



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Pelos seus frutos os conhecereis»

Leituras

2 Reis 22,8-13.23,1-3.


Naqueles dias, o Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao escriba Chafan,
o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Senhor e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor.»
E acrescentou: «O Sumo Sacerdote Hilquias entregou-me um livro.» E leu-o na presença do rei.
Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Senhor, o rei rasgou as suas vestes
e ordenou ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Chafan, a Acbor, filho de Miqueias, ao escriba Chafan e ao seu oficial Asaías:
«Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá, sobre o conteúdo deste livro, que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática o que nele se nos prescreve.»
O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém,
e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu, então, diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, descoberto no templo do Senhor.
Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança.


Salmos 119(118),33.34.35.36.37.40.


Ensina-me, Senhor, o caminho das tuas leis
e eu hei-de cumpri-las com fidelidade.
Dá-me entendimento para cumprir a tua lei;
hei-de obedecer-lhe de todo o coração.

Conduz-me pela senda dos teus mandamentos,
porque neles estão as minhas delícias.
Inclina o meu coração para as tuas ordens,
e não para a cobiça.

Desvia os meus olhos dos deuses vãos;
faz-me viver nos teus caminhos.
Vê como tenho desejado os teus preceitos;
faz-me viver segundo a tua justiça.







Mateus 7,15-20.


Naquele tempo, disse Jesus  aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

«Pelos seus frutos os conhecereis»

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa
atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a
roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a
jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por
hipócritas. Caso contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as
vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt
6,1). [...] Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade;
muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim
a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair
a admiração dos que vêem a sua conduta. Todas essas obras são enganos.
[...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a
árvore. As mesmas acções feitas com uma intenção recta e verdadeira são a
roupagem das autênticas ovelhas. [...]


O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a
árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza,
libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras,
discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas
semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os
frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são:
amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e
autocontrolo» (v. 22-23).


É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido
literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem
o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons
conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22).
Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser
fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz
de discernimento.




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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 26 de Junho de 2012
Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Santos João e Paulo, mártires, +362,  S. José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975,  São Paio, mártir, +925



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bento : «Entrai pela porta estreita»

Leituras

2 Reis 19,9b-11.14-21.31-35a.36.


Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para lhe dizer:
«Isto direis a Ezequias, rei de Judá: não te deixes enganar pelo teu Deus, no qual puseste a tua confiança, pensando que Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
Ouviste dizer como os reis da Assíria trataram todos os países e os devastaram. Só tu é que irias escapar?
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros, leu-a, depois foi ao templo, e abriu-a diante do Senhor.
E orou diante dele, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins, só Tu és o Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste os céus e a terra.
Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve! Abre, Senhor, os teus olhos e vê! Ouve, Senhor, a mensagem que Senaquerib mandou, para blasfemar contra o Deus vivo!
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram as nações, devastaram os seus territórios,
e atiraram ao fogo os seus deuses, pois eles não eram deuses, eram apenas objectos feitos pelas mãos do homem, objectos de madeira e de pedra. Por isso, foram destruídos.
Mas Tu, Senhor, nosso Deus, salva-nos agora das mãos de Senaquerib, a fim de que todos os povos da Terra saibam que Tu, o Senhor, és o único Deus.»
Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Eu ouvi a oração que me fizeste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria.
Eis o oráculo que o Senhor pronunciou contra ele: "A virgem, filha de Sião, despreza-te e escarnece de ti; atrás de ti meneia a cabeça a filha de Jerusalém.
De Jerusalém surgirá um resto, e do monte de Sião sobreviventes. Fará tudo isto o zelo do Senhor.
Portanto, eis o que diz o Senhor sobre o rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem atirará flechas contra ela, não a rodeará de escudos, nem a cercará de trincheiras.
Mas voltará pelo caminho por onde veio, sem entrar na cidade –oráculo do Senhor!
Pois defenderei esta cidade e salvá-la-ei por amor de mim e de David, meu servo.»
Nessa mesma noite, o anjo do Senhor apareceu no acampamento dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte de manhã, só lá havia cadáveres.
Senaquerib, rei da Assíria retirou-se, retomou o caminho de sua terra e ficou em Nínive.


Salmos 48(47),2-3a.3b-4.10-11.


Grande é o Senhor e digno de louvor,
na cidade do nosso Deus,
no seu monte santo.
Belo em altura, alegria de toda a terra,

O monte Sião, nas alturas do Norte,
é a cidade do grande rei.
No meio das suas fortalezas,
Deus mostrou se um refúgio seguro.

Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor,
no interior do teu templo.
Como o teu nome, ó Deus,
assim o teu louvor chega aos confins da terra.







Mateus 7,6.12-14.


Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra, Prólogo

«Entrai pela porta estreita»

Ao procurar no meio da multidão um trabalhador ao qual lance o Seu convite,
o Senhor diz: «Quem quer a vida e deseja conhecer dias felizes?» (Sl 33,13)
Se, ao ouvires isto responderes: «Eu!», Deus diz-te: «Se queres ter a vida,
a verdadeira vida eterna, protege a tua língua do mal, e que os teus lábios
não digam palavras enganadoras. Afasta-te do mal e faz o bem, procura a paz
e persegue-a» (Sl 33,14-15). [...] Não há para nós, irmãos muito queridos,
coisa tão doce como esta voz do Senhor que nos convida. Eis que, na Sua
bondade, o Senhor nos indica o caminho da vida. Tendo, pois, cingido os
nosso rins (Ef 6,14) da fé e da prática de boas obras, sob a direcção do
Evangelho, avancemos nos Seus caminhos, para merecermos ver Aquele que nos
chamou ao Seu Reino (1Tess 2,12). Se queremos habitar nas tendas deste
Reino, a menos que nelas entremos pelas boas obras, não chegaremos lá de
outra forma. Com o profeta, interroguemos o Senhor e digamos-Lhe: «Senhor,
quem habitará na Vossa tenda? Quem repousará na Vossa montanha santa?» (Sl
14,1) Depois desta pergunta, irmãos, escutemos o Senhor a responder-nos,
mostrando-nos o caminho. [...]


Vamos, portanto, estabelecer uma escola de serviço do Senhor, onde
esperamos não estabelecer nada de rigoroso, nada de esmagador. Mas, se te
aparecer alguma coisa um pouco mais severa, exigida por uma razão de
justiça com vista à correcção dos vícios e à manutenção da caridade, não
abandones imediatamente, tocado pelo medo, o caminho da salvação, onde
temos de passar pela porta estreita. Para além do mais, graças aos
progressos da vida e da fé, de coração dilatado na inefável doçura do amor,
corremos na via dos mandamentos de Deus (Sl 118,32). Assim, não nos
afastando nunca dos Seus ensinamentos e perseverando na Sua doutrina [...]
até à morte, participaremos pela paciência nos sofrimentos de Cristo (1Pe
4,13), para merecermos participar também no Seu Reino.




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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 23 de Junho de 2012
Sábado da 11ª semana do Tempo Comum

S. José Cafasso, presbítero, +1860,  S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Rafael Arnaiz Baron : «Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?»

Leituras

2 Crónicas 24,17-25.


Depois da morte de Joiadá, os chefes de Judá foram prostrar-se diante do rei e o rei deu-lhes ouvidos.
Abandonaram o templo do Senhor, Deus de seus pais, e prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por causa dessa infidelidade, a ira divina inflamou-se contra Judá e Jerusalém.
O Senhor enviou-lhes profetas, a fim de os fazer voltar para Si. Os profetas fizeram-lhes as suas advertências, mas eles não quiseram escutá-los.
Então o espírito de Deus veio sobre Zacarias, filho do sacerdote Joiadá. Zacarias apresentou-se diante do povo e disse-lhe: «Assim fala Deus: Por que razão transgredis os mandamentos do Senhor, atraindo a desgraça sobre vós? Uma vez que abandonastes o Senhor, também Ele vai abandonar-vos».
Conspiraram então contra o profeta e apedrejaram-no por ordem do rei, no átrio do templo do Senhor.
Assim o rei Joás, esquecendo a dedicação de Joiadá, pai de Zacarias, deu a morte ao profeta. Zacarias disse, ao morrer: «O Senhor veja isto e faça justiça».
No princípio do ano seguinte, o exército dos arameus marchou contra Joás e invadiu Judá e Jerusalém. Os arameus mataram todos os chefes do povo e enviaram todos os seus despojos ao rei de Damasco.
Embora o exército dos arameus tivesse vindo com poucos homens, o Senhor entregou em suas mãos um grande exército, porque o povo tinha abandonado o Senhor, Deus de seus pais. Os arameus infligiram justo castigo a Joás;
e, quando se retiraram, deixando-o gravemente doente, os seus servos conspiraram contra ele, por ter derramado o sangue do filho do sacerdote Joiadá, e deram-lhe a morte no próprio leito. Morto o rei, deram-lhe sepultura na Cidade de David, mas não nos sepulcros dos reis.


Salmos 89(88),4-5.29-30.31-32.33-34.


"Fiz uma aliança com o meu eleito,
jurei a David, meu servo:
'Estabelecerei a tua descendência para sempre
e o teu trono há-de manter-se eternamente'."

Hei-de assegurar lhe para sempre o meu favor
e a minha aliança com ele há-de manter-se firme.
Estabelecerei para sempre a sua descendência
e o seu trono terá a duração dos céus.

Se os seus filhos abandonarem a minha lei
e não seguirem os meus preceitos;
se violarem as minhas ordens
e não guardarem os meus mandamentos,

Então hei-de castigar severamente as suas rebeldias
e fazê-los sofrer pelas suas maldades.
Mas não lhes retirarei o meu favor
nem faltarei à minha promessa.








Mateus 6,24-34.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»
«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido?
Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas?
Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?
Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam!
Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?
Não vos preocupeis, dizendo: 'Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?'
Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso.
Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo.
Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 04/03/1938

«Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?»

Em nome do Deus santo, tomo hoje a pena para que as minhas palavras, que se
imprimem sobre a folha branca, sirvam de louvor perpétuo ao Deus bendito,
autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que o universo
inteiro, com os planetas, todos os astros e os inúmeros sistemas estelares,
fosse uma imensa extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o
nome de Deus. Gostaria que a minha voz fosse mais potente que mil trovões,
mais forte que o estrépito do mar, e mais terrível que o bramido dos
vulcões, para dizer apenas: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão
grande como o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt
10,16), para nele pôr Deus! Mas, dado que toda esta grandeza com que
sonhaste não se pode tornar realidade, contenta-te com pouco e contigo, que
não és nada, Irmão Rafael, porque o nada deve bastar-te [...].


Por quê calar? Por que escondê-lO? Por que não gritar ao mundo inteiro e
bradar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Por que não dizer às
pessoas e a todos os que quiserem entender: vêem o que sou? Vêem o que fui?
Vêem a minha miséria que se arrasta na lama? Pouco importa: maravilhem-se;
apesar de tudo, possuo Deus. Deus é meu amigo! Deus ama-me, a mim, com tal
amor que, se o mundo inteiro o compreendesse, todas as criaturas ficariam
loucas e bramiriam de assombro. Mas isso ainda é pouco. Deus ama-me tanto,
que nem os próprios anjos o compreendem! (cf 1P 1,12) A misericórdia de
Deus é grande! Amar-me, a mim, ser meu Amigo, meu Irmão, meu Pai, meu
Senhor, sendo Ele Deus, e eu o que sou!


Ah, meu Jesus, não tenho nem papel, nem pena. Que posso dizer! Como não
enlouquecer?




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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 22 de Junho de 2012
Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Paulino de Nola (bispo, +431),  S. João Fisher (bispo mártir, +1535),  S. Thomas More (leigo mártir, +1535)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cesário de Arles : «Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração»

Leituras

2 Reis 11,1-4.9-18.20.


Naqueles dias, Atália, mãe de Acazias, ao ver seu filho morto, decidiu exterminar toda a descendência real.
Joseba, porém, filha do rei Jorão e irmã de Acazias, tomou Joás, filho de Acazias, e livrou-o do massacre dos filhos do rei, escondendo-o, com a sua ama de leite, no quarto de dormir. Ocultaram-no, assim, de Atália, de modo que pôde escapar à morte.
Esteve seis anos escondido com Joseba no templo do Senhor, no tempo em que Atália reinava no país.
No sétimo ano, Joiadá convocou os centuriões dos cários e os guardas e introduziu-os no templo do Senhor. Fez com eles um pacto, e, depois de os fazer jurar no templo do Senhor, mostrou-lhes o filho do rei
Os centuriões executaram fielmente as ordens do sacerdote Joiadá. Tomaram cada um os seus homens, tanto os que começavam o serviço ao sábado, como os que terminavam, e foram ter com o sacerdote Joiadá.
Este deu-lhes a lança e os escudos do rei David, que se encontravam no templo do Senhor.
Os guardas postaram-se à volta do rei, todos de armas na mão, ao longo do altar e do templo, desde o lado sul até ao lado norte do templo.
Então, Joiadá trouxe para fora o filho do rei, pôs-lhe o diadema na cabeça e entregou-lhe o documento da aliança. Proclamaram-no rei, ungiram-no e todos o aplaudiram, gritando: «Viva o rei!»
Atália, ao ouvir a gritaria que faziam os guardas e o povo, entrou no templo do Senhor pelo meio da multidão.
E viu surpreendida que o rei estava de pé sobre o estrado, segundo o costume, tendo ao seu lado os cantores e as trombetas, enquanto o povo se alegrava, tocando trombetas. Então, ela rasgou as vestes, gritando: «Conspiração! Conspiração!»
Mas o sacerdote Joiadá ordenou aos centuriões que comandavam as tropas: «Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, matai-o com a espada.» Pois o pontífice proibira que a matassem no templo do Senhor.
Agarraram-na, por conseguinte, e ao chegarem ao palácio real, pelo caminho da entrada dos cavalos, ali a mataram.
Joiadá fez uma aliança com o Senhor, o rei e o povo, segundo a qual o povo devia ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo.
Todo o povo da terra entrou então no templo de Baal e destruiu-o; derrubaram os altares, partiram em bocados as imagens e assassinaram Matan, sacerdote de Baal, diante do altar. O sacerdote Joiadá colocou guardas no templo do Senhor.
Todo o povo da terra se alegrou e a cidade ficou em paz. Atália tinha sido morta à espada no palácio real.


Salmos 132(131),11.12.13-14.17-18.


O Senhor fez um juramento a David,
uma promessa a que não faltará:
«Hei-de colocar no teu trono
um descendente da tua família.
Se os teus filhos guardarem a minha aliança
e os preceitos que lhes hei-de ensinar,
também os filhos deles
se hão-de sentar para sempre no teu trono.»

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi.
Ali farei surgir descendência para David
e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos,
mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»





Mateus 6,19-23.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar.
Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam.
Pois, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo andará iluminado.
Se, porém, os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo andará em trevas. Portanto, se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão essas trevas!


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cesário de Arles (470-543), monge e bispo
Sermão 32, 1-3; SC 243

«Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração»

Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-lhe que dêmos aos pobres,
mas com esta condição: que todo o pecador, quando oferecer a Deus o seu
dinheiro, ofereça também a alma. [...] Quando o Senhor diz: «Dai a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus» (Mc 12, 17), que quererá Ele
dizer, senão: «Tal como dais a César, nas moedas de prata, a sua imagem em
efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a imagem de Deus» (cf Gn 1, 26)?


Assim, e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro aos
pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus de forma a que, onde estiver o nosso
dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, por que nos pede
Deus que demos dinheiro? É seguramente porque sabe que lhe temos um apreço
especial e que não deixamos de pensar nele; e porque sabe que, onde
tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis porque Deus nos exorta a
construir tesouros no céu através de dádivas feitas aos pobres; é para que
o nosso coração vá até onde tivermos enviado o tesouro e para que, quando o
sacerdote disser: «Corações ao alto», possamos responder de consciência
tranquila: «O nosso coração está em Deus».




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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 21 de Junho de 2012
Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Luís Gonzaga, religioso, +1591



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João XXIII : «Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia»

Leituras

Sirac 48,1-15.


O profeta Elias levantou-se impetuoso como o fogo; as suas palavras eram ardentes como um facho.
Fez vir sobre eles a fome e, no seu zelo, reduziu-os a poucos.
Com a palavra do Senhor fechou o céu e assim fez cair fogo por três vezes.
Quão glorioso te tornaste, Elias, pelos teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu?
Tu que arrancaste um homem à morte, da morada dos mortos, pela palavra do Altíssimo;
tu precipitaste os reis na ruína, e fizeste cair do seu leito homens gloriosos;
tu ouviste, no Sinai, o juízo do Senhor, e, no monte Horeb, os decretos da sua vingança;
tu sagraste reis, para vingar crimes e estabeleceste profetas para te sucederem;
tu foste arrebatado num redemoinho de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo;
tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos e restabelecer as tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor; pois, nós também viveremos certamente.
Quando Elias foi envolvido num redemoinho, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Nunca, em seus dias, ele temeu príncipe algum e ninguém pôde subjugá-lo.
Nada era muito difícil para ele, e, ainda depois de morto, o seu corpo profetizou.
Durante a vida, fez prodígios e, depois da morte, operou maravilhas.
E, apesar de tudo isso, o povo não se converteu, não se afastou dos seus pecados, até que foi expulso da sua terra e espalhado por todo o mundo.


Salmos 97(96),1-2.3-4.5-6.7.


O Senhor é rei: alegre-se a terra  
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;  
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Um fogo vai à sua frente  
e devora os inimigos que o cercam.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo;  
a terra vê-os e estremece.

As montanhas derretem-se, como cera,  
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus  
e todos os povos contemplam a sua grandeza.
Fiquem confundidos os que adoram ídolos,  
os que se gloriam em deuses inúteis;  
todos os deuses se prostram diante do Senhor.






Mateus 6,7-15.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:« Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.'
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), Papa
Discursos, mensagens, colóquios, t.1, Vaticano 1958

«Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia»

Queremos insistir no triplo privilégio desse «pão de cada dia» que os
filhos da Igreja devem pedir ao Pai celeste e esperar com confiança na Sua
divina providência. Deve ser antes de tudo, o «pão nosso», isto é o pão
pedido em nome de todos. «O Senhor», diz-nos São João Crisóstomo,
«ensinou-nos, no Pai Nosso, a dirigir a Deus uma oração em nome de todos os
nossos irmãos. Quer deste modo que as orações que elevamos a Deus digam
respeito, tanto aos interesses do nosso próximo, como aos nossos. Pretende,
com isso, combater as inimizades e reprimir a arrogância.»


Ele deve ser, além disso, um pão «substancial» (cf. Mt 6,11 grego),
indispensável à nossa subsistência, ao nosso alimento. Mas, se o homem é
composto por um corpo, é também composto por um espírito imortal, e o pão
que convém pedir ao Senhor não deve ser apenas um pão material. Deve ser,
como observa, tão a propósito, esse doutor da Eucaristia que é São Tomás de
Aquino, deve ser antes de mais um pão espiritual. Esse pão é o próprio
Deus, verdade e bondade a contemplar e a amar; um pão sacramental: o Corpo
do Salvador, testemunho e viático da vida eterna.


A terceira qualidade exigida a esse pão não é menos importante que as
precedentes. É que seja «único», símbolo e causa da unidade (cf. 1Co
10,17). E São João Crisóstomo acrescenta: «Do mesmo modo que esse corpo
está unido a Cristo, assim nos unimos nós por meio deste pão».




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terça-feira, 19 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 20 de Junho de 2012
Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Beata Teresa, viúva, religiosa, +1250,  Beata Mafalda, virgem, +1256,  Beato Francisco Pacheco, presbítero e mártir, +1626,  Beata Sancha, virgem, +1229



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Quando orares, entra no quarto mais secreto»

Leituras

2 Reis 2,1.6-14.


Naqueles dias, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Gálgala. Quando chegaram a Jericó,  
Elias disse a Eliseu: «Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.» Mas Eliseu respondeu: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.» E partiram juntos.
Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas, que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão.
Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas, que se separaram de um e de outro lado, de modo que passaram os dois a pé enxuto.
Tendo passado, Elias disse a Eliseu: «Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?» Eliseu respondeu: «Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.»
Elias replicou: «Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.»
Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eliseu viu tudo isto e exclamou: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!» E não o voltou a ver mais. Tomando, então, as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
Eliseu apanhou o manto que Elias deixara cair e, voltando, parou na margem do Jordão.
Pegou no manto que Elias deixara cair, bateu com ele nas águas e disse: «Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? Onde está Ele?» Ao bater nas águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.


Salmos 31(30),20.21.24.


Como é grande, Senhor, a bondade
que reservas para os que te são fiéis!
Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em ti confiam.

Ao abrigo da tua face, Tu os guardas
das intrigas dos homens;
na tua tenda os defendes
contra as línguas maldizentes.

Amai o Senhor,
todos vós, que sois seus amigos!
O Senhor protege os seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.



Mateus 6,1-6.16-18.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja
O Cântico espiritual, segunda versão, estrofe 1, 6-7

«Quando orares, entra no quarto mais secreto»

A alma pergunta ao Esposo: «Aonde Te escondeste?» [...] Respondamos a essa
pergunta indicando o lugar mais certo onde está escondido, o lugar onde a
encontrará mais seguramente, e com tanta perfeição e gosto que se pode ter
nesta vida. A partir daí, não começará a vaguear em vão atrás das pegadas
de seus consortes (cf. Ct 3,2).


Para tal é necessário advertir que o Verbo, o Filho de Deus, juntamente com
o Pai e o Espírito Santo, está escondido, essencial e presencialmente, no
ser mais íntimo da alma. Portanto, para O encontrar há-de abandonar tudo,
quer no afecto, quer na vontade, e recolher-se ao máximo dentro de si
mesma, vivendo como se as coisas não existissem. Santo Agostinho, falando
nos Solilóquios com Deus, dizia: Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava
fora, e fora de mim vos procurava. Portanto, Deus está escondido na alma. É
ali que o bom contemplativo O há-de procurar com amor, dizendo: Aonde Te
escondeste?


Portanto, ó alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas
saber onde está o teu Amado para te encontrares e unires a Ele, já te foi
dito que tu mesma és o aposento onde Ele mora, o refúgio e o esconderijo
onde Se oculta. Oxalá seja motivo de grande consolação e alegria para ti
reconhecer que todo o teu bem se encontra tão perto de ti, melhor dizendo,
tão dentro de ti, que já não podes existir sem Ele. Sabei, diz o Esposo,
que o reino de Deus está dentro de vós (Lc 17,21). E o apóstolo São Paulo,
Seu servo, diz: Vós sois o templo de Deus (2Co 6,16).




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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 19 de Junho de 2012
Terça-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341,  São Romualdo, abade, +1027



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá : «Sede santos porque Eu sou santo» (Lv 19,2)

Leituras

1 Reis 21,17-29.


Depois de Nabot de Jezrael ter sido assassinado, por não querer vender a sua vinha ao rei Acab, o Senhor dirigiu a palavra ao profeta Elias, o tesbita, dizendo:
«Desce e vai ter com Acab, rei de Israel, que vive na Samaria; ele está agora a descer para se apossar da vinha de Nabot.
Diz-lhe: Assim fala o Senhor: 'Cometeste um homicídio e agora vais ainda apoderar-te do alheio?' Acrescentarás ainda: 'Isto diz o Senhor: No mesmo lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabot, hão-de lamber também o teu!'»
Então Acab respondeu a Elias: «Tornaste a apanhar-me, meu inimigo!» Elias replicou: «Sim, tornei a apanhar-te porque te prestaste a uma perfídia, fazendo o que é mal aos olhos do Senhor.
Farei cair uma desgraça sobre ti, varrer-te-ei e hei-de exterminar todos os homens da casa de Acab, sejam escravos ou homens livres em Israel.
Tornarei a tua casa semelhante à casa de Joroboão, filho de Nabat, e à de Basa, filho de Aías, porque provocaste a minha ira e fizeste pecar Israel.»
O Senhor falou também para Jezabel: «Os cães hão-de devorar Jezabel na propriedade de Jezrael.
Todos os membros da casa de Acab que morrerem na cidade, os cães os hão-de devorar; e todos os membros que morrerem no campo, comê-los-ão as aves do céu.
Não houve nunca ninguém como Acab que se prestasse à perfídia para fazer o mal aos olhos do Senhor. E a sua esposa Jezabel incitava-o ainda mais.
Ele cometeu graves abominações, seguindo os ídolos exactamente como os amorreus, a quem o Senhor despojara diante dos filhos de Israel.»
Ao ouvir estas palavras, Acab rasgou as vestes, cobriu-se de saco e jejuou; dormia sobre um saco e caminhava pensativo.
Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, dizendo:
«Viste com Acab se humilhou na minha presença? Já que ele procedeu assim, não o castigarei durante a sua vida, mas nos dias de seu filho mandarei o castigo sobre a sua casa.»


Salmos 51(50),3-4.5-6a.11.16.


Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos;  

Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas.
Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue,
e a minha língua anunciará a tua justiça.







Mateus 5,43-48.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos?
E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love, p. 50

«Sede santos porque Eu sou santo» (Lv 19,2)

Todos sabemos que há um Deus que nos ama e que nos fez. Podemos voltar-nos
para Ele e pedir-Lhe: «Meu Pai, ajuda-me agora. Quero ser santo, quero ser
bom, quero amar». A santidade não é um luxo destinado a uma elite; ela não
está reservada só a alguns. Estamos destinados a ela, tu, eu e toda a
gente. É uma tarefa simples porque, se aprendermos a amar, aprendemos a ser
santos.


A primeira etapa é querê-lo. Jesus quer que nós sejamos santos como o Seu
Pai é santo. A minha santidade consiste no cumprimento da vontade de Deus
na alegria. Dizer : «Quero ser santo» significa: «Vou despojar-me de tudo o
que não é Deus. Vou despojar-me e esvaziar o meu coração de todas as coisas
materiais. Vou renunciar à minha vontade, aos meus gostos, às minhas
fantasias, à minha inconstância; tornar-me-ei um escravo generoso da
vontade de Deus. Com toda a minha vontade vou amar Deus, vou escolher em
Seu favor, vou correr para Ele, vou chegar até Ele e vou possuí-Lo». Mas
tudo depende destas palavrinhas: «Eu quero» ou «Eu não quero». Devo aplicar
toda a minha energia nestas palavras: «Eu quero».




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domingo, 17 de junho de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 18 de Junho de 2012
Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697,  Beata Marina de Spoleto, virgem, mártir, séc. XIII,  Beata Osana, religiosa, +1505



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : «Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

Leituras

1 Reis 21,1-16.


Naquele tempo, Nabot de Jezrael tinha uma vinha junto ao palácio de Acab, rei da Samaria.
Disse então Acab a Nabot. «Cede-me a tua vinha para que eu a transforme em horta, pois fica junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor; ou, se te convier, pagar-te-ei o seu valor em dinheiro.»
Nabot disse a Acab: «Pelo Senhor! Seria um sacrilégio ceder-te a herança de meus pais.»
Acab voltou para casa triste e irritado, pelo facto de Nabot lhe ter dito: «Não te darei a herança de meus pais». Deitou-se na cama, voltou o rosto para a parede e não quis mais comer.
Sua esposa veio ter com ele e perguntou-lhe: «Por que razão estás assim irritado e não queres comer?»
Ele respondeu: «Porque falei a Nabot de Jezrael, dizendo-lhe: 'Cede-me a tua vinha por dinheiro ou, se mais te convier, dar-te-ei por ela outra vinha', e ele respondeu-me: 'Não te darei a minha vinha'.
Então Jezabel, sua esposa, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come, não te aflijas! Eu mesma te darei a vinha de Nabot de Jezrael.»
Escreveu cartas em nome de Acab, selando-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e aos magistrados da cidade, concidadãos de Nabot.
Nelas lhes dizia: «Proclamai um jejum e fazei sentar Nabot na primeira fila da assembleia.
Fazei vir à sua presença dois homens malvados que o acusem dizendo: 'Tu blasfemaste contra Deus e contra o rei!' Levai-o depois para fora da cidade e apedrejai-o até ele morrer».
Os homens da cidade, os anciãos e os magistrados, concidadãos de Nabot, fizeram o que lhes mandara Jezabel, conforme o conteúdo da carta que ela lhes enviara.
Proclamaram um jejum e fizeram sentar Nabot em lugar de honra.
Vieram então os dois malvados, puseram-se na presença de Nabot e depuseram contra ele perante o povo, dizendo: «Nabot blasfemou contra o Deus e contra o rei!» Fizeram-no sair da cidade, apedrejaram-no e ele morreu.
Mandaram então dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu.»
Quando Jezabel teve conhecimento de que Nabot fora apedrejado e já estava morto, disse a Acab. «Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael recusara ceder-te por dinheiro. Nabot já não é vivo! Morreu!»
Mal Acab ouviu dizer que Nabot tinha morrido, levantou-se logo para descer até à vinha de Nabot de Jezrael, a fim de tomar posse dela.


Salmos 5,2-3.5-6.7.


Ouve, Senhor, as minhas palavras
e atende a minha súplica.
Escuta a voz do meu clamor,
ó meu Rei e meu Deus.

Tu não és um Deus que se agrade do mal;
os maus não podem viver a teu lado.
Os arrogantes não poderão
subsistir na tua presença

Detestas os que praticam a iniquidade
e exterminas os mentirosos.
O homem sanguinário e fraudulento
é detestado pelo Senhor.





Mateus 5,38-42.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade
do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a
unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o
apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...]


Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas
as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores
(Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na
benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança,
pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes
este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Cristo [...],
que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da
Sua paciente doçura.


Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre
os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se
encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não
entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa
vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef
4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um
mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não
deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é
permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17), nem conceber o ódio.




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sábado, 16 de junho de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 17 de Junho de 2012
11º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Décimo primeiro domingo do tempo comum (semana III do saltério)
S. Bessário, eremita, séc. IV,  S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto»

Leituras

Ezeq. 17,22-24.


Eis o que diz o Senhor Deus: « Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um haste nova, e plantá-la-ei num monte bastante alto.
Plantá-la-ei na montanha elevada de Israel: deitará ramos, produzirá frutos e tornar-se-á um cedro magnífico. Nele habitarão todas as espécies de aves; à sombra dos seus ramos repousarão todas as espécies de voláteis.
E todas as árvores dos campos saberão que sou Eu, o SENHOR, quem humilha a árvore elevada e eleva a árvore humilhada, quem faz secar a árvore verdejante e florescer a que está seca. Eu, o SENHOR, o disse e o cumpro."


Salmos 92(91),2-3.13-14.15-16.


É bom louvar-te, Senhor,
e cantar salmos ao teu nome, ó Altíssimo!
É bom anunciar pela manhã os teus louvores,  
e pela noite, a tua fidelidade,

Os justos florescerão como a palmeira
e crescerão como os cedros do Líbano.
Plantados na casa do Senhor,
florescerão nos átrios do nosso Deus.

Até na velhice continuarão a dar frutos
e hão-de manter sempre a seiva e o frescor,
para proclamar que o Senhor é justo:
Ele é o meu rochedo e nele não há falsidade.







2 Cor. 5,6-10.


Irmãos: Nós estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos pela fé e não pela visão...
Cheios dessa confiança, preferimos exilar-nos do corpo, para irmos morar junto do Senhor.
Por isso também, quer permaneçamos na nossa morada, quer a deixemos, esforçamo-nos por lhe agradar.
Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.


Marcos 4,26-34.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 98, 1-2; CCL 24A, 602

«Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto»

Irmãos, ouvistes que o Reino dos céus, em toda a sua grandeza, é parecido a
um grão de mostarda. [...] É apenas isto que os crentes esperam? É isto que
os fiéis aguardam? [...] É isto «o que o olho não viu, nem o ouvido ouviu,
nem jamais veio ao coração do homem»? É isto que o apóstolo Paulo promete,
e que está reservado no mistério inexprimível da salvação àqueles que amam?
(1Cor 2,9) Não nos deixemos desconcertar pelas palavras do Senhor. Se, de
facto, «a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem, e a loucura de Deus
é mais sábia do que o homem» (1 Cor 1,25), essa pequena coisa que é o bem
de Deus é mais esplêndida do que a imensidão do mundo.


Possamos nós semear no nosso coração esta semente de mostarda, de modo que
ela venha a ser a grande árvore do conhecimento (Gn 2,9), elevando-se em
toda a sua altura para elevar os nossos pensamentos para o céu, e
desenvolvendo todos os ramos da inteligência. [...]


Cristo é o Reino. Como se fosse um grão de mostarda, ele foi lançado num
jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre a
terra inteira. Depois de ter sido esmagado pela Paixão, o Seu fruto
produziu sabor suficiente para dar o Seu bom gosto e o Seu aroma a todos os
seres vivos que n'Ele tocam. Pois, enquanto a semente de mostarda está
intacta, as suas virtudes permanecem ocultas, mas desenvolvem toda a sua
pujança quando a semente é esmagada. Da mesma forma, Cristo quis que o Seu
corpo fosse esmagado para que a sua força não ficasse oculta. [...] Cristo
é Rei, porque é a fonte de toda a autoridade. Cristo é o Reino, pois n'Ele
está toda a glória do Seu reino.




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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 16 de Junho de 2012
Imaculado Coração da Virgem Santa Maria (MO)

Imaculado Coração de Maria
S. Ciro, mártir, séc. IV,  São João Francisco Régis, presbítero, +1640,  S. Ticon



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Eudes : «Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração»

Leituras

Is. 61,9-11.


A linhagem do povo de Deus será conhecida entre os povos e a sua descendência no meio das nações. Quantos os virem terão de os reconhecer como linhagem que o Senhor abençoou.
Rejubilo de alegria no SENHOR, e o meu espírito exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de triunfo. Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como uma noiva que se adorna com as suas jóias.
Porque, assim como a terra faz nascer as plantas, e o jardim faz brotar as sementes, assim o Senhor DEUS faz germinar a justiça e o louvor diante de todas as nações.


1 Sam. 2,1.4-5.6-7.8abcd.


«Exulta o meu coração no Senhor.
no meu Deus se eleva a minha fronte.
Abre-se a minha boca contra os inimigos,
porque me alegro na vossa salvação.  

A arma dos fortes foi destruída
e os fracos foram revestidos de força.   
Os que viviam na abundância andam em busca de pão
e os que tinham fome foram saciados.
a mulher estéril deu à luz muitos filhos
e a mãe fecunda deixou de conceber.    

É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz-nos descer ao túmulo e de novo nos levanta.  
É o Senhor que despoja e enriquece,
É o Senhor quem humilha e exalta.  

Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre os príncipes
e destina-lhes um lugar de honra.  









Lucas 2,41-51.


Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa.
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem.
Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.
Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas.
Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!»
Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?»
Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse.
Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos
O coração admirável, livro 9, cap. 4

«Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração»

De entre as festas dedicadas a Virgem Maria, a que celebra o seu coração é
como o coração e a rainha das outras, pois o coração é a sede do amor e da
caridade. Qual a razão desta solenidade? O coração desta singular e
amadíssima Filha do Pai Eterno; o coração da Mãe de Deus; o coração da
Esposa do Santo Espírito; o coração da excelente Mãe de todos os fiéis. É
um coração ardente de amor para com Deus, totalmente inflamado de caridade
por nós.


Todo ele é amor por Deus, porque nada mais amou a não ser Deus, e o que
Deus queria que amasse n'Ele e por Ele. Todo ele é amor, porque a
bem-aventurada Virgem Maria sempre amou a Deus com todo o coração, toda a
sua alma e todas as suas forças (Mc 12,30). Todo ele é amor porque, para
além de Maria sempre ter querido tudo o que Deus queria e nunca o que Ele
não queria, foi sempre com grande júbilo que voluntariamente cumpriu a
amável vontade do Senhor.


Este coração é amor puro por nós todos. Ela ama-nos com o mesmo amor com
que ama a Deus, porque é Deus que Ela vê em nós e que em nós ama. E ama-nos
com o mesmo amor com que ama o Homem Deus, seu filho Jesus. Porque Ela sabe
que Ele é o nosso chefe, a nossa cabeça, e que nós somos os Seus membros
(Col 2,19) e, consequentemente, que somos um só com Ele.




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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 15 de Junho de 2012
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade - Ano B

Sagrado Coração de Jesus (ofício próprio)
S. Vito, mártir, +300,  Santa Maria Micaela do Santíssimo Sacramento, virgem, fundadora, +1865,  Beata Albertina Berkenbrock, virgem, mártir, +1931



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Columbano : «Um dos soldados trespassou-Lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água»

Leituras

Oseias 11,1.3-4.8c-9.


Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda menino, Eu amei-o, e chamei do Egipto o meu filho.
Entretanto, Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços, mas não reconheceram que era Eu quem cuidava deles.
Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto; inclinei-me para ele para lhe dar de comer.
Como poderia abandonar-te, ó Efraim? Entregar-te, ó Israel? Como poderia Eu abandonar-te, como a Adma, ou tratar-te como Seboim? O meu coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas.
Não desafogarei o furor da minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não me deixo levar pela ira.


Is. 12,2-3.4bcd.5-6.


Este é o Deus da minha salvação;
estou confiante e nada temo,
porque a minha força e o meu canto de vitória é o Senhor;
Ele foi a minha salvação.»
Tirareis água com alegria
das fontes da salvação.
Louvai o Senhor,
invocai o seu nome.

Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas;
anunciai-as em toda a terra.
Exultai de alegria,
habitantes de Sião,
e proclamai como é grande no meio de ti
o Santo de Israel.»






Efésios 3,8-12.14-19.


Irmãos: A mim, o menor de todos os santos, foi dada a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo
e a todos iluminar sobre a realização do mistério escondido desde séculos em Deus, o criador de todas as coisas
para que agora, por meio da Igreja, seja dada a conhecer, aos Principados e às Autoridades no alto do Céu, a multiforme sabedoria de Deus,
de acordo com o desígnio eterno que Ele realizou em Cristo Jesus Senhor nosso.
Em Cristo, mediante a fé nele, temos a liberdade e coragem de nos aproximarmos de Deus com confiança.
É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai,
do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra:
que Ele vos conceda, de acordo com a riqueza da sua glória, que sejais cheios de força, pelo seu Espírito, para que se robusteça em vós o homem interior;
que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no amor,
para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura e a profundidade...
a capacidade de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos, até receberdes toda a plenitude de Deus.


João 19,31-37.


Por ser  a Preparação da Páscoa, e para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente.
Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também.
É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso.
E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instruções de S. Columbano, n° 13

«Um dos soldados trespassou-Lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água»

Irmãos, sigamos o nosso chamamento: somos chamados pela Vida à fonte da
vida; esta fonte não é apenas fonte «de água viva» (Jo 4,10), mas da vida
eterna, fonte de luz e de claridade. Com efeito, dela vêm todas as coisas:
sabedoria, vida e luz eterna. [...] Senhor, és Tu mesmo esta fonte, sempre
e para sempre desejável, e da qual nos é sempre permitido e sempre
necessário aurir. «Dá-nos sempre, Senhor Jesus, desta água» para que,
também em nós, ela se torne uma fonte de água «a jorrar para a vida eterna»
(Jo 4,15.14). É verdade: peço-Te demasiado, como negá-lo? Mas Tu, Rei da
glória, sabes dar grandes coisas e Tu mesmo as prometeste. Nada é maior do
que Tu e é a Ti próprio que nos dás, foste Tu que Te deste por nós.


É por isso que é a Ti que pedimos [...] porque não queremos receber senão a
Ti mesmo. Tu és o nosso tudo: a nossa vida, a nossa luz e a nossa salvação,
a nossa comida e a nossa bebida, o nosso Deus. Inspira os nossos corações,
suplico-Te, ó Jesus nosso; pelo sopro do Teu Espírito, abençoa as nossas
almas com o Teu amor, para que cada um de nós possa dizer com verdade:
«Vistes Aquele que o meu coração ama?» (Ct 3,3), porque foi com o Teu amor
que fui ferido.


Desejo que essas feridas estejam em mim Senhor. Feliz da alma a quem o amor
assim fere ─ a alma que procura a fonte, a que bebe e que, no
entanto, não cessa de ter sempre sede, mesmo bebendo, nem de ir sempre em
busca dela pelo seu desejo, nem de sempre beber, na sua sede. É assim que
ela sempre busca amando, pois encontra a cura na sua própria ferida.




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