terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 18 de Janeiro de 2012
Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Santa Prisca ou Priscila, virgem mártir, +séc. I(?),  Santa Margarida da Hungria, virgem, +1270



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Gertrudes de Helfta : «Observavam-No, [...] a fim de O poderem acusar»

Leituras

1 Sam. 17,32-33.37.40-51.


Naqueles dias, David foi levado à presença do rei Saul e disse-lhe: «Ninguém desanime por causa de Golias! O teu servo irá lutar contra esse filisteu..»
Disse-lhe Saul: «Não poderás ir lutar contra esse filisteu. Não passas de uma criança, e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade.»
E acrescentou: «O Senhor, que me livrou das garras do leão e do urso, há-de salvar-me igualmente das mãos desse filisteu.» Disse-lhe o rei: «Vai, e que o Senhor esteja contigo.»
E tirou a armadura. Tomou o seu cajado e escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as no alforge de pastor que lhe servia de bolsa. Depois, com a funda na mão, avançou contra o filisteu.
Este, precedido do escudeiro, aproximou-se de David,
mediu-o com os olhos e, vendo que era jovem, louro e de aspecto delicado, desprezou-o.
Disse-lhe: «Sou eu, porventura, um cão, para vires contra mim de pau na mão?» E amaldiçoou David em nome dos seus deuses.
E acrescentou: «Vem, que eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!»
David respondeu: «Tu vens para mim de espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor do universo, do Deus dos esquadrões de Israel, a quem tu desafiaste.
O Senhor vai entregar-te hoje nas minhas mãos e eu vou matar-te, cortar-te a cabeça e dar os cadáveres do campo dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra, para que todo o mundo saiba que há um Deus em Israel.
E toda essa multidão de gente saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, porque Ele é o árbitro da guerra e Ele vos entregará nas nossas mãos!»
Levantou-se o filisteu e avançou contra David. Este também correu para as linhas inimigas ao encontro do filisteu.
Meteu a mão no alforge, tomou uma pedra e arremessou-a com a funda, ferindo o filisteu na fronte. A pedra penetrou-lhe na cabeça, e o gigante tombou com o rosto por terra.
Assim venceu David o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E, como não tinha espada na mão,
David correu para o filisteu e, quando já estava junto dele, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de o matar, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu guerreiro mais valente, os filisteus fugiram.


Salmos 144(143),1.2.9-10.


Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate!
Ele é o meu auxílio e fortaleza,
o meu baluarte e o meu refúgio;
Ele é o meu escudo e o meu abrigo,
que subjuga os povos aos meus pés.

Quero cantar-te, ó Deus, um cântico novo;
cantar-te-ei salmos com a harpa de dez cordas.
Tu, que concedes aos reis a vitória,
e livras o teu servo David da espada mortal,



Marcos 3,1-6.


Jesus entrou novamente na sinagoga onde estava um homem que tinha uma das mãos paralisada.
Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar.
Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.»
E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados.
Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada.
Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina
Exercícios, nº 7

«Observavam-No, [...] a fim de O poderem acusar»

Na hora da oração coloca-te na presença da paz e do amor [...]; oh paz de
Deus, que ultrapassas toda a inteligência (Fl 4,7), doce e agradável, suave
e preferível a tudo, em todo o lado onde penetras reina uma segurança
imperturbável. Só tu tens o poder de pôr freio à cólera do soberano; tu
ornas o trono do rei com a tua clemência; iluminas o reino da glória com a
piedade e a misericórdia. Pela tua graça toma a teu cargo a minha causa, de
mim que sou culpada e indigente. [...] Eis que já o credor bate à porta
[...]; não é prudente da minha parte falar-lhe, pois não tenho como pagar a
minha dívida. Mui doce Jesus, minha paz, por quanto tempo permanecerás
silencioso? [...] Pela Tua graça, pelo menos agora fala por mim, dizendo
estas palavras caridosas: «Eu te resgatarei». Tu que és seguramente o
refúgio de todos os pobres. Não passas ao pé de ninguém sem lhe dares a
salvação. Tu nunca deixaste partir aquele que se refugia junto de Ti sem
que fique reconciliado. [...]


Pela Tua graça, meu amor, meu Jesus, nesta hora do dia foste flagelado por
mim, coroado de espinhos, lamentavelmente coberto de sofrimentos. Tu és o
meu verdadeiro rei, para além de Ti não conheço ninguém. Tu fizeste-Te
opróbrio dos homens, abjecto e repugnante como um leproso (cf Is 53,3) até
a própria Judeia se recusar a reconhecer-Te como Seu rei (Jo 19,14-15). Por
Tua graça, que pelo menos eu Te reconheça como meu rei! Meu Deus, dá-me
esse inocente, tão ternamente amado, o meu Jesus, que por mim «pagou» tão
plenamente «aquilo que não tinha roubado» (Sl 68,5); dá-Mo, para que Ele
seja o apoio da minha alma. Que eu O receba no meu coração; que, pela
amargura das Suas dores e da Sua Paixão, Ele reconforte o meu espírito.
[...]


E tu, paz de Deus, sê a amarra querida que me acorrenta para sempre a
Jesus. Sê o sustentáculo da minha força [...], para que eu não seja senão
«um só coração e uma só alma» com Jesus (Act 4,32). [...] Por ti, ficarei
para sempre ligada ao meu Jesus.




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