quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 19 de Janeiro de 2012
Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. Canuto, rei da Dinamarca, mártir, +1086,  Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco, mártires, +270



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «Os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para Lhe tocarem»

Leituras

1 Sam. 18,6-9.19,1-7.


Naqueles dias, quando David regressava, depois de ter matado o filisteu, saíram as mulheres de todas as cidades de Israel ao encontro de Saul, a cantar e a dançar alegremente, ao som de sistros e tamborins.
E, à medida que dançavam, cantavam em coro: «Saul matou mil, mas David matou dez mil.»
Saul irritou-se em extremo e ficou sumamente desgostoso por isso. E disse: «Dão dez mil a David e a mim apenas mil! Só lhe falta a coroa!»
A partir daquele dia, não voltou a olhar para David com bons olhos.
Saul falou ao seu filho Jónatas e a todos os seus servos da sua intenção de matar David. Mas Jónatas, filho de Saul, amava cordialmente David
e preveniu-o, dizendo: «Saul, meu pai, quer matar-te. Procura fugir amanhã de manhã; foge para um lugar oculto e esconde-te.
Sairei em companhia de meu pai, até ao lugar onde tu te encontrares; falarei com ele a teu respeito, para ver o que ele pensa, e depois avisar-te-ei.»
Jónatas falou bem de David a seu pai e acrescentou: «Não faças mal algum ao teu servo David, pois ele nunca te fez mal; pelo contrário, prestou-te grandes serviços.
Arriscou a vida, matando o filisteu, e o Senhor deu, assim, uma grande vitória a Israel. Foste testemunha e alegraste-te. Porque queres pecar contra o sangue inocente, matando David sem motivo?»
Saul ouviu as palavras de Jónatas e fez este juramento: «Pela vida do Senhor, David não morrerá!»
Então, Jónatas chamou David, contou-lhe tudo isto e apresentou-o novamente a Saul. David voltou a estar ao seu serviço como antes.


Salmos 56(55),2-3.9-10ab.10c-11.12-13.


Tem compaixão de mim, ó Deus,
pois há quem me queira destruir,
oprimindo-me e fazendo-me guerra todo o dia.
Os meus adversários perseguem-me continuamente;
são numerosos, ó Altíssimo, os que lutam contra mim!

Tu contaste os passos do meu peregrinar,
recolheste e guardaste as minhas lágrimas.
No dia em que eu te invocar,
os meus inimigos hão de retroceder;

Então ficarei a saber que Deus está por mim.
Celebro a palavra de Deus,
celebro a palavra do Senhor.
Em Deus confio, nada temo:
que mal me poderão fazer os homens?

Mantenho as promessas que te fiz, ó Deus,
quero cumpri-las com sacrifícios em teu louvor,


Marcos 3,7-12.


Naquele tempo, Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,
de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia.
E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão,
pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem.
Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!»
Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Os graus de humildade e de orgulho, cap 3, §§ 6.12

«Os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para Lhe tocarem»

Segui o exemplo de Nosso Senhor, que quis sofrer a Sua Paixão para assim
aprender a compaixão, sujeitar-Se à miséria para assim compreender os
miseráveis. Tal como «aprendeu a obedecer, sofrendo» (Heb 5,8), quis
aprender também a misericórdia. [...] Talvez acheis bizarro o que acabo de
dizer de Cristo: Ele que é a sabedoria de Deus (1 Cor 1,24), que tinha Ele
a aprender? [...]


Reconheceis que ele é Deus e homem numa só pessoa. Enquanto Deus, é eterno,
teve sempre conhecimento de tudo; enquanto homem, nascido no tempo,
aprendeu muitas coisas no tempo. Desde que começou a ser na nossa carne,
começou também a aprender pela experiência as misérias da carne. Teria sido
mais feliz e sábio para os nossos primeiros pais não terem de fazer esta
experiência, mas o seu criador «veio procurar aquele que estava perdido»
(Lc 19,10). Teve pena da Sua obra e veio procurá-la, descendo
misericordiosamente para onde ela tinha perecido miseravelmente. [...]


Não foi simplesmente para partilhar a sua desgraça, mas por empatia com a
sua miséria e para os libertar: para Se tornar misericordioso, não como um
Deus na Sua felicidade eterna, mas como um homem que partilha a situação
dos homens. [...] Maravilhosa lógica de amor! Como teríamos nós podido
conhecer esta misericórdia admirável se ela não Se tivesse inclinado sobre
a miséria existente? Como teríamos podido compreender a compaixão de Deus
se ela tivesse permanecido humanamente estranha ao sofrimento? [...] À
misericórdia de um Deus, Cristo uniu pois a de um homem, sem a mudar, mas
multiplicando-a, como está escrito: «Tu salvarás os homens e os animais,
Senhor. Ó Deus, como fizeste abundar a Tua misericórdia!» (Sl 35, 7-8
Vulg).




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