domingo, 22 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 23 de Janeiro de 2012
Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

S. João Esmoler, bispo, +616,  Santo Ildefonso, bispo, +667



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac da Estrela : A inveja: uma blasfémia contra o Espírito Santo

Leituras

2 Sam. 5,1-7.10.


Todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Aqui nos tens: não somos nós da tua carne e do teu sangue?
Tempos atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu quem dirigia as campanhas de Israel e o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel e serás o seu chefe.’»
Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei a Hebron. David fez com eles uma aliança diante do Senhor, e eles sagraram-no rei de Israel.
David tinha trinta anos quando começou a reinar e reinou quarenta anos:
sete anos e seis meses sobre Judá, em Hebron, e trinta e três anos em Jerusalém, sobre todo o Israel e Judá.
O rei marchou com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus, que habitavam aquela terra. Estes disseram a David: «Não entrarás aqui; serás repelido até por cegos e coxos.» Isto queria dizer: «Nunca entrarás aqui.»
Contudo, David apoderou-se da fortaleza de Sião, que é a Cidade de David.
Deste modo, David ia-se fortificando e o Senhor, Deus do universo, estava com ele.


Salmos 89(88),20.21-22.25-26.


Falastes outrora aos vossos fíeis,
numa voisão lhes dissestes:
"Impus o meu diadema a um herói;
escolhi um eleito de entre o povo.

Encontrei a David, meu servo,
e ungi-o com óleo santo.
Estarei sempre a seu lado
e com a minha força o sustentarei.»

A minha fidelidade e o meu amor estarão com ele; pelo meu nome crescerá o seu poder.
Estenderei o seu poder sobre os mares, e sobre os rios, o seu domínio.


Marcos 3,22-30.


E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 39, 2-6

A inveja: uma blasfémia contra o Espírito Santo

«É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios» [...]. O que é próprio
das pessoas maldizentes e animadas pela inveja é fechar, tanto quanto
possível, os olhos aos méritos de outrem; e quando, vencidos pelas
evidências, já não o conseguem fazer, depreciá-los e desvirtuá-los. Assim,
quando a multidão exulta de devoção e se maravilha com as obras de Cristo,
os escribas e os fariseus, ou fecham os olhos ao que sabem ser verdade, ou
rebaixam o que é grande, ou desvirtuam o que é bom. Uma vez, por exemplo,
fingindo-se ignorantes, disseram Àquele que tinha feito tantos sinais
maravilhosos: «Que sinal realizas Tu, pois, para nós vermos e crermos em
ti?» (Jo 6,30). Aqui, não podendo negar os factos com cinismo,
depreciam-nos maldosamente [...] e desvalorizam-nos dizendo: «Ele tem
Belzebu! [...] É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios».


Eis, queridos irmãos, a blasfémia contra o Espírito, que prende aqueles que
envolveu nas cadeias dum pecado eterno. Não é que seja de todo impossível
ao penitente receber o perdão de tudo, se produzir «frutos de sincero
arrependimento» (Lc 3,8). Só que, esmagado por um tal peso de malícia, ele
não tem força para aspirar a essa honrosa penitência merecedora de perdão.
[...] Aquele que, vendo à evidência no seu irmão a graça e a obra do
Espírito Santo [...], não teme desvirtuar e caluniar, e atribuir
insolentemente aos maus espíritos o que sabe pertinentemente ser do
Espírito Santo, esse está de tal modo abandonado por esse Espírito de
graça, que já não quer a penitência que lhe traria o perdão. Está
completamente obscurecido, cego pela sua própria malícia. Com efeito, que
poderá haver de mais grave do que ousar, por inveja para com um irmão a
quem tínhamos recebido ordem de amar como a nós próprios (cf. Mt 19,19),
blasfemar contra a bondade de Deus [...] e insultar a Sua majestade,
querendo desacreditar um homem?




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