sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 28 de Janeiro de 2012
Sábado da 3a semana do Tempo Comum

S. Tomás de Aquino, presbítero e Doutor da Igreja, +1274



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus : «Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada»

Leituras

2 Sam. 12,1-7a.10-17.


Naqueles dias, o Senhor enviou então Natan a David. Logo que entrou no palácio, Natan disse-lhe: «Dois homens viviam na mesma cidade, um rico e outro pobre.  
O rico tinha ovelhas e bois em grande quantidade;
o pobre, porém, tinha apenas uma ovelha pequenina, que comprara. Criara-a, e ela crescera junto dele e dos seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do seu copo e dormindo no seu seio; era para ele como uma filha.
Certo dia, chegou um hóspede a casa do homem rico, o qual não quis tocar nas suas ovelhas nem nos seus bois para preparar o banquete e dar de comer ao hóspede que chegara; mas foi apoderar-se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o seu hóspede.»
David, indignado contra tal homem, disse a Natan: «Pelo Deus vivo! O homem que fez isso merece a morte.
Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito essa maldade e não ter tido compaixão.»
Natan disse a David: «Esse homem és tu! Isto diz o Senhor, Deus de Israel: 'Ungi-te rei de Israel, salvei-te das mãos de Saul,
Por isso, jamais se afastará a espada da tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o hitita, para fazer dela tua esposa'.
Eis, pois, o que diz o Senhor: 'Vou fazer sair da tua própria casa males contra ti. Tomarei as tuas mulheres diante dos teus olhos e hei-de dá-las a outro, que dormirá com elas à luz do Sol!
Pois tu pecaste ocultamente; mas Eu farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do dia!'»
David disse a Natan: «Pequei contra o Senhor.» Natan respondeu-lhe: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás.
Todavia, como ofendeste gravemente o Senhor com a acção que fizeste, morrerá certamente o filho que te nasceu.»
E Natan voltou para sua casa. O Senhor feriu o menino que a mulher de Urias havia dado a David com uma doença grave.
David orou a Deus pelo menino; jejuou e passou a noite prostrado por terra.
Os anciãos da sua casa, de pé junto dele, pediam-lhe que se levantasse do chão, mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento algum.


Salmos 51(50),12-13.14-15.16-17.


Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!

Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos
e os pecadores hão de voltar para ti.

Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue,
e a minha língua anunciará a tua justiça.
Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.



Marcos 4,35-41.


Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.»
Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele.
Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água.
Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada.
Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma.
Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?»
E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1879), carmelita, Doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico A, 75 vº - 76 rº

«Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada»

Eu deveria, querida Madre, ter-vos falado do retiro que precedeu a minha
profissão de fé. Esteve longe de me trazer consolação: a mais absoluta
aridez e quase o abandono foram o que me coube, Jesus dormia como sempre na
minha pequena barquinha; ah, bem vejo como raramente as almas O deixam
dormir tranquilamente em suas barcas, Jesus anda tão cansado por ter sempre
trabalhos para fazer e por ter de tomar tantas iniciativas, que logo Se
apressa a aproveitar o repouso que Lhe ofereço. Não acordará certamente
antes do meu retiro para a eternidade, mas isto, em vez de me causar
sofrimento, dá-me na verdade um extremo prazer.

Claro que estou longe de ser uma santa, e o que acabo de dizer prova-o bem.
Deveria, em vez de me regozijar com esta minha secura, atribuí-la ao meu
pouco fervor e pouca fidelidade, deveria afligir-me por dormir (desde há
sete anos) durante as orações e as acções de graças. Pois bem, não me
aflijo com isso; penso que as criancinhas agradam tanto a seus pais
enquanto dormem como quando estão acordadas; penso que, para fazer
operações, os médicos põem os doentes a dormir. Enfim, penso que o Senhor
conhece bem a nossa fragilidade, «sabe de que somos formados; não Se
esquece de que somos pó da terra» (Sl 102,14).

O meu retiro de profissão de fé foi pois, como todos os que se seguiram, um
retiro de grande aridez. No entanto, o Bom Deus mostrava-me à evidência,
sem que eu me apercebesse, a maneira de Lhe agradar e de praticar as mais
sublimes virtudes. Bastas vezes percebi que Jesus não quer dar-me
provisões: nutre-me, a cada instante, com um novo alimento; encontro-o em
mim sem saber como ali veio parar. Acredito simplesmente que é o próprio
Jesus, escondido no fundo deste meu pobre e pequeno coração, Quem faz a
graça de agir em mim, Quem me faz pensar em tudo o que quer que eu faça no
presente momento.




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