terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 01 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887,  Beata Maria Ana Vaillot, religiosa, mártir, +1794,  Beata Odília (Otília) Baumgarten, religiosa, mártir, +1794



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Josemaría Escrivá de Balaguer : «Não é Ele o carpinteiro?»

Leituras

2 Sam. 24,2.9-17.


Naqueles dias, David ordenou a Joab, e aos chefes do seu exército: «Percorrei todas as tribos de Israel, de Dan a Bercheba, e fazei o recenseamento do povo, de maneira que eu saiba o seu número.»  
Joab apresentou ao rei a soma do recenseamento do povo. Havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que manejavam a espada e, em Judá, quinhentos mil homens.
Feito o recenseamento do povo, David sentiu remorsos e disse ao Senhor: «Cometi um grande pecado, ao fazer isto. Mas perdoa, Senhor, a culpa do teu servo, porque procedi como um insensato.»
Pela manhã, quando David se levantou, o Senhor tinha falado ao profeta Gad, vidente de David, nestes termos:
«Vai dizer a David: 'Eis o que diz o Senhor. Dou-te a escolher entre três coisas; escolhe uma das três e a executarei.'»
Gad foi ter com David e referiu-lhe estas palavras, dizendo: «Que preferes: sete anos de fome sobre a terra, três meses a fugir diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no teu país? Reflecte, pois, e vê o que devo responder a quem me enviou.»
David respondeu a Gad: «Vejo-me em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!»
O Senhor enviou a peste a Israel, desde a manhã daquele dia até ao prazo marcado. Morreram setenta mil homens do povo, de Dan a Bercheba.
O anjo estendeu a mão contra Jerusalém para a destruir. Mas o Senhor arrependeu-se desse mal e disse ao anjo que exterminava o povo: «Basta, retira a tua mão.» O anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
Vendo o anjo que feria o povo, David disse ao Senhor: «Fui eu que pequei, eu é que tenho culpa! Mas estes, que são inocentes, que fizeram? Peço que descarregues a tua mão sobre mim e sobre a minha família!»


Salmos 32(31),1-2.5.6.7.


Feliz aquele a quem é perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade
e em cujo espírito não há engano.

Confessei-te o meu pecado
e não escondi a minha culpa.
Disse: "Confessarei ao Senhor a minha falta";
e Tu me perdoaste a culpa do pecado.

Por isso, todo o fiel te invoca
no tempo da angústia.
E, mesmo que transbordem águas caudalosas,
jamais o hão-de atingir.

Tu és o meu refúgio: livras-me da angústia
e me envolves em cânticos de libertação.


Marcos 6,1-6.


Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos seguiam-no.
Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos?
Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso.
Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.»
E não pôde fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos.
Estava admirado com a falta de fé daquela gente. Jesus percorria as aldeias vizinhas a ensinar.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Na Oficina de José», de «Cristo que passa», §§ 55-56

«Não é Ele o carpinteiro?»

José amou Jesus como um pai ama o seu filho, tratou-O dando-Lhe tudo que de
melhor tinha. José, cuidando daquele Menino como lhe tinha sido ordenado,
fez de Jesus um artesão: transmitiu-Lhe o seu ofício. Por isso, os vizinhos
de Nazaré falavam de Jesus chamando-lhe indistintamente «carpinteiro» e
«filho do carpinteiro» (Mt 13,55). [...] Por isso, Jesus devia parecer-se
com José no modo de trabalhar, nos traços do Seu carácter, na maneira de
falar. No realismo de Jesus, no Seu espírito de observação, no Seu modo de
se sentar à mesa e de partir o pão, no Seu gosto por falar dum modo
concreto tomando como exemplo as coisas da vida corrente, reflecte-se o que
foi a infância e a juventude de Jesus e, portanto, a Sua convivência com
José. Não é possível desconhecer a sublimidade do mistério. Esse Jesus que
é homem, que fala com o sotaque de uma determinada região de Israel, que Se
parece com um artesão chamado José, é o Filho de Deus. E quem pode ensinar
alguma coisa a Deus? Mas é realmente homem e vive normalmente: primeiro
como menino; depois como rapaz que ajuda na oficina de José; finalmente,
como homem maduro, na plenitude da idade. «Jesus crescia em sabedoria, em
idade e em graça diante de Deus e dos homens» (Lc 2,52).José foi, no
aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente, com carinho
delicado, e cuidou d'Ele com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão
para considerarmos este varão justo, este Santo Patriarca no qual culmina a
fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior?




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