quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 03 de Fevereiro de 2012
Sexta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

S. Brás, bispo e mártir, +316,  S. Oscar (Ansgário), bispo, +865



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : João Baptista, mártir da verdade

Leituras

Sirac 47,2-13.


Assim como a gordura da vítima se separa da carne, assim David foi separado dentre os filhos de Israel.
Brincou com os leões, como se fossem cabritos, e tratou os ursos como cordeirinhos.
Não foi ele quem, na sua mocidade, matou o gigante e tirou o opróbrio do seu povo, levantando a mão, com a pedra da sua funda e abatendo a arrogância de Golias?
Invocou, na realidade, o Senhor Altíssimo, o qual deu à sua dextra força para derrubar o temível guerreiro e, assim, exaltar o poder do seu povo.
Também foi celebrado por causa da morte dos dez mil homens; tornou-se ilustre com as bênçãos do Senhor e foi-lhe oferecida uma coroa de glória.
Porque desbaratou os inimigos de todas as partes e exterminou os filisteus, seus adversários, destruindo, até ao dia de hoje, o seu poder.
Em todas as suas obras, deu graças ao Santo, ao Altíssimo com palavras de louvor. Com todo o seu coração cantou hinos e amou aquele que o tinha criado.
Estabeleceu cantores diante do altar entoando, com as suas vozes, doces melodias, dia a dia louvando-o com os seus cantos.
Deu esplendor às festividades , brilho perfeito aos dias solenes, para que louvassem o santo nome do Senhor e fizessem ressoar o santuário desde a aurora.
O Senhor perdoou-lhe os seus pecados, engrandeceu o seu poder para sempre e assegurou-lhe, por sua aliança, a realeza e um trono de glória em Israel.
Depois, sucedeu-lhe seu filho, cheio de sabedoria; por amor dele, teve um vasto e pacífico reino.
Salomão reinou em dias de paz. Deus circundou-o de tranquilidade, para que levantasse um templo ao seu nome e lhe preparasse um santuário eterno.


Salmos 18(17),31.47.50.51.


Os caminhos de Deus são perfeitos;
a palavra do Senhor é provada no fogo.
Deus é um escudo protector
para todos os que n'Ele confiam.

Viva o Senhor! Bendito seja o meu protector;
Glorificado seja o Deus que é a minha salvação,
que me libertou da ira dos meus inimigos
e me salvou dos homens violentos.

Por isso, eu te louvarei, Senhor, entre os povos
e cantarei hinos ao teu nome.
Deus dá grandes vitórias ao seu rei
e usa de bondade para com o seu ungido,



Marcos 6,14-29.


Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e dizia-se: «Este é João Baptista, que ressuscitou de entre os mortos e, por isso, manifesta-se nele o poder de fazer milagres»;
outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta como um dos outros profetas.»
Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou.»
Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara.
Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.»
Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado.
Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia.
Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.»
E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.»
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.»
Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar.
Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão;
depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.
Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Exortação ao martírio, 13

João Baptista, mártir da verdade

«Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em
comparação com a glória que há-de revelar-se em nós» (Rom 8,18). Por
conseguinte, quem não há-de trabalhar de todas as formas possíveis para
obter tal glória, para se tornar amigo de Deus, para se regozijar na
companhia de Jesus Cristo e receber a recompensa divina depois dos
tormentos e dos suplícios desta terra?


Para os soldados deste mundo, é glorioso entrar triunfalmente na sua pátria
depois de terem vencido o inimigo. Não será glória bem maior retornar
triunfalmente, depois de ter vencido o demónio, ao paraíso de onde Adão
tinha sido expulso por causa do seu pecado? Trazer o troféu da vitória
depois de ter abatido quem o tinha enganado? Oferecer a Deus como espólio
magnífico uma fé intacta, uma coragem espiritual sem falhas, uma dedicação
digna de elogios? Tornar-se co-herdeiro de Cristo, ser igualizado aos
anjos, desfrutar com alegria do reino celeste com os patriarcas, os
apóstolos, os profetas? Que perseguição pode vencer tais pensamentos, que
nos podem ajudar a superar os suplícios? [...]


A terra aprisiona-nos com as suas perseguições, mas o céu permanece aberto.
[...] Que honra e que segurança sair deste mundo com alegria, sair dele em
glória, transpondo provas e sofrimentos! Fechar por um instante os olhos
que vêem os homens e o mundo, para os reabrir logo a seguir para verem Deus
e Cristo! [...] Se a perseguição assalta um soldado assim preparado, não
poderá vencer a sua coragem. Mesmo que sejamos chamados ao céu antes da
luta, a fé que assim se preparou não ficará sem recompensa. [...] Na
perseguição Deus coroa os seus soldados; na paz, coroa a boa consciência.




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