sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 04 de Fevereiro de 2012
Sábado da 4a semana do Tempo Comum

S. João de Brito, presbítero e mártir, +1693



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac : «Encheu-Se de piedade para com eles»

Leituras

1 Reis 3,4-13.


Naqueles dias o rei Salomão foi oferecer sacrifícios a Gabaon, porque era o principal dos altos lugares sagrados; Salomão ofereceu mil holocaustos sobre aquele altar.
Em Gabaon, durante a noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão e disse-lhe: «Pede-Me o que quiseres».
Salomão respondeu: «Vós manifestastes grande benevolência para com o vosso servo David, meu pai, porque ele andou na vossa presença com fidelidade, justiça e rectidão de coração. Mantivestes com ele tão grande benevolência que lhe destes um filho para suceder no seu trono, como acontece neste dia.
Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder.
Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular.
Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?».
Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão
e disse-lhe:«Porque foi este o teu pedido e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça,
vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti.
Dar-te-ei também o que não pediste: dou-te riqueza e glória, de modo que, durante a tua vida, não haverá, entre os reis, ninguém como tu».


Salmos 119(118),9.10.11.12.13.14.


Como poderá um jovem manter puro o seu caminho?
Só guardando as tuas palavras.
Eu procuro-te com todo o coração;
não deixes que me afaste dos teus mandamentos.

Guardo no meu coração as tuas promessas,
para não pecar contra ti.
Bendito sejas, Senhor!
Ensina-me as tuas leis.

Anuncio com os meus lábios
todos os decretos da tua boca.
Alegro-me mais em seguir as tuas ordens,
do que em possuir qualquer riqueza.



Marcos 6,30-34.


Naquele tempo, os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer.
Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ove-lhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac, o Sírio (século VII), monge perto de Mossul, santo das Igrejas ortodoxas
Discursos ascéticos, 1ª série, nº 60

«Encheu-Se de piedade para com eles»

Não chames a Deus simplesmente justo. Porque não é em relação ao que tu
fazes que Ele revela a Sua justiça. Se David Lhe chama justo e recto (cf.
Sl 32,5), o Seu Filho revelou-nos que Ele é sobretudo bom e manso: «é bom
até para os ingratos e os maus.» (Lc 6,35). [...] Onde está a justiça de
Deus? Não será em que «quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu
por nós»? (Rm 5,8) E, se Deus Se mostra compassivo aqui na terra,
acreditemos que Ele o é desde toda a eternidade.


Longe de nós esse pensamento injusto de que Deus não Se compadece. O
próprio ser de Deus não muda, como mudam os seres que morrem [...]; nada
falta nem nada se acrescenta ao que Ele tem, como acontece às criaturas.
Mas esta compaixão que Deus tem desde o início tê-la-á sempre, para a
eternidade. [...] Como disse o bem-aventurado Cirilo, no seu comentário do
Génesis, venera a Deus por amor e não por causa desse duro nome de justiça
que Lhe impuseram. Ama-O como Ele deve ser amado: não pela recompensa que
Ele te dará, mas pelo que recebemos, por este mundo que Ele criou para nos
oferecer. Quem poderá dar-Lhe seja o que for em retribuição pelo que Ele
fez por nós? Entre as nossas obras, que Lhe poderíamos oferecer? No início,
quem O persuadiu a criar-nos? E quem Lhe reza por nós, quando não O
reconhecemos? Que admirável é a compaixão de Deus! Que maravilha é a graça
de Deus, nosso criador! [...] Quem poderá dizer a Sua glória?




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