quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 17 de Fevereiro de 2012
Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum

Santos Fundadores da Ordem dos Servitas, século XIV,  Beato Lucas Belludi, religioso, presbítero, +1285



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la.»

Leituras

Tiago 2,14-24.26.


Meus irmãos: De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo?
Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano,
e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?
Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta.
Mais ainda: poderá alguém alegar sensatamente: «Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé.
Tu crês que há um só Deus? Fazes bem. Também o crêem os demónios, mas enchem-se de terror.»
Queres tu saber, ó homem insensato, como é que a fé sem obras é estéril?
Não foi porventura pelas obras que Abraão, nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaac?
Repara que a fé cooperava com as suas obras e que, pelas obras, a sua fé se tornou perfeita.
E assim se cumpriu a Escritura que diz: Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe contado como justiça, e foi chamado amigo de Deus.
Vedes, pois, como o homem fica justificado pelas obras e não somente pela fé.
Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta.


Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6.


Feliz o homem que teme o Senhor
e se compraz nos seus mandamentos.  
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
e bendita, a geração dos justos.  

Haverá na sua casa abundância e riqueza
e a sua prosperidade durará para sempre.
Brilha para os homens rectos como luz nas trevas:
ele é piedoso, clemente e compassivo.

Feliz o homem que se compadece e empresta
e administra os seus bens com justiça.  
Este jamais sucumbirá.
O justo deixará memória eterna.



Marcos 8,34-38.9,1.


Naquele tempo, Jesus chamou a multidão com os seus discípulos e disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?
Ou que pode o homem dar em troca da sua vida?
Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.»
Disse-lhes também: «Em verdade vos digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o Reino de Deus chegar em todo o seu poder.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Encíclica « Deus caritas est », 5-6 (trad. © Liberia Editrice Vaticana)

«Quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la.»

O modo de exaltar o corpo a que assistimos hoje é enganador. [...] Na
realidade, para o homem, isto não constitui propriamente uma grande
afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e a
sexualidade como a parte meramente material de si mesmo, a usar e explorar
com proveito. [...] A fé cristã sempre considerou o homem como um ser
unidual, em que espírito e matéria se compenetram mutuamente,
experimentando ambos, precisamente desta forma, uma nova nobreza. Sim, o
eros quer-nos elevar «em êxtase» para o Divino, conduzir-nos para além de
nós próprios, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, de renúncias,
de purificações e de saneamentos.


Concretamente como se deve configurar este caminho de ascese e purificação?
Como deve ser vivido o amor, para que se realize plenamente a sua promessa
humana e divina? [...] A «agapê» tornou-se o termo característico para a
concepção bíblica do amor. [...] Este vocábulo exprime a experiência do
amor que se torna verdadeiramente descoberta do outro. [...] Agora, o amor
torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não
busca a imersão no inebriamento da felicidade; procura, ao invés, o bem do
amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, mais ainda,
procura-o. [...]


Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de
inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si
mesmo para a sua libertação no dom de si [...], para o reencontro de si
mesmo, mais ainda, para a descoberta de Deus: «Quem procurar salvaguardar a
vida, perdê-la-á, e quem a perder, conservá-la-á» (Lc 17, 33). [...] Assim
descreve Jesus o Seu caminho pessoal, que O conduz, através da cruz, à
ressurreição: o caminho do grão de trigo que cai na terra e morre e assim
dá muito fruto. Mas, partindo do centro do Seu sacrifício pessoal e do amor
que aí alcança a sua plenitude, descreve também a essência do amor e da
existência humana em geral.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org