quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 23 de Fevereiro de 2012
Quinta-feira depois das Cinzas

S. Policarpo, bispo, mártir, +155,  Beata Rafaela Ibarra, leiga, fundadora, +1900



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João XXIII : Tome a sua cruz, dia após dia

Leituras

Deut. 30,15-20.


Moisés falou de novo ao povo, dizendo: «Repara que coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal.
Assim, ordeno-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos, que guardes os seus mandamentos, preceitos e sentenças. Assim viverás, multiplicar-te-ás e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra em que vais entrar para dela tomar posse.
Mas se o teu coração se desviar e não escutares, se te deixares arrastar e adorares deuses estranhos e os servires,
declaro-vos hoje que, sem dúvida, morrereis; os vossos dias não se prolongarão na terra na qual ides entrar, passando o Jordão, para dela tomar posse.»
«Tomo hoje por testemunhas contra vós o céu e a terra; ponho diante de vós a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe a vida para viveres, tu e a tua descendência,
amando o Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a Ele, porque Ele é a tua vida e prolongará os teus dias para habitares na terra, que o Senhor jurou que havia de dar a teus pais, Abraão, Isaac e Jacob.»


Salmos 1,1-2.3.4.6.


Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,  
antes põe o seu enlevo na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como a árvore plantada à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.

Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
O Senhor conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.



Lucas 9,22-25.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»
Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me.
Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa
Diário da alma, 1930, retiro em Rusciuk

Tome a sua cruz, dia após dia

O amor da cruz do meu Senhor atrai-me cada vez mais nestes dias. Ó Jesus
bendito, que isto não seja um fogo inútil, que se apague com a primeira
chuva, mas um incêndio que arda sempre sem nunca se consumir. Nestes dias
encontrei outra bela oração, que corresponde perfeitamente à minha situação
actual [...]: Ó Jesus, meu amor crucificado, adoro-Te em todas as Tuas
penas. [...] Abraço de todo o coração, por Teu amor, todas as cruzes de
corpo e de espírito que me sobrevierem. E faço profissão de pôr toda a
minha glória, o meu tesouro e a minha alegria na Tua cruz, ou seja, nas
humilhações e nos sofrimentos, dizendo com São Paulo: 'Quanto a mim, não me
glorie, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo' (Gal 6, 14). Não
quero para mim outro paraíso neste mundo que não seja a cruz do meu Senhor
Jesus Cristo. [...] Tudo me convence de que o Senhor me quer todo para Si,
pelo caminho real da cruz. Por este caminho, e não por outro, desejo
avançar. [...]Uma nota característica deste retiro espiritual tem sido uma
grande paz e alegria interior, que me encoraja a oferecer-me ao Senhor, em
ordem a qualquer sacrifício que Ele queira pedir-me. Desejo que esta
tranquilidade e esta alegria penetrem cada vez mais, por dentro e por fora,
toda a minha pessoa e toda a minha vida. [...] Terei muito cuidado na
guarda deste gozo interior e exterior. [...] Para mim, deve ser um convite
perene a imagem de São Francisco de Sales que, entre outras, gosto de
repetir: eu sou como um passarinho que canta num bosque de espinhos. Assim,
pois, poucas confidências sobre o que possa fazer-me sofrer. Muita
discrição e indulgência no meu juízo acerca das pessoas e das situações;
inclinação para orar especialmente por quem for para mim motivo de
sofrimento; e, em tudo, grande bondade e paciência sem limites,
lembrando-me de que qualquer outro sentimento [...] não está de acordo com
o espírito do Evangelho nem da perfeição evangélica. Prefiro ser
considerado um pobre homem, desde que, a qualquer preço, faça triunfar a
caridade. Deixar-me-ei esmagar, mas quero ser paciente e bom até ao
heroísmo.




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