sábado, 25 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 26 de Fevereiro de 2012
1º Domingo da Quaresma - Ano B

Primeiro Domingo da Quaresma (semana I do saltério)
S. Porfírio de Gaza, bispo, +420,  Santo Alexandre, bispo, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes : «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo»

Leituras

Gén. 9,8-15.


Deus disse a Noé e a seus filhos:
«Vou estabelecer a minha aliança convosco, com a vossa descendência futura
e com os demais seres vivos que vos rodeiam: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, todos aqueles que saíram da arca.
Estabeleço convosco esta aliança: não mais criatura alguma será exterminada pelas águas do dilúvio e não haverá jamais outro dilúvio para destruir a Terra.»
E Deus acrescentou: «Este é o sinal da aliança que faço convosco, com todos os seres vivos que vos rodeiam e com as demais gerações futuras:
coloquei o meu arco nas nuvens, para que seja o sinal da aliança entre mim e a Terra.
Quando cobrir a Terra de nuvens e aparecer o arco nas nuvens,
recordar-me-ei da aliança que firmei convosco e com todos os seres vivos da Terra, e as águas do dilúvio não voltarão mais a destruir todas as criaturas.


Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.


Mostra-me, Senhor, os teus caminhos  
e ensina-me as tuas veredas.  
  
Dirige-me na tua verdade e ensina-me,  
porque Tu és o Deus meu salvador.  


Lembra-te, Senhor, da tua compaixão
e do teu amor, pois eles existem desde sempre.  
Lembra-te de mim, Senhor,  
pelo teu amor e pela tua bondade.  

  
O Senhor é bom e justo;  
ensina o caminho aos pecadores,  
guia os humildes na justiça  
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.  



1 Pedro 3,18-22.


Caríssimos: Cristo padeceu pelos pecados, de uma vez para sempre –o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morto na carne, mas vivificado no espírito.
Foi então que foi pregar também aos espíritos cativos,
outrora incrédulos, no tempo em que, nos dias de Noé, Deus os esperava pacientemente enquanto se construía a Arca; nela poucas pessoas – oito apenas – se salvaram por meio da água.
Isto era uma figura do baptismo, que agora vos salva, não por limpar impurezas do corpo, mas pelo compromisso com Deus de uma consciência honrada, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo,
que, tendo subido ao Céu, está sentado à direita de Deus, e a Ele se submeteram Anjos, Dominações e Potestades.


Marcos 1,12-15.


Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
E ficou no deserto quarenta dias. Era tentado por Satanás, estava entre as feras e os anjos serviam-no.
Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o Evangelho de Deus,
dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário sobre o Cântico dos Cânticos, III, 27-33

«Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo»

A vida dos mortais está cheia de armadilhas que nos fazem tropeçar, está
cheia de redes de enganos [...]. E como o inimigo teceu essas redes por
todo o lado, e nelas apanhou quase todos os homens, era necessário que
aparecesse Alguém mais forte para as dominar, as romper, e para trilhar o
rumo àqueles que O seguissem. Eis porque, antes de vir unir-se à Igreja
como Sua esposa, também o Salvador foi tentado pelo diabo. [...] Ensinava
desta maneira à Igreja que não seria por ociosidade e prazer, mas através
de provações e tentações, que ela haveria de chegar a Cristo.


Mais ninguém poderia, de facto, triunfar daquelas teias. Porque «todos
pecaram», como está escrito (Rm 3, 23) [...]; Nosso Senhor e Salvador Jesus
foi o único que «não cometeu pecado» (1Pe 2,22). Mas o Pai «O fez pecado
por nós» (2Co 5,21). [...] «De facto, Deus fez o que era impossível à Lei,
por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o Seu próprio Filho, em
carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado,
condenou o pecado na carne» (Rm 8,3). Jesus entrou portanto naquelas teias,
mas foi o único a não ficar nelas enleado. Mais ainda, tendo-as rompido e
rasgado, deu confiança à Igreja, de tal forma que ela ousou, a partir de
então, calcar aos pés as armadilhas, libertar-se das teias, e dizer cheia
de alegria: «A nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores;
rompeu-se o laço e nós libertámo-nos» (Sl 123,7).


Também Ele sucumbiu à morte, mas voluntariamente e não, como nós, pela
sujeição do pecado. Porque Ele foi o único a ter sido libertado de «entre
os mortos» (Sl 87,6, LXX). E porque estava livre entre os mortos, venceu
«aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo» (Heb 2,14) e levou-lhe
os «cativos em cativeiro» (Ef 4,8) que estavam prisioneiros na morte. Não
só Ele próprio ressuscitou dos mortos, como, simultaneamente, «nos
ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo» (Ef 2,5ss); «ao subir
às alturas, levou cativos em cativeiro» (Ef 4,8).




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