terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 29 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

S. Gregório de Narek, religioso, +1010



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : O sinal de Jonas

Leituras

Jonas 3,1-10.


A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos:
«Levanta-te e vai a Nínive, à grande cidade e apregoa nela o que Eu te ordenar.»
Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma cidade imensamente grande, e eram precisos três dias para a percorrer.
Jonas entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída.»
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor.
A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não sejam levados a pastar nem bebam água.
Os homens e animais cubram-se de roupas grosseiras, e clamem a Deus com força; converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
Quem sabe se Deus não se arrependerá e acalmará o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos?»
Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez.


Salmos 51(50),3-4.12-13.18-19.


Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!

Não te comprazes nos sacrifícios
nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito;
ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.



Lucas 11,29-32.


Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas.
Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão!
Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 37; PL 52, 304-306

O sinal de Jonas

Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do
Salvador. [...] Jonas desceu a Jafa para apanhar um barco com destino a
Tarsis [...]; o Senhor desceu do céu à terra, a divindade à humanidade, a
Potestade soberana desceu até à nossa miséria [...], para embarcar no navio
da Sua Igreja [...].


É o próprio Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar: «Pegai em mim
e lançai-me ao mar»; anuncia, assim, a paixão voluntária do Senhor. Quando
a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas
mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a
apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui
prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da Sua livre
iniciativa. Escutai-O: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço
livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10,18)
[...]


Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o
profeta, sente a força do Criador [...] e oferece com medo, a este viajante
vindo do alto, a permanência nas suas entranhas. [...] E, três dias depois,
[...] dá-o à luz, para o dar aos pagãos. [...] Foi este o sinal, o único
sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (Mt 12,39),
para lhes fazer compreender que a glória que esperavam lhes viesse de
Cristo iria também voltar-se para os pagãos: os ninivitas são o símbolo das
nações que creram n'Ele. [...] Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós
veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a Sua verdade, Aquele
que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.




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