terça-feira, 6 de março de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 07 de Março de 2012
Quarta-feira da 2ª semana da Quaresma

Santas Perpétua e Felicidade, mártires, +203,  S. Pedro Sukeyiro, terceiro franciscano, mártir, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Tito Brandsma : «Vamos subir a Jerusalém»

Leituras

Jer. 18,18-20.


Os inimigos de Jeremias disseram entre si: «Vinde e tramemos uma conspiração contra Jeremias, porque não nos faltará a lei se faltar um sacerdote, nem o conselho se faltar um sábio, nem a palavra divina por falta de um profeta! Vinde, vamos difamá-lo, e não prestemos atenção às suas palavras!»
Senhor, ouve-me! Escuta o que dizem os meus adversários.
É assim que se paga o bem com o mal? Abriram uma cova para me tirarem a vida. Lembra-te de que me apresentei diante de ti, a fim de interceder por eles e afastar deles a tua cólera.


Salmos 31(30),5-6.14.15-16.


Livra-me da cilada que me armaram,
porque Tu és o meu refúgio.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito;
Senhor, Deus fiel, salva-me.

Na verdade, ouvi os gritos da multidão;
o terror envolveu-me,
porque conspiraram contra mim
e decidiram tirar me a vida.

Mas eu confio em ti, Senhor;
e digo: "Tu és o meu Deus.
O meu destino está nas tuas mãos;
livra-me dos meus inimigos e perseguidores.



Mateus 20,17-28.


Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e disse-lhes:
«Vamos subir a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, que o vão condenar à morte.
Hão-de entregá-lo aos pagãos, que o vão escarnecer, açoitar e crucificar. Mas Ele ressuscitará ao terceiro dia.»
Aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»
Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Tito Brandsma, mártir, carmelita holandês (1881-1942)
A Mística do sofrimento

«Vamos subir a Jerusalém»

Jesus declarou-Se cabeça do Corpo místico, de que nós somos os membros. A
vinha é Ele; os sarmentos somos nós (Jo 15,5). Ele estendeu-Se no lagar e
começou a pisar as uvas; deu-nos assim o vinho para que, ao bebê-lo,
pudéssemos viver a partir da Sua vida e partilhar dos Seus sofrimentos. «Se
alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia
e siga-Me. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eu
sou o Caminho. Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós
façais também» (Lc 9,23; Jo 8,12; 14,6; 13,15). E como os próprios
discípulos não compreendiam que o seu caminho deveria ser de sofrimento,
Ele explicou-lho, dizendo: «Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para
entrar na Sua glória?» (Lc 24,26)


Então, o coração dos discípulos ardeu (v. 32). A Palavra de Deus
inflamou-os. E, quando o Espírito Santo desceu sobre eles como chama divina
para os abrasar (Act 2), ficaram cheios de alegria por terem sofrido
desprezos e perseguições (Act 5,41), pois assim assemelhavam-se Àquele que
os tinha precedido no caminho do sofrimento. Os profetas já tinham
anunciado este caminho de sofrimento de Cristo e os discípulos
compreenderam, por fim, que Ele não o tinha evitado. Da manjedoura ao
suplício da cruz, a pobreza e a falta de compreensão tinham sido o Seu
quinhão. Ele tinha passado a Sua vida a ensinar aos homens que o olhar de
Deus sobre o sofrimento, a pobreza e a falta de compreensão dos homens é
diferente da vã sabedoria deste mundo (cf. 1Co 1,20). [...] Na cruz está a
salvação. Na cruz está a vitória. Deus assim quis.




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