segunda-feira, 12 de março de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 13 de Março de 2012
Terça-feira da 3ª semana da Quaresma

S. Salomão, mártir, +857,  S. Rodrigo, mártir, +857,  Santa Eufrásia, virgem, +412,  Santa Serafina, virgem, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Francisco de Sales : Perdoar ao nosso irmão de todo o nosso coração

Leituras

Dan. 3,25.34-43.


Naqueles dias, levantando-se no meio da fornalha ardente, Azarias fez esta prece:
Pelo teu nome, não nos abandones para sempre, não anules a aliança.
Não nos retires a tua misericórdia,em atenção a Abraão, teu amigo,a Isaac, teu servo,
aos quais prometeste multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu,e como a areia das praias do mar.
Senhor, estamos reduzidos a nada diante das nações,estamos hoje humilhados em face de toda a terra, por causa dos nossos pecados.
Agora não há nem príncipe,nem profeta, nem chefe,nem holocausto, nem sacrifício, nem oblação, nem incenso, nem um local para te oferecer as primícias e encontrar misericórdia.
Que pela contrição de coraçãoe humilhação de espírito,sejamos acolhidos, como se trouxéssemos holocaustos de carneiros e de touros e de milhares de cordeiros gordos.
Que este seja hoje diante de ti o nosso sacrifício; possa ele reconciliar-nos contigo,pois não têm que envergonhar-se aqueles que em ti confiam.
É de todo o coração que agora te seguimos,te veneramos e procuramos a tua face;não nos confundas.
Trata-nos com a tua doçura habitual e com todas as riquezas da tua misericórdia.
Livra-nos pelos teus prodígios e cobre de glória o teu nome, Senhor.


Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.


Mostra-me, Senhor, os teus caminhos  
e ensina-me as tuas veredas.  
  
Dirige-me na tua verdade e ensina-me,  
porque Tu és o Deus meu Salvador.  



Lembra-te, Senhor, da tua compaixão
e do teu amor, pois eles existem desde sempre.  
Não recordes as minhas faltas e os pecados da minha juventude,
lembra-Te de mim segundo a tua clemência

  
O Senhor é bom e justo;  
ensina o caminho aos pecadores,  
guia os humildes na justiça  
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.  



Mateus 18,21-35.


Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.'
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!'
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.'
Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?'
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e doutor da Igreja
Sermão para a Sexta-Feira Santa, 25/03/1622

Perdoar ao nosso irmão de todo o nosso coração

A primeira palavra que Nosso Senhor pronunciou sobre a cruz foi uma oração
por quem O crucificava, fazendo o que diz este texto de São Paulo «Nos dias
da Sua vida terrena, apresentou orações e súplicas» (Heb 5,7). Certamente
que aqueles que crucificaram o Nosso divino Salvador não O conheciam [...],
porque se O tivessem conhecido não O teriam crucificado (1Co 2,8). Por
conseguinte, Nosso Senhor, vendo a ignorância e a fraqueza daqueles que O
torturavam, começou a desculpá-los e ofereceu por eles esse sacrifício ao
Seu Pai Celeste, porque a oração é um sacrifício [...]: «Perdoa-lhes, Pai,
porque não sabem o que fazem.» (Lc 23,34). Tão grande era a chama de amor
que ardia no coração do nosso manso Salvador, que na mais suprema das Suas
dores, no momento onde a intensidade dos tormentos parecia impedi-Lo de
rezar por Si, pela força do Seu amor, esquece-Se de Si próprio, mas não das
Suas criaturas. [...]


Com isso desejava que compreendêssemos que o amor que nos tem não pode ser
enfraquecido por nenhum tipo de sofrimento, e ensinar-nos qual o dever do
nosso coração para com o nosso próximo. [...]


Ora, o Divino Senhor que Se empenhou em pedir perdão para os homens foi
certamente ouvido e o Seu pedido atendido, porque Seu divino Pai não podia
recusar-Lhe nada que Ele Lhe pedisse.




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