domingo, 18 de março de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 19 de Março de 2012
S. JOSÉ, esposo da Virgem Santa Maria, padroeiro da Igreja universal - solenidade

S. José, esposo da Virgem Maria, Solenidade (ofício próprio)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Claude la Colombière : «Não temas receber Maria, tua esposa»

Leituras

2 Sam. 7,4-5a.12-14a.16.


Naqueles dias, o Senhor falou a Natan, dizendo:  
«Vai dizer ao meu servo David: Diz o Senhor: "És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar?
Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, manterei depois de ti a descendência que nascerá de ti e consolidarei o seu reino.
Ele construirá um templo ao meu nome, e Eu firmarei para sempre o seu trono régio.
Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta, hei-de corrigi-lo com varas e com açoites, como fazem os homens,
A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de mim, e o teu trono estará firme para sempre".»


Salmos 89(88),2-3.4-5.27.29.


Hei de cantar para sempre o amor do Senhor;
a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre,
e que a tua fidelidade é eterna como o céu.
"Fiz uma aliança com o meu eleito,
jurei a David, meu servo:

'Estabelecerei a tua descendência para sempre
e o teu trono há-de manter-se eternamente'."
Ele me invocará, dizendo: 'Tu és meu pai,
és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!'
Hei-de assegurar lhe para sempre o meu favor
e a minha aliança com ele há-de manter-se firme.



Romanos 4,13.16-18.22.


Irmãos: Não foi em virtude da Lei, mas da justiça obtida pela fé que a Abraão, ou à sua descendência, foi feita a promessa de que havia de receber o mundo em herança.
Por isso, é da fé que depende a herança. Só assim é que esta é gratuita, de tal modo que a promessa se mantém válida para todos os descendentes: não apenas para aqueles que o são em virtude da Lei, mas também para os que o são em virtude da fé de Abraão, pai de todos nós,
conforme o que está escrito: Fiz de ti o pai de muitos povos. Pai diante daquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe.
Foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.


Mateus 1,16.18-21.24a.


Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Claude la Colombière (1641-1682), jesuíta
1º Panegírico de São José

«Não temas receber Maria, tua esposa»

Sabemos muito pouco da vida de S. José. O Evangelho não relata mais do que
dois ou três factos; e um autor antigo observou que não se encontra nele
nenhuma palavra sua. Talvez que [...] o Espírito Santo quisesse com isso
assinalar o silêncio e a humildade de São José, o seu amor pela solidão e a
vida escondida. Seja como for, perdemos muito com isso. Se o Senhor tivesse
permitido que soubéssemos detalhes da vida deste grande santo, com certeza
que se teriam encontrado belos exemplos, belas regras, sobretudo para quem
vive no estado de casado. [...]


Toda a vida de São José se pode dividir em duas partes: a primeira é a que
precedeu o seu casamento; a segunda é a que se lhe segue. Não sabemos
absolutamente nada da primeira e da segunda sabemos muito pouco. Afirmo no
entanto que ambas foram muito santas: a primeira porque foi coroada por
casamento tão vantajoso; a segunda foi ainda mais santa porque toda ela se
passou neste casamento. [...]


Que proveito deve São José ter tirado dos muitos anos de diálogo que
manteve quase continuamente com a Santa Virgem! [...] Não tenho qualquer
dúvida de que o próprio silêncio de Maria foi extremamente edificante e de
que só olhar para ela era suficiente para ele se sentir levado a amar Deus
e a desprezar tudo o resto. Mas quais não seriam os discursos de uma alma
onde o Santo Espírito habitava, onde Deus tinha derramado uma plenitude de
graças, que Lhe tinha mais amor que todos os serafins juntos! Que fogo não
sairia desta boca quando ela se abria para exprimir os sentimentos do seu
coração! Que frialdades, que gelos este fogo não teria dissipado! E que
efeito não teria ele tido em José, que já tinha uma tão grande disposição a
ser inflamado! [...] Este grande fogo, capaz de abrasar toda a terra, teve
só o coração de José para acalorar e consumir durante muitos anos. [...] Se
Ela acreditou que o coração de São José era uma parte do seu, que cuidados
não terá tido em o inflamar do amor de Deus!




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