segunda-feira, 26 de março de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 27 de Março de 2012
Terça-feira da 5ª semana da Quaresma

S. João do Egipto, eremita, +374,  S. João Damasceno, presbítero, Doutor da Igreja, +749,  Santo Alexandre, patriarca de Alexandria, +326,  Santo Alberto Chmielowski, religioso, fundador, +1916



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim : «Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do homem, então ficareis a saber que Eu sou»

Leituras

Núm. 21,4-9.


Naqueles dias, os filhos de Israel partiram do monte Hor para o mar Vermelho, contornando a terra de Edom.  
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.


Salmos 102(101),2-3.16-18.19-21.


Senhor, escuta a minha oração
e chegue junto de ti o meu clamor!
Não me ocultes o teu rosto
no dia da aflição.
Inclina para mim o teu ouvido;
no dia em que te invocar,
responde-me sem demora

Os povos honrarão, Senhor, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória, 
há-de voltar-se para a oração do indigente
e não desprezará as suas súplicas.

Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras,
e os que hão-de nascer louvarão o Senhor.  
Senhor observa do alto do seu santuário;
lá do céu, Ele olha para a terra,
para escutar os gemidos dos cativos
e livrar os condenados à morte.  








João 8,21-30.


Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: «Eu vou-me embora: vós haveis de procurar-me, mas morrereis no vosso pecado. Vós não podereis ir para onde Eu vou.»
Então, os judeus comentavam: «Será que Ele se vai suicidar, dado que está a dizer: 'Vós não podeis ir para onde Eu vou'?»
Mas Ele acrescentou: «Vós sois cá de baixo; Eu sou lá de cima! Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo.
Já vos disse que morrereis nos vossos pecados. De facto, se não crerdes que Eu sou o que sou, morrereis nos vossos pecados.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem és Tu, afinal?» Disse-lhes Jesus: «Absolutamente aquilo que já vos estou a dizer!
Tenho muitas coisas que dizer e que julgar a vosso respeito; mas do que falo ao mundo é do que ouvi àquele que me enviou, e que é verdadeiro.»
Eles não perceberam que lhes falava do Pai.
Disse-lhes, pois, Jesus: «Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então ficareis a saber que Eu sou o que sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou.
E aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada.»
Quando expunha estas coisas, muitos creram nele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão CC 57; PL 57, 339

«Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do homem, então ficareis a saber que Eu sou»

Cristo nosso Senhor foi crucificado para libertar a humanidade do naufrágio
deste mundo [...]. No Antigo Testamento, Moisés tinha erigido, no meio dos
hebreus que morriam, uma serpente de bronze amarrada a uma estaca, instando
o povo a pôr a sua esperança de cura neste sinal (Nm 21,6 s), do qual
retirou remédio de tal poder contra as picadas das serpentes, que o ferido,
voltando-se para a serpente em cruz, se enchia de esperança e recuperava
rapidamente a saúde. O Senhor não deixa de recordar este episódio no
Evangelho quando diz: «Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto,
assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto» (Jo
3,14). [...]


A serpente é pois a primeira a ser crucificada, e é-o por Moisés. É justo
que assim seja, já que o diabo foi o primeiro a pecar aos olhos do Senhor
(Gn 3). [...] Ela é crucificada numa vara, o que é justo, dado que o homem
foi enganado por via da árvore do desejo; doravante, é salvo por uma vara
pregada a outra árvore. [...] Depois da serpente, foi o homem que foi
crucificado no Salvador, sem dúvida para punir, não só o responsável, mas
também o crime. A primeira cruz vinga a serpente, a segunda o seu veneno
[...]: o veneno que a sua persuasão incutiu no homem foi rejeitado e
sanado. [...] Eis o que o Senhor fez com a Sua natureza humana: Ele o
inocente, sofreu; n'Ele a desobediência, causada pela famosa mentira do
diabo, foi corrigida; libertado da sua culpa, o homem foi libertado da
morte.


Uma vez que temos como Senhor aquele Jesus que nos libertou pela Sua
Paixão, mantenhamos permanentemente os olhos fixos n'Ele, na esperança de
encontrarmos neste sinal a cura para as nossas feridas. Se o veneno da
avareza se espalhou dentro de nós, olhemos para a cruz, ela nos livrará; se
o desejo, esse escorpião, nos corrói, imploremos-lhe e ela curar-nos-á; se
as mordeduras dos pensamentos deste mundo nos dilaceraram, oremos e
viveremos. Estas são as serpentes espirituais da nossa alma: o Senhor foi
crucificado para as espezinhar. Ele mesmo diz: «Olhai que vos dou poder
para pisar aos pés serpentes e escorpiões, nada vos poderá causar dano» (Lc
10,9).




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