terça-feira, 3 de abril de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 04 de Abril de 2012
4a-FEIRA DA SEMANA SANTA

Santo Isidoro de Sevilha, bispo, Doutor da Igreja, +636



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : Deus tira do mal o bem e da injustiça a justiça

Leituras

Is. 50,4-9a.


«O Senhor Deus ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos.
O Senhor DEUS abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei.
Aos que me batiam apresentei as espáduas, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam.
Mas o Senhor DEUS veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado.
O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo? Compareçamos juntos diante do juiz! Apresente-se quem tiver qualquer coisa contra mim.
O Senhor DEUS vem em meu auxílio; quem ousará condenar-me? Cairão todos esfrangalhados, como roupa velha, roída pela traça.»


Salmos 69(68),8-10.21bcd-22.31.33-34.


Por causa de ti, tenho sofrido insultos,
o meu rosto cobriu-se de vergonha.
Tornei-me um estranho para os meus irmãos,
um desconhecido para os filhos de minha mãe.
O zelo da tua casa me consome;
os insultos dos que te ultrajam caíram sobre mim.


O insulto despedaçou me o coração, até desfalecer;
esperei compaixão, mas foi em vão;
nem encontrei quem me consolasse,
Deram-me fel, em vez de comida,
e vinagre, quando tive sede.

Louvarei, com cânticos, o nome de Deus;
hei de glorificá-lo com acções de graças.
Que os humildes vejam isto e se alegrem,
e os que buscam a Deus se encham de coragem,
O Senhor escuta os necessitados
e não despreza o seu povo cativo.  











Mateus 26,14-25.


Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes
e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.'»
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?»
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará.
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!»
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre o evangelho de João, n.° 27, § 10

Deus tira do mal o bem e da injustiça a justiça

«Não vos escolhi Eu a vós, os Doze? Contudo, um de vós é um diabo» (Jo
6,70). O Senhor devia dizer: «Escolhi onze de vós»; terá ele escolhido um
demónio, haveria um demónio entre os eleitos? [...] Diremos nós que, ao
escolher Judas, quis o Salvador cumprir através dele, contra sua vontade,
sem que ele soubesse, uma obra tão grande e tão boa? Isto é próprio de Deus
[...]: fazer que as más obras dos maus sirvam o bem [...]. O mau faz que
todas as boas obras de Deus sirvam o mal; o homem de bem, ao contrário, faz
que as más acções dos maus sirvam o bem. Haverá alguém tão bom quanto o
Deus único? O próprio Senhor diz: «Ninguém é bom senão um só: Deus» (Mc
10,18) [...]


Haverá quem seja  pior do que Judas? De entre os discípulos do Mestre, de
entre os Doze, foi ele o escolhido para guardar a bolsa e prover aos pobres
(Jo 13,29). Mas depois de tal dom, é ele quem recebe dinheiro para entregar
Aquele que é a Vida (Mt 26,15); perseguiu como inimigo Aquele a Quem tinha
seguido como discípulo [...]. Mas o Senhor fez que tão grande crime
servisse o bem. Aceitou ser traído para nos resgatar: eis como o crime de
Judas se transmuta em bem.


Quantos mártires terá Satanás perseguido? Mas, se não o tivesse feito, não
celebraríamos hoje o triunfo daqueles [...]. O mau não pode contrariar a
bondade de Deus. Ainda que Satanás seja um artesão do mal, o supremo
Artesão não permitiria a existência do mal se não soubesse servir-Se dele
para que tudo concorra para o bem.




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Ressuscitou : não está aqui !

No dia da Ascensão, Jesus ordenou aos seus discípulos que fossem e anunciassem a Boa Nova, o Evangelho – conforme a palavra grega que a Bíblia utiliza. Eis o que nós fazemos, com este serviço espalhado por todo o mundo e utilizando todos os meios que a tecnologia da informação põe ao nosso alcance.

Mas que Boa Nova é essa? Qual é o seu cerne?

O texto evangélico que será proclamado na vigília pascal dá-nos a resposta: «Ressuscitou: não está aqui!» (Mc 18,6). Com efeito, «se (como diz S. Paulo) Cristo não tivesse ressuscitado, então a nossa pregação seria vã, vã também a nossa fé… e nós seríamos falsas testemunhas de Deus» (1 Co 15,14-15).

Durante quarenta dias, preparámo-nos para viver mais uma vez esta «Boa Nova», não como uma proclamação litúrgica mas como uma verdadeira «novidade», capaz de mudar as nossas vidas. Os textos que escutamos durante o tríduo pascal mostram-nos um Jesus amando sem limites e sofrendo na sua carne até ao aniquilamento total. É esse mesmo Jesus que aparecerá a Maria Madalena e aos apóstolos, vitorioso, ressuscitado, Senhor.

«Disso nós somos testemunhas», dirão os apóstolos (At 3,15). Que Deus nos conceda a graça de o podermos dizer também a nós próprios, aos nossos parentes, aos nossos vizinhos, «a toda a criatura» (Mc 16.15).

Com os votos de uma Santa e Feliz Páscoa

A equipa Evangelizo de língua portuguesa