quarta-feira, 4 de abril de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 05 de Abril de 2012
5a-FEIRA DA SEMANA SANTA. Missa vespertina da Ceia do Senhor

Ceia do Senhor
S. Vicente Ferrer, presbítero, +1419,  Santa Irene, virgem, séc. IV



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Catarina de Siena : «Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também»

Leituras

Ex. 12,1-8.11-14.


Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa.
Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer.
O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos.
Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo.
Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá.
Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor.
E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor.
E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto.
Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.


Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.


Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo? 
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. 

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou teu servo, filho da tua serva;
quebraste as minhas cadeias.  

Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor,
invocando, Senhor, o teu nome. 
Cumprirei as minhas promessas feitas ao Senhor
na presença de todo o seu povo. 








1 Cor. 11,23-26.


Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão
e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim».
Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.»
Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.


João 13,1-15.


Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.
O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar.
Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.
Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.
Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?»
Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois.»
Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.»
Disse-lhe, então, Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!»
Respondeu-lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos.»
Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: 'Nem todos estais limpos'.
Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou.
Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Catarina de Siena (1347-1380), terceira dominicana, Doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Carta 52

«Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também»

«Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa antes de padecer»
(Lc 22,15). Recordando estas palavras do nosso Salvador, se me perguntassem
qual é a Páscoa que eu desejo ter convosco, responder-vos-ia: não há outra
Páscoa que não a do Cordeiro imolado, a que Ele fez de Si mesmo quando Se
entregou aos Seus amados discípulos. Oh doce cordeiro pascal, preparado
pelo fogo do amor de Deus na Sua santíssima cruz! Alimento divino, fonte de
alegria, de deleite e de consolo! Nada nos falta, uma vez que para os Teus
servos Te fizeste mesa, alimento e servo. [...] O Verbo, o Filho único de
Deus, deu-Se a nós com um grande fogo de amor.


Quem nos apresenta esta Páscoa hoje? O servo Espírito Santo. Por causa do
amor desmesurado que tem por nós, Ele não se contentou em fazer-nos servir
por outros, é Ele mesmo que quer ser o nosso servo. É nesta mesa que a
minha alma deseja estar [...] para comer a Páscoa antes de morrer. [...]


Sabei que é bom que nos apresentemos nesta mesa simultaneamente despojados
e vestidos: despojados de todo o egoísmo, de toda a atracção pelo mundo, de
toda a negligência e de toda a tristeza [...] – porque uma má tristeza
definha a alma – e envolvidos na caridade ardente de Cristo. [...] Quando a
alma contempla o seu criador e a bondade infinita que encontra n'Ele, não
pode deixar de O amar. [...] De imediato ama aquilo que Deus ama e detesta
o que Lhe desagrada, porque Ele Se despojou de Si mesmo por amor. [...] Por
causa da Sua fome pela nossa salvação e pela honra de Seu Pai, Cristo
humilhou-Se e sujeitou-Se a uma morte ignominiosa na cruz, embriagado de
amor e apaixonado por nós. Esta é a Páscoa que eu desejo celebrar.




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