sexta-feira, 6 de abril de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 07 de Abril de 2012
Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL

Vigília Pascal
S. João Baptista de la Salle, presbítero, fundador, +1719,  S. Pedro Nguyen Van Luu, presbítero, mártir, +1861



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cromácio de Aquileia : «Eis que renovo todas as coisas» (Ap 21,5)

Leituras

Ex. 14,15-31.15,1a.


Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel e manda-os partir.
E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca.
E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros,
e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»
O anjo de Deus, que caminhava à frente do acampamento de Israel, levantou-se, partiu e passou a caminhar atrás deles. E a coluna de nuvem levantou-se de diante deles e colocou-se atrás deles.
Veio colocar-se entre o acampamento do Egipto e o acampamento de Israel. E houve nuvens e trevas, e iluminou-se a noite, e não se aproximaram um do outro toda a noite.
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se,
e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar.
E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios.
Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egipto.»
O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros.»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal, ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor desfez-se dos egípcios no meio do mar.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum.
Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar.
Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.


Ex. 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.


«Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande:
cavalo e cavaleiro lançou no mar.
Minha força e meu canto é o Senhor:
Ele foi para mim a salvação.

Ele é o meu deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico
O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome.
Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar  

Os seus combatentes escolhidos foram afundados  
no Mar dos Juncos.  
Cobrem-nos os abismos:
desceram às profundezas como uma pedra.  
A tua direita, Senhor, resplandeceu de força;
a tua direita, Senhor, apanhou o inimigo.  

Conduzistes com amor o povo que libertastes
e com o vosso poder  o levastes à vossa morada santa,
à morada segura que fizestes, senhor.  
O Senhor reinará eternamente e para sempre.»








Romanos 6,3-11.


Irmãos:Todos nós que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte.
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele.
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na vida que tem, vive para Deus.
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Marcos 16,1-7.


Depois de passar o sábado, Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram perfumes para ir embalsamá-lo.
De manhã, ao nascer do sol, muito cedo, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro.
Diziam entre si: «Quem nos irá tirar a pedra da entrada do sepulcro?»
Mas olharam e viram que a pedra tinha sido rolada para o lado; e era muito grande.
Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado à direita, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas.
Ele disse-lhes: «Não vos assusteis! Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou; não está aqui. Vede o lugar onde o tinham depositado.
Ide, pois, e dizei aos seus discípulos e a Pedro: 'Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá o vereis, como vos tinha dito'.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
Sermão 17, segundo para a Grande Noite

«Eis que renovo todas as coisas» (Ap 21,5)

O mundo inteiro, que celebra a vigília pascal durante toda esta noite,
testemunha a grandeza e a solenidade da mesma. E com razão: nesta noite a
morte foi vencida, a Vida está viva, Cristo ressuscitou dos mortos.
Outrora, Moisés dissera ao povo, a propósito desta Vida: «Sentireis a vossa
vida suspensa e tremereis noite e dia» (Dt 28,66). [...] Que aqui se trata
de Cristo Senhor, é Ele próprio que no-lo mostra no Evangelho, quando diz:
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). Ele diz-Se o caminho,
porque conduz ao Pai; a verdade, porque condena a mentira; e a vida, porque
comanda a morte [...]: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó
morte, o teu aguilhão?» (1Co 15,55) Porque a morte, que sempre fora
vitoriosa, foi vencida pela morte d'Aquele que a venceu. A Vida aceitou
morrer para desconcertar a morte. Da mesma forma que, ao nascer do dia, as
trevas desaparecem, assim foi a morte aniquilada, quando se ergueu a Vida
eterna. [...]


Eis, pois, o tempo pascal. Outrora, Moisés falou ao seu povo dizendo: «Este
mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos
meses do ano» (Ex 12,2). [...] O primeiro mês do ano não é, portanto,
Janeiro, em que tudo está morto, mas o tempo pascal, em que tudo retorna à
vida. Porque é agora que a erva dos prados, de certa forma, ressuscita da
morte, é agora que há flores nas árvores e que as vinhas têm rebentos, é
agora que o próprio ar parece feliz com o início dum novo ano. [...] Este
tempo pascal é, assim, o primeiro mês, o tempo novo [...] e, também neste
dia, o género humano é renovado. Pois hoje, no mundo inteiro, inumeráveis
povos ressuscitam, pela água do baptismo, para uma vida nova. [...] E nós,
que acreditamos que o tempo pascal é, na verdade, o ano novo, devemos
celebrar esse santo dia com toda a alegria e exultação e júbilo espiritual,
para podermos dizer, verdadeiramente, este refrão do salmo: «Este é o dia
da vitória do Senhor: cantemos e alegremo-nos nele!» (117,24).




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