terça-feira, 10 de abril de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 11 de Abril de 2012
4ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

Nossa Senhora dos Prazeres,  Santo Estanislau, bispo, mártir, +1097,  Santa Gema Galgani,  Beata Elena Guerra, virgem, +1914



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Leão Magno : «Então seus olhos abriram-se»«Então seus olhos abriram-se»

Leituras

Actos 3,1-10.


Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tarde.
Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola àqueles que entravam.
Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola.
Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: «Olha para nós.»
O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles.
Mas Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!»
E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os artelhos se lhe tornaram firmes.
De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.
Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus.
Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefactos com o que lhe acabava de suceder.


Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.


Louvai o Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.  
Cantai-lhe hinos e salmos,
proclamai as suas maravilhas.

Orgulhai-vos do seu nome santo;
alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Recorrei ao Senhor e ao seu poder
e buscai sempre a sua face.

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra.

Ele recordará sempre a sua aliança,
a promessa que jurou manter por mil gerações,  
o pacto que fez com Abraão
e aquele juramento que fez a Isaac.




  



Lucas 24,13-35.


Dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém;
e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho;
os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada
e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros,
que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Leão Magno (?-c. 461), Papa e Doutor da Igreja
Primeiro Sermão para a Ascensão

«Então seus olhos abriram-se»«Então seus olhos abriram-se»

Os dias que decorreram entre a ressurreição do Senhor e a Sua ascensão não
foram desprovidos de acontecimentos: houve grandes mistérios que foram
confirmados, grandes verdades que foram reveladas. Foi então que foi
abolido o medo amargo da morte e que foi manifestada a imortalidade, não
apenas da alma, mas também da carne. [...]


Naqueles dias, o Senhor junta-Se a dois discípulos e acompanha-os no
caminho; e, a fim de dissipar em nós todas as trevas da dúvida, censura
estes homens amedrontados pela sua lentidão em compreender. Os corações que
Ele ilumina vêem acender-se neles a chama da fé; estavam desalentados, e
enchem-se de ardor quando o Senhor os faz compreender as Escrituras. À
fracção do pão abrem-se os olhos dos que estão à mesa com Ele: vêem a
glorificação da sua natureza humana e sentem uma felicidade bem maior do
que os nossos primeiros pais, cujos olhos se abriram sobre a vergonha da
sua desobediência (Gn 3,7).


Como os discípulos permanecessem perturbados perante estas e outras
maravilhas, o Senhor apareceu no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja
convosco» (Lc 24,36, Jo 20,26). Para que não permanecessem nestes
pensamentos que os perturbavam, [...] revelou aos seus olhos hesitantes os
vestígios da cruz nas Suas mãos e nos Seus pés. [...] Deste modo, não seria
com uma fé hesitante, mas com convicção segura, que eles afirmariam que o
corpo que ia sentar-Se no trono de Deus Pai era efectivamente Aquele que
tinha descansado na sepultura. Eis o que a bondade de Deus ensinou tão
cuidadosamente durante o tempo que mediou entre a ressurreição e a
ascensão, eis o que mostrou aos olhos e ao coração dos Seus amigos: o
Senhor Jesus Cristo, que tinha nascido verdadeiramente, verdadeiramente
sofreu e morreu, e ressuscitou verdadeiramente.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org