domingo, 15 de abril de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2012
Segunda-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Bento José Labre, peregrino, +1783,  Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305,  Santa Bernadette, vidente de Lourdes



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Aquilo que nasce do Espírito é espírito»

Leituras

Actos 4,23-31.


Logo que foram postos em liberdade, foram ter com os seus e contaram-lhes tudo quanto os sumos sacerdotes e os anciãos lhes tinham dito.
Depois de tudo terem ouvido, ergueram a voz a Deus, numa só alma, e disseram: «Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o mar e tudo o que neles se encontra.
Tu disseste pelo Espírito Santo e pela boca do nosso pai David, teu servo: 'Porque bramiram as nações e os povos formaram vãos projectos?
Levantaram-se os reis da Terra e os chefes coligaram-se contra o Senhor e contra o seu Ungido.'
Sim, realmente, Herodes e Pôncio Pilatos coligaram-se nesta cidade com as nações e os povos de Israel, contra o teu Santo Servo Jesus, a quem ungiste,
para levarem a cabo tudo quanto determinaste antecipadamente, pelo teu poder e sabedoria.
Agora, Senhor, tem em conta as suas ameaças e concede aos teus servos poderem anunciar a tua palavra com todo o desassombro,
estendendo a tua mão para se operarem curas, milagres e prodígios, em nome do teu Santo Servo Jesus.»
Tinham acabado de orar, quando o lugar em que se encontravam reunidos estremeceu, e todos ficaram cheios do Espírito Santo, começando a anunciar a palavra de Deus com desassombro.


Salmos 2,1-3.4-6.7-9.


Porque se amotinam as nações e os povos fazem planos insensatos?
Revoltam se os reis da terra e os príncipes conspiram juntos contra o SENHOR e contra o seu ungido:
"Quebremos as algemas e atiremos para longe de nós o seu jugo!"

Aquele que habita nos céus sorri; o Senhor escarnece deles.
Depois, atemoriza os com a sua ira e com a sua cólera confunde os:
"Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo de Sião!"

Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.
Hás-de governá los com ceptro de ferro e destruí-los como um vaso de barro."



João 3,1-8.


Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus.
Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.»
Em resposta, Jesus declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.»
Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?»
Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito.
Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.'
O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja
A Subida do Monte Carmelo, livro 2, cap. 5

«Aquilo que nasce do Espírito é espírito»

Lemos em São João: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar
no Reino de Deus». Renascer perfeitamente do Espírito Santo nesta vida é
ter a alma muito parecida com Deus pela pureza, é não reter em si mesmo
nenhuma mistura de imperfeição. É assim que se pode realizar a pura
transformação da alma em Deus; ela participa da natureza de Deus pela sua
união com Ele, embora essa união não seja a união das naturezas essenciais
de ambos.


Para maior clareza, façamos uma comparação. Eis um raio de sol que cai
sobre um vidro. Se o vidro estiver obscurecido por uma mancha ou embaciado,
o raio não o poderá iluminar inteiramente nem transformá-lo totalmente na
sua luz, como aconteceria se ele estivesse perfeitamente límpido e livre de
toda a mancha. [...] A culpa não será do feixe de luz, mas do vidro. Se
este estivesse totalmente puro e livre de manchas, iluminá-lo-ia e
transformá-lo-ia de modo que pareceria ser o próprio raio de sol e daria a
mesma claridade que ele. Continua a ser verdade que o vidro, ainda que
muito parecido com o raio, manteria a sua natureza distinta. E, no entanto,
poderíamos dizer que o vidro se tornou raio de luz, por participação.


Passa-se o mesmo com a alma. Está constantemente a ser invadida pela luz do
ser de Deus, ou por outra, esta habita nela por natureza. Desde que
consinta em desfazer-se das névoas e das manchas que os objectos criados
nela imprimem, ou, por outras palavras, desde que tenha a sua vontade
perfeitamente unida à de Deus — pois amar Deus é trabalhar, por Deus, para
se despojar de tudo aquilo que não é Deus — encontra-se, desde logo,
iluminada e transformada em Deus.




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